Dados da Anfavea não apontam queda na vendas de carros bicombustível após alta do preço do álcool

10/01/2006 - 20h02

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicam que as vendas de carros bicombustível, os flex fuel, não sofreram reflexo com o aumento do álcool verificado desde dezembro. Em 2005, foram vendidas mais de 855 mil unidades, o que representa uma participação média, no ano, de 52% do mercado de veículos leves para os carros que abastecem com álcool e gasolina.

Os carros bicombustível mantiveram a participação nesse mercado em dezembro, quando as vendas representaram 71%, o mesmo percentual registrado em novembro. Hoje, segundo a Anfavea, há 1,2 milhão de unidades flex fuel vendidas, desde que o primeiro veículo criado com a nova tecnologia foi lançado em março de 2003. Os números de carros vendidos, desde então, foram 48,1 mil em 2003 e 328,3 mil em 2004.

A Anfavea faz levantamentos mensais das vendas de veículos no país, com base no combustível, desde o lançamento do primeiro carro movido a álcool, em 1979. Na categoria veículos leves, que inclui carros de passeio e pick-ups, a participação dos flex fuel em 2005 ultrapassou os carros movidos à gasolina, em relação a 2004. Os carros bicombustíveis representavam 21,6% do total e agora são 51,6%, enquanto os movidos à gasolina respondiam por 70,8% das vendas em 2004 e hoje são 42%. A produção total de carros a álcool desde 79 foi de seis milhões de unidades e a estimativa é que haja dois milhões deles circulando.

Para dirigentes da Anfavea, o mercado mostra que há uma nítida preferência por parte do consumidor pelos carros bicombustível. O motivo: a opção de escolher o combustível que estiver com preço mais vantajoso.