Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Viajam amanhã (10) a para Belo Horizonte dois dos delegados da Polícia Federal que investigam se houve um esquema de compra de votos no Congresso Nacional. O objetivo é iniciar uma nova rodada de depoimentos. Prachiteles Praxedes e Pedro Ribeiro devem permanecer por uma semana na cidade, que sedia as agências de publicidade do empresário Marcos Valério de Souza, um dos suspeitos.

Na capital mineira, a polícia deve dar prosseguimento às investigações de possível esquema de corrupção na Central Elétrica Furnas para beneficiar o Partido dos Trabalhadores (PT). A denúncia foi feita pelo deputado cassado, Roberto Jefferson.

Em junho do ano passado, o presidente Lula ordenou o afastamento de três diretores de Furnas: Dimas Fabiano Toledo (diretor de Planejamento e Engenharia), Rodrigo Botelho Campos (diretor de Gestão) e José Roberto Cesaroni Cury (diretor financeiro). No dia 14 de outubro passado, a polícia federal apreendeu documentos casa, no sítio e no escritório de Dimas Toledo.

Ao todo, cinco inquéritos investigam as denúncias feitas no decorrer de 2005, iniciadas pelas afirmações do ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho e por Roberto Jefferson. As empresas IRB, Correios e Furnas possuem inquéritos específicos. Também estão sendo investigadas a rede formada para a suposta distribuição de "mensalão" e a utilização de caixa 2, em 1998, na campanha a reeleição ao governo de Minas Gerais, de Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Hoje pela manhã, os delegados se reuniram com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Segundo a polícia, foi uma reunião de trabalho para fazer um balanço das investigações da polícia já que o inquérito sobre compra de votos é presidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ter, entre os suspeitos, nomes de parlamentares.