Dados sobre assassinatos de índios em 2005 são ''capciosos'', diz presidente da Funai

07/01/2006 - 14h17

Lílian de Macedo e Bianca Paiva
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes, questiiona os dados apresentados pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sobre o número de assassinatos de índios no país. De acordo com a entidade, 38 indígenas foram mortos no ano passado, o maior número desde 1994, quando o Cimi registrou o assassinato de 45 índios no Brasil.

"Os números do Cimi são capciosos", disse Gomes, por meio da assessoria de imprensa. De acordo com ele, os dados demonstram interesses ideológicos do Cimi de não reconhecer avanços do governo federal no que se refere aos direitos indígenas.

Gomes destacou ações da Funai para melhorar a situação dos índios no país, como a Conferência Nacional dos Povos Indígenas, prevista para ocorrer em Brasília em abril deste ano. Ele lembrou, ainda, a 7ª rodada de negociações sobre a Declaração Americana dos Povos Indígenas promovida pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que terá sede no Brasil. "A escolha do Brasil como sede foi uma decisão dos índios que participam das negociações. É o reconhecimento do avanço da causa indígena no país", assegurou.