Amorim considera pouco provável que general tenha se suicidado

07/01/2006 - 21h03

Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, diz que não descarta nenhuma hipótese para a morte do general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar, que desde setembro de 2005 era o chefe militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah). Mas Amorim considera pouco provável que o militar tenha se matado. "Nada do que tenhamos ouvido poderia prever o que ocorreu, considerando a hipótese de suicídio", disse o ministro, em entrevista coletiva à imprensa.

Mesmo assim, o ministro diz que "não podemos descartar nenhuma hipótese". Segundo ele, a investigação será "total e completa". Um avião da Força Aérea Brasileira saíra do Brasil rumo ao Haiti amanhã (8), por volta das 10 horas. De acordo com Amorim, a comitiva será formada por representantes do gabinete de Segurança Intitucional, da Polícia Federal e das Forças Armadas.

O ministro destacou que os ministros de Relações Exteriores da França e do Canadá, além da secretária norte-americano de Estado, Condoleezza Rice, e do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Anan, manifestaram apoio para que o Brasil continue a frente da missão das Nações Unidas. "Todos demonstraram solidariedade ao Brasil e confiança de retorno à democracia. O país irá reiterar a vontade de permanecer no comando da operação", sintetizou Amorim.

Amorim conversou com jornalistas após reunião com o presidente em exercício e ministro da Defesa, José Alencar, esta tarde, Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Também participaram do encontro o general Francisco Albuquerque, comandante do Exército, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Armando Félix.