Porto Alegre, 7/2/2006 (Agência Brasil - ABr) - As chuvas registradas na virada do ano, apesar de irregulares e de intensidade variada, trouxeram alívio para a maioria das regiões do Rio Grande do Sul. Entretanto, ainda é difícil a situação nas regiões da Campanha e no sul do estado, onde choveu pouco.

De acordo com o levantamento semanal realizado pela Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural e Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Emater/RS-Ascar), o clima quente e as últimas chuvas beneficiaram sobretudo as lavouras de arroz, que estão com 6% em fase de floração. Neste ano, foram plantados no Rio Grande do Sul 1.021 milhão de hectares. No ano passado, foi um pouco mais, 1,048 milhão.

Segundo presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Valter Pötter, o estado deverá colher neste ano cerca de 6,2 milhões de toneladas de arroz.

O levantamento da Emater indica que as lavouras de soja estão evoluindo dentro da normalidade, com as lavouras recuperando o desenvolvimento normal depois de um período de estiagem, ainda sem o registro de prejuízos.

Pela projeção da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande Sul (Fecoagro), a safra de soja desta ano deverá ficar em torno de 8,9 milhões de toneladas para uma área plantada de 4,020 milhões de hectares. No ano passado, a área plantada foi de 4,170 milhões de hectares. A safra ficou em três milhões de toneladas de soja, com quebra de cinco milhões de toneladas causada pela seca.