Banco do Nordeste quer R$ 500 milhões a mais para o Pronaf

06/01/2006 - 12h04

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Este ano, o Banco do Nordeste (BNB) pretende oferecer R$ 500 milhões a mais para os interessados em conseguir financiamento por meio do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf). Os principais beneficiados por essa iniciativa são os pequenos agricultores que precisam de empréstimo para comprar equipamentos e financiar a produção. "Estamos negociando com o Tesouro Nacional para que possamos ampliar os recursos. A nossa idéia é chegar, se houver dinheiro, a R$ 1,5 bilhão", explicou o presidente do BNB, Roberto Smith.

O BNB financia empréstimos para agricultores do Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo. Em 2005, o banco foi responsável pela aplicação de 11% (R$ 1,051 bilhão) dos recursos do Pronaf, tendo realizado 520 mil operações. Para a administração de instituições bancárias de todo o país, o governo federal liberou R$ 9 bilhões para a Agricultura Familiar no ano passado.

Além do Pronaf, o presidente do Banco do Nordeste ressaltou que, em 2005, a instituição teve uma participação forte em outros programas sociais do governo federal como o Bolsa Família. "Esses programas estão de acordo com a nossa linha estrutural de desenvolvimento para fortalecer a permanência do homem no campo. Isso evita que ele não venha a engrossar as camadas marginalizadas nos setores urbanos", acredita Smith.

O programa de microcrédito também deverá crescer este ano no BNB. Enquanto em 2005 foram realizadas 600 mil operações no valor de R$ 550 milhões, a expectativa do banco é que, em 2006, haja um crescimento entre 10% e 15%, chegando a cerca de R$ 700 milhões.

O Banco do Nordeste também vai buscar outras fontes de recursos para aumentar os empréstimos por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Entre os possíveis novos financiadores estão o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o Fundo da Marinha Mercante. Em 2005, a demanda por financiamento pelo FNE aumentou 30% no banco. Foram R$ 4,1 bilhões em 2005 contra R$ 3,2 bilhões em 2004.