Saúde deve disponibilizar 1,5 bilhão de camisinhas para a população neste ano, diz Chequer

05/01/2006 - 11h57

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Neste ano, o Ministério da Saúde vai disponibilizar 1,5 bilhão de preservativos para os brasileiros. A expectativa é que, apenas no carnaval, 20 milhões de camisinhas estejam à disposição da população, quase o dobro do ano passado, quando foram distribuídos 11 milhões de preservativos. A informação foi dada pelo diretor do Programa Nacional DST/Aids do Ministério da Saúde, Pedro Chequer.

"É um número recorde realmente e vamos superar as marcas anteriores. Isso é bom porque nos antecipa a meta de, até 2008, termos, no país, 3 bilhões de preservativos sendo consumidos", explicou.

No ano passado, o ministério comprou 667 milhões de preservativos e distribuiu mais de 200 milhões, porque os fornecedores internacionais tiveram dificuldades de cumprir as exigências de controle de qualidade do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Ainda assim, 2005 terminou como o segundo maior ano de distribuição de preservativos desde 1997, sendo superado apenas por 2003, quando foram entregues cerca de 260 milhões de unidades.

Segundo Chequer, para este ano, a prioridade será distribuir camisinhas para a população de baixa renda que "é a mais vulnerável e que tem outras prioridades (de gasto) que não o preservativo".

Chequer disse ainda que neste ano será lançada oficialmente a P-20 - máquina de venda de camisinha - na qual o preservativo custará R$ 0,25. As máquinas devem ser instaladas em Ongs, mercados e boates, em parcerias que permitam fornecer preservativo a preço acessível. "A única recomendação que temos a fazer é que se pratique sexo à vontade, mas usando o preservativo, uma vez que vai estar disponível no mercado, na rede pública ou junto às Ongs", acresentou.

Chequer afirmou que o número recorde de camisinhas projetado para este ano servirá para ampliar a cultura em torno da prevenção das DST/Aids. "Se tivermos a construção sólida de uma cultura de preservativo nas relações sexuais, sem preconceito e sem preocupação de outros fatores, vamos chegar a uma situação de controle da epidemia efetivamente", explicou.