Programa de combate à aids investiu maior parte dos recursos na compra de medicamentos

05/01/2006 - 6h33

Brasília - O Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PN-DST/Aids), do Ministério da Saúde, utilizou em 2005 quase 100% dos R$ 807,057 milhões do orçamento aprovado para o período. Foram efetivamente gastos ou executados R$ 804,390 milhões, ou seja, 99,67% da verba total prevista.

O levantamento, divulgado nessa quarta-feira (4) pelo Programa DST/Aids, mostra que a maior parte dos recursos foi investida na compra de medicamentos anti-retrovirais (ARV) usados no tratamento da aids. Dos R$ 550 milhões previstos para a aquisição desses remédios, R$ 549,752 milhões foram aplicados. O investimento em ARV correspondeu a 68,34% do total do orçamento executado pelo PN-DST/Aids em 2005.

Atualmente, 170 mil pessoas estão em tratamento de aids no Brasil. Dos 17 anti-retrovirais distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde, nove são importados. Das drogas compradas no exterior para combater a doença, apenas três consumiram mais de 60% do orçamento para ARV em 2005. Agora em 2006, somente para a aquisição de anti-retrovirais está prevista dotação orçamentária de R$ 960 milhões. O valor é 20% maior que o do ano passado.

Em relação aos preservativos, a meta do PN-DST/Aids é adquirir um bilhão de unidades este ano. Somando o número remanescente do estoque do ano passado, o total de camisinhas a ser distribuído em 2006 deverá chegar a 1,5 bilhão.

Com informações do Programa Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde