Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em dezembro de 2005, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinou um ato para a constituição do Conselho Gestor da Reserva da Biosfera do Pantanal, cujo objetivo é elaborar e monitorar o plano de ação da reserva. O documento foi assinado na abertura da 2ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, ocorrida naquele mês em Brasília.
Com características próprias e espécies não encontradas em outros locais do Brasil, o Pantanal foi considerado Reserva da Biosfera Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 2000.
No mesmo ano, foi considerado, também pela Unesco, como Patrimônio Natural da Humanidade. A concessão dos títulos foi dada em um momento crítico, quando diversos fatores ameaçavam a estabilidade do ecossistema, que possui maior planície alagada do planeta.
As reservas da biosfera mundial, segundo o Ministério do Meio Ambiente, são escolhidas com base na capacidade de elas conciliarem a conservação da biodiversidade e a utilização econômica desses recursos com a promoção do desenvolvimento sustentável.
Elas são indicadas pelos Estados-Membros da Unesco, dentre eles, o Brasil, após um processo de consulta e coordenação com agências governamentais, comunidades locais, organizações não-governamentais e iniciativa privada. E permanecem sob a jurisdição soberana de seus países.
No mesmo ano em que o Pantanal tornou-se Reserva da Biosfera, a Unesco designou o mesmo título a outros 20 novos sítios, em 15 países. A primeira reserva da biosfera brasileira é a mata atlântica, um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta.
O título concedido pela Unesco, de Patrimônio Natural da Humanidade, há cinco anos, também fez abrir novas perspectivas para o Pantanal. A atribuição do título foi importante para estimular a preservação da região e facilitar o acesso a linhas de crédito oferecidas por programas internacionais.