Produtos populares vão ganhar selo de associação de importadores brasileiros

02/01/2006 - 18h40

Rio, 2/1/2006 (Agência Brasil - ABr) - Produtos populares, como os comercializados em lojas de R$ 1,99, terão a partir deste mês, além do selo federal, concedido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), a chancela da Associação Brasileira dos Importadores de Produtos Populares (Abipp). O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Abipp, Gustavo Dedivitis.

Segundo Dedivits, o novo selo "vai qualificar ainda mais o importador sério". A meta é atingir cerca de 150 milhões de produtos certificados. O total poderá ser ampliado no meio do ano, em função da sazonalidade e do aumento de vendas, disse ele.

A receita dos produtos populares, mais consumidos pelas classes C, D e E, foi de R$ 9 bilhões no ano passado, o que mostra incremento de 40% em relação ao faturamento registrado em 2004. De acordo com Dedivitis, para 2006, a expectativa é de que o setor registre crescimento superior a 40% nas vendas. "A tendência é aumentar ano a ano", afirmou. As cerca de 48 mil lojas que comercializam produtos populares em todo o país respondem por 200 mil empregos diretos e entre 500 mil e 600 mil empregos indiretos, revelou o presidente da Abipp.

Ele afirmou que as perspectivas para 2006 são excelentes. Para Gustavo Dedivitis, o produto popular tende a alcançar também as classes A e B, "que vão começar a identificar neste um produto de qualidade".

O diretor de Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, disse que, quando se trata de produto regulamentado pelo órgão, tem que se submeter à mesma regra do produto nacional e passar por um processo de avaliação da conformidade, através de ensaios em laboratório. "Ou seja, provar que está em conformidade com a norma, com o regulamento. Estando, ele recebe o selo do Inmetro", afirmou. Isso só se aplica, entretanto, aos 65 produtos certificados compulsoriamente.

Lobo informou que, quando uma ação dos fiscais do Inmetro encontra produtos importados comercializados sem certificação, entre os quais fósforos, isqueiros, brinquedos e preservativos, os pontos de venda irregulares podem ser punidos com apreensões e multas.

A marcação de conformidade pode ser requisitada pelos importadores diretamente no Inmetro ou nos laboratórios acreditados (credenciados) pelo órgão. Alfredo Lobo observou que nem todos os chamados produtos populares são regulamentados. "Portanto, não precisam ter a conformidade avaliada", explicou. Perfumes, por exemplo, não são regulamentados pelo Inmetro e, por isso, não precisam de certificação.