Fórum Social Mundial testa formato novo na Venezuela para aumentar participação

01/01/2006 - 14h08

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Uma novidade importante marca a sexta edição do principal encontro da sociedade civil para discutir a luta pela democratização da política e da economia. O 6º Fórum Social Mundial (FSM) acontece, quase simultaneamente, em três continentes diferentes. Nas versões anteriores, o encontro aconteceu quatro vezes em Porto Alegre (2001, 2002, 2003 e 2005), intercalado por uma edição em Mumbai, cidade indiana antes conhecida como Bombaim.

Entre os dias 24 e 29 de janeiro, o Fórum será realizado em Caracas, capital venezuelana. Poucos dias antes, o encontro acontece em Bamako, capital de Mali, país no noroeste africano. Alguns meses depois, está programada a parte asiática do FSM, em Karachi, cidade paquistanesa.

A descentralização do encontro atende a uma estratégia de "mundialização" do Fórum, para torná-lo mais "participativo, democrático e horizontal", segundo o paraguaio Gustavo Codas, um dos integrantes do Comitê Organizador do Fórum. Codas representa a Central Única dos Trabalhores (CUT) no comitê.

"Evidentemente, quando o Fórum acontece em um país ou em uma região próxima de onde as pessoas moram, a participação é mais facilitada", afirmou Codas. Ele explicou que a idéia inicial era realizar os fóruns em uma mesma data, mas houve dificuldades com relação aos calendários de cada país.