OMC é motivo de polêmica entre economistas, governos e movimentos sociais

01/12/2005 - 22h16

Brasília – Em seus dez anos de existência, a Organização Mundial do Comério (OMC) provocou divergência entre economistas, movimentos sociais e governos do Sul e do Norte do planeta. Algumas organizações acreditam que as regras da OMC beneficiam apenas os países ricos. "As regras são pensadas para atender aos interesses das grandes corporações. Tem que ter regras, sim, mas que enxerguem o comércio como um meio para se obter o desenvolvimento", defende Fátima Mello, secretária-executiva da Rede de Integração dos Povos (Rebrip).

Um "juiz míope", porém necessário, define Marcos Jank, presidente do Instituto de estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone). Jank crê que a OMC deve ser usada pelos países pobres como forma de criar regras mais justas de comércio. O mesmo pensa o advogado Durval Noronha de Goyos Jr., sócio do escritório Noronha Advogados e árbitro da OMC. "Temos que trabalhar dentro da OMC. Há muitas situações desvantajosas para os países em desenvolvimento que, espera-se, sejam revertidas no âmbito da Rodada Doha", diz.

Um especial da Agência Brasil colocou em debate essas diversas visões sobre OMC, no aniversário de dez anos da organização.

Veja o especial