Lula diz que, apesar da queda do PIB, governo vai gerar 5 milhões de empregos até 2006

02/12/2005 - 18h29

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Depois de inaugurar o Pólo Tecnológico da TIM, em Santo André (SP), hoje (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil "nunca esteve tão saudável". Lula fez referência à notícia da queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, no terceiro trimestre, e ressaltou que o governo vai criar até 2006 cinco milhões de empregos com carteira assinada. "Vamos gerar mais emprego, renda e salário", garantiu. Segundo ele, desde o início da sua gestão foram criados mais de 3,8 milhões de empregos com carteira assinada.

O presidente rechaçou os que cultivam a tese de que o país dorme com notícias ruins e acorda com notícias também ruins. "Não é porque saiu uma matéria dizendo que o PIB caiu que o Brasil está doente", observou Lula. "Porque aqueles que defendem a teoria do ‘quanto pior, melhor’ vão continuar defendendo essa teoria, mas vão ficar para trás."

Lula se disse orgulhoso ao presenciar no ‘Call Center’ da empresa de telefonia dezenas de jovens, de 18 a 23 anos de idade, trabalhando de "cara feliz". Fez elogios à diretoria da TIM por dar a chance do primeiro emprego a vários deles e disse que o Estado tem que dar aos jovens a oportunidade de estudar.

"Nós, agora, enquanto Estado brasileiro, precisamos complementar, dando oportunidade deles poderem realizar o outro sonho, que é poder estudar. Essa combinação entre o trabalho e o estudo é o que pode significar a gente fazer com que a nossa juventude volte a ter esperança no nosso país e volte a acreditar que ele será a razão do futuro deste país", afirmou o presidente.

Lula destacou que não há nada mais importante que a formação intelectual e profissional de um povo e que o investimento nessa área pode definir o futuro do Brasil nos próximos 15, 20 ou 30 anos.

Ele citou, como exemplo da importância que o governo atribui à educação, a criação recente de universidades federais como a do ABC (cuja pedra fundamental lançou na visita a Santo André), a do Paraná, a do Recôncavo Baiano e a de Dourados (MS). Além disso, o governo, ressaltou ele, "vai transformar cinco faculdades em universidades federais brevemente e vai criar, no interior do país, 27 extensões de universidades cujo campus principal está em capitais; e ainda mais 32 escolas técnicas".