Acordo encerra greve de técnicos administrativos de universidades federais

01/12/2005 - 23h22

Brasília - O Ministério da Educação informa que após acordo fechado hoje (1°) com representantes da categoria, a maior parte dos 120 mil técnicos administrativos das universidades federais encerrou a greve de 106 dias. Para amanhã (2) é esperado o acordo com os professores e técnicos da rede federal de educação tecnológica.

O comando nacional de greve da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) declarou o encerramento da greve após avaliar o resultado das assembléias realizadas no início da semana: das 26 universidades de sua base, 16 optaram pela volta ao trabalho, segundo Ricardo Norberto, da direção nacional da Fasubra.

A Fasubra representa técnicos de 41 universidades federais e três estaduais (Rio de Janeiro, Unicamp e Paula Sousa, de São Paulo). A partir do dia 10, no auditório Dois Candangos da Universidade de Brasília, a categoria tem reuniões marcadas (sempre às 9 horas) até o dia 12, para avaliar a greve.

Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou o plano de carreira dos técnicos, que implica recursos adicionais de R$ 1,9 bilhão na folha de pagamento, parcelados em quatro anos. Em 2006, o MEC vai aumentar em R$ 255 milhões a folha da categoria.

O acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe) prevê R$ 100 milhões a mais no orçamento de 2006 para reajustar os salários de 23.383 professores, ativos e inativos. Eles terão aumento de 12% a partir de janeiro. Na carreira, será criada a classe especial, em substituição à de professor titular. O salário será 18,12% maior em relação ao do professor E4.

Cerca de 70% dos centros federais de educação tecnológica (Cefets) estavam parados. A rede federal, com 230 mil alunos, é composta por 33 Cefets, uma universidade tecnológica, 36 escolas agrotécnicas, uma escola técnica e 30 colégios vinculados a universidades federais.

A assessoria do MEC informa ainda que, para o ministro Fernando Haddad, não se trata apenas de um acordo salarial: "O acordo é fruto de entendimento para a normalização dos serviços públicos educacionais. Houve avanços para a categoria, como reconhece o Sinasefe".

Com informações do Ministério da Educação