Rocinha é ponto de partida da campanha contra a dengue no Rio

19/11/2005 - 12h10

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio - A Rocinha, a maior favela da América Latina, foi escolhida para abrir, no Rio de Janeiro, o Dia D de Combate à Dengue, promovido hoje (19), pelo Ministério da Saúde em todo o país. O secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino, percorreu algumas ruas da comunidade, distribuindo panfletos explicativos. Agentes de saúde vão visitar duas mil residências na comunidade, na zona sul do Rio, para orientar os moradores. Eles também farão a limpeza de recipientes que acumulam água e a remoção de lixo.

O objetivo da campanha no estado, que reúne esforços das secretarias municipal e estadual de Saúde, é fazer da população uma aliada no combate ao mosquito transmissor da doença. Para o coordenador de controle de vetores do município, Mauro Blanco, os procedimentos de combate à dengue devem ser adotados durante todo o ano. "A população precisa estar constantemente atenta para verificar se não há possibilidades de surgir criadouros do mosquito em suas casas. Dia D não é só um dia, Dia D é todo dia", disse ele.

Durante a campanha será distribuído 1,5 milhão de folhetos explicativos sobre a doença. Mais de cinco mil agentes de saúde vão orientar a população sobre como combater a dengue em todo o estado. Na capital, cerca de 20 estandes da secretaria municipal de Saúde foram montados em locais de grande movimentação de pedestres, como Praça Saens Peña, na Tijuca, zona norte, e Largo da Taquara, em Jacarepaguá, zona oeste, para dar esclarecimentos à sociedade.

Em 2002, foram registrados 288.245 casos de dengue com 91 óbitos no estado do Rio. Embora este ano, segundo a secretaria estadual de Saúde, apenas 1.592 casos da doença tenham ocorrido, o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti ainda é de três a cinco vezes superior ao aconselhável pelo Ministério da Saúde, que é de menos de 1%.