Baixada Fluminense é região que mais preocupa autoridades de saúde do Rio no Dia D contra dengue

19/11/2005 - 14h23

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio - A maior preocupação das autoridades de saúde do Rio de Janeiro no Dia D de Mobilização Nacional contra a Dengue é com os municípios da Baixada Fluminense. Dos 1.592 casos registrados no estado de janeiro até o dia 5 de outubro deste ano, 46 foram em São João de Meriti, o maior índice da região. Devido à incidência dos casos, os técnicos da Vigilância Sanitária municipal já visitaram quase 900 mil imóveis, dos quais 168 mil estavam fechados.

Em Nova Iguaçu, o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, é feito não só nas casas, mas nos cemitérios da cidade, locais onde existe muita água parada em vasos de plantas. O secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino, informou que dos casos da doença verificados no estado este ano, oito são do tipo hemorrágico, mas sem registro de óbito. No Brasil já circulam os vírus dos tipos 1, 2 e 3. O vírus do tipo 4 não chegou ao país e, nas regiões por onde tem passado, como a Venezuela, tem se apresentado de forma branda.

De acordo com o governo do estado, além dos recursos tradicionais para o controle de larvas do mosquito, foi iniciada uma forma complementar, com o uso do Bactivec, biolarvicida biológico líquido produzido em Cuba. O produto não-tóxico vem sendo aplicado em lugares onde não existe rede de distribuição de água e os moradores costumam armazenar água em reservatórios no quintal das casas.