Ministério da Agricultura divulgará nota amanhã sobre suspeita de aftosa no Paraná

10/11/2005 - 22h26

Brasília, 10/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - Técnicos do Ministério da Agricultura ainda não descartam a possibilidade de o Paraná ter focos de febre aftosa. A assessoria de imprensa divulgará amanhã (11) nota esclarecendo as razões pelas quais o ministério ainda não se posicionou sobre a suspeita de ocorrência da doença no estado.

Hoje (10), o coordenador-geral de Combate às Doenças, da Secretaria de Defesa Animal, Jamil Gomes de Souza, disse que o ministério enviou ao Paraná nota técnica com a atualização do andamento das investigações sobre a possível contaminação de animais em quatro municípios do estado. Ele disse que esta nota ainda não tem caráter conclusivo e, portanto, não confirma nem descarta a suspeita. Notas técnicas semelhantes são enviadas ao estado a cada dois dias, de acordo com Jamil de Souza.

Segundo o coordenador, um diagnóstico sobre o caso só pode ser conclusivo com a análise de vários fatores. "Para fechar um diagnóstico, levam-se em consideração vários fatores. O exame é só um deles", afirmou. O secretário estadual de Agricultura, Orlando Pessutti, disse na cidade de Maringá que o Paraná não tem aftosa e que a conclusão se baseia em resultados negativos do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), de Belém, credenciado pelo Ministério da Agricultura.

O Paraná confirmou a suspeita de ocorrência de aftosa no dia 21 de outubro, depois que animais apareceram com sintomas clínicos da doença nos municípios de Loanda, Amaporã, Maringá e Grandes Rios. O anúncio foi feito antes da comprovação por meio de exames laboratoriais, porque havia uma clara ligação dos animais doentes com os animais de Eldorado, primeiro município do Mato Grosso do Sul a registrar foco de aftosa neste ano. O contato entre os bovinos dos dois estados teria ocorrido em leilões realizados em Maringá e Toledo (PR).

Na semana posterior ao anúncio, o governo federal definiu como área de risco sanitário 32 municípios vizinhos aos quatro já isolados pela secretaria estadual de Agricultura. Dessa área, não saem animais suscetíveis à aftosa, nem carne industrializada ou leite, para outros municípios do Paraná e para outros estados.