Município de Japorã tem mais casos de aftosa registrados no Mato Grosso do Sul

21/10/2005 - 19h23

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O maior número de focos de febre aftosa detectados no Mato Grosso do Sul é do município de Japorã. Ali, além dos três primeiros sítios, cuja contaminação do gado foi confirmada por exame em laboratório, há mais quatro propriedades onde parte do rebanho apareceu com sintomas da doença.

Os novos focos da cidade, que fica no extremo Sul do estado, são das seguintes propriedades: Sítio Boa Vista, Fazenda Guatambu, Lote 205 PA Savana e Sítio São Benedito II.

São pequenas propriedades, onde a contaminação foi baixa diante do número do rebanho. No Sítio Boa Vista, há 53 animais e três apresentaram sintomas de aftosa. A Fazenda Guatambu tem 253 bovinos e 16 doentes. No Lote 205 PA Savana, são apenas 16 bovinos na propriedade e dois com sintomas da aftosa. E no Sítio São Benedito II, 20 dos 142 animais apresentaram sinais clínicos da doença.

O outro foco identificado no estado fica no município de Mundo Novo, que está na área interditada desde o dia 8. A Fazenda Gazin tem 777 animais e, destes, cinco estão doentes. Os primeiros focos de Japorã são do Sítio São Benedito, Santo Antônio e Fazenda Guaíra. Não apareceram novos focos em Eldorado, primeiro lugar em que se registrou aftosa no estado, na fazenda Vezozzo. A Fazenda Jangada, que faz cerca com Vezozzo, também teve animais infectados.

O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura divulgou que existem cerca de 400 propriedades na área de vigilância, o que corresponde a 10 quilômetros de raio a partir da área de isolamento. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) recomenda que a área isolada tenha um raio de 15 quilômetros a partir do foco da doença. No total, na área de vigilância, há 14 mil bovinos.

O departamento comunicou ainda que a eliminação dos animais tem sido dificultada devido ao período de chuvas. As condições climáticas não são favoráveis para o deslocamento nas estradas de terra da região. Nos cinco focos anteriormente divulgados, chega a 5.229 o número de animais a serem sacrificados. Com os cinco focos confirmados hoje, o total de bovinos que vão para o abate são 6.469.

O número de propriedades inspecionadas de toda a área interditada é de 924, onde há 122.578 bovinos, 3.230 ruminantes (como cabras e ovelhas) e 2.713 suínos. Caprinos e suínos também são suscetíveis à febre aftosa, mas nenhum destes animais apareceu com a doença.