''Minipoços'' de petróleo podem ter novo leilão em quatro a seis meses, afirma ANP

19/10/2005 - 22h14

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência

Rio – A Agência Nacional do Petróleo (ANP) conseguiu licitar 16 das 17 áreas inativas com acumulações marginais – blocos possuem pouco potencial para produção de petróleo e gás natural. Todos foram devolvidos pela Petrobras à Agência em 1997, com a lei que terminou com o monopólio estatal sobre o petróleo. Foram arrecadados R$ 3,045 milhões, resultado que chegou a ultrapassar em 10.000% o somatório dos bônus mínimos propostos pela ANP: R$ 21,34 milhões.

O sucesso do leilão das áreas inativas levou a que o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo anunciasse para daqui a quatro a seis meses a possibilidade da realização de uma nova rodada de licitações somente para as pequenas e médias empresas que disputaram as áreas marginais – cerca de 90. "A idéia é não permitir a desmobilização dessas empresas de pequeno e médio porte que poderão criar um novo nicho de produção de petróleo e gás natural no país. Nós temos hoje cerca de 40 blocos a serem ofertados e ainda há a possibilidade de que a Petrobras nos devolvam alguns".

Haroldo Lima lembrou que 89 pequenas empresas participaram desta disputa, mais de 90% estreantes em rodadas e todas as 14 vencedoras (uma é estrangeira) participam pela primeira vez do leilão – outras sete que estavam na disputa pelos blocos exploratórios também participaram.

"Setenta empresas participaram e não levaram e precisamos sinalizar para eles a continuidade do processo. Elas se mobilizaram, prepararam e é preciso evitar esta desmobilização. Já abordei o assunto com o ministro e ele aprovou e considerou excelente a idéia."