Mylena Fiori
Enviada especial

Roma (Itália) – Após receber o presidente da Assembléia Nacional de Cuba, Ricardo Alarcon, na embaixada do Brasil na Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba "não é uma coisa justa", pois penaliza a população do país. "O Brasil tem sido historicamente um parceiro de Cuba na luta contra o bloqueio. Penso que Cuba está precisando viver a relação com o mundo todo", declarou. Os Estados Unidos impõe um bloqueio econômico ao país governado por Fidel Castro há mais de 40 anos.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, Lula e Alarcon falaram sobre a economia dos dois países e sobre o interesse da estatal brasileira Petrobras em Cuba. O representante cubano também pediu apoio brasileiro para que a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas não aprove resolução dos Estados Unidos que condena Cuba por supostas violações dos direitos humanos. A votação está prevista para maio, em Genebra (Suíça).

Na manhã desta sexta-feira, madrugada no Brasil, Lula participou na Praça de São Pedro, no Vaticano, da cerimônia de sepultamento do corpo do Papa João Paulo II. O polonês Karol Wojtyla morreu no último sábado (2), aos 84 anos, após um pontificado de mais de 26 anos. O presidente brasileiro permanecerá na capital italiana até domingo (10), quando embarcará para Camarões, na África, primeira escala de uma visita a cinco países do continente africano.