Comissão da Alerj receberá relatório sobre investigação de chacina na Baixada Fluminese

08/04/2005 - 22h08

Rio, 8/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa (Alerj) ouvirá na segunda-feira (11), às 10h30, o chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins. Ele apresentará um relatório formal do encaminhamento das investigações sobre a chacina que deixou 30 mortos no último dia 31, nos municípios de Nova Iguaçu e Queimados, na Baixada Fluminense. A maioria dos mortos não tinha antecedentes criminais.

Nesta sexta-feira, Álvaro Lins revelou que três testemunhas prestaram depoimento hoje sobre a chacina. Na delegacia da Posse, uma delas reconheceu o cabo José Augusto Moreira Felipe, do 24° Batalhão da PM, em Queimados, como participante da chacina. Ele revelou no depoimento que soube, por parente de uma das vítimas, que Gilmar da Silva Simão, lotado no Batalhão do bairro do Méier, também participou dos crimes.

Na delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, um sobrevivente da chacina em Queimados denunciou o nome de um policial militar que o teria ameaçado para não prestar depoimento à polícia. O delegado Álvaro Lins disse que vai solicitar ao Comando da PM a prisão administrativa desse policial, cujo nome não foi revelado para não atrapalhar nas investigações.

Já o soldado Fabiano Gonçalves Lopes, que também está com a prisão temporária decretada pela Justiça, foi reconhecido por outra testemunha. Há alguns meses, ele teria abordado e ameaçado um jovem, em Queimados. O jovem desapareceu em seguida e seu corpo até hoje não foi localizado.