Religião hoje: estudiosos vêem mais liberdade de escolha e crescimento do fundamentalismo

02/02/2005 - 23h32

Graziela Santanna
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Atualmente, temos mais liberdade de escolha e isso deve ser valorizado, afirmou o professor de Sociologia da Religião da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), Jorge Cláudio Ribeiro, durante o programa "Diálogo Brasil", transmitido para todo o país pela TV Nacional, em rede pública de televisão. Mas há uma contradição, segundo o secretário executivo do Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais (Ceris), Luiz Alberto Gómez de Souza: "Ao mesmo tempo em que vemos novas religiões, há um crescimento do fundamentalismo".

A Igreja Católica hoje não é tão grande como era quando antes. Para o filósofo e professor de Sociologia da Religião da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), Jorge Cláudio Ribeiro, o movimento da Renovação Carismática da Igreja Católica não traz novos adeptos e, ao contrário do que se pensa, não é um sinal de modernidade.

O crescimento de religiões evangélicas não pode ser explicado por uma busca pela cura, disse Deise Siqueira, professora de Sociologia da Universidade de Brasília, pois os fatores são mais profundos. Com relação à função política da religião, o professor Jorge Ribeiro diz que a religião tem servida historicamente como libertação e como empobrecimento.