Operação Cavalo de Aço põe na cadeia ladrões de cargas e caminhões

09/12/2004 - 20h39

São Paulo, 9/12/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Polícia Federal de São Paulo prendeu hoje dois integrantes de uma quadrilha de ladrões de cargas e caminhões durante a Operação Cavalo de Aço, realizada nos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

O delegado Wagner Castilho disse que Oranides Antonio dos Reis, o Gordo, preso em Sorocaba, no interior paulista, era o coordenador do esquema de falsificação de plaquetas utilizadas na identificação de caminhões, adulteradas para placas compatíveis com os modelos roubados para trafegar sem suspeita pelas rodovias.

Oranides foi preso em casa e não resistiu à prisão. Com ele, foram encontradas pelo menos três mil placas idênticas às originais, três máquinas para fabricar as plaquetas e dez celulares. No momento da prisão, Oranides estava com dois documentos de identificação (RG) com nomes falsos: Nildo Roberto dos Reis e Lavino Marques de Oliveira.

Luiz Antônio de Souza Bispo, também foi preso em sua residência no município de Osasco, na Grande são Paulo. Bispo gerenciava o desmanche de veículos JR Diesel. Castilho informou que os acusados estão presos na custódia da PF em São Paulo, com prisão temporária de 30 dias decretada. Eles responderão na Justiça por receptação e falsificação de documentos dos veículos.

Segundo a polícia, a ação nos cinco estados desmantela um esquema de receptação de veículos roubados que resultava muitas vezes nas mortes das vítimas dos roubos. "A prisão do Oranides é muito importante porque, além de falsificar, ele organizava e manipulava toda a distribuição dos veículos roubados", disse Castilho, acrescentando que com a prisão de um dos responsáveis pelo esquema de falsificação a quadrilha terá dificuldades em manter a operação.
"Se o ladrão não conseguir comercializar o veículo roubado, ele não vai continuar a roubar já que a cadeia de receptação foi quebrada", explicou.

A operação foi deflagrada pela Divisão de Combate aos Crimes contra Patrimônio e contou com 300 agentes em todo o país. Foram presas 34 pessoas e 70 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.