Andréia Araújo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As agências bancárias amanheceram fechadas nesta quarta-feira, dia 15, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e em Brasília. Os bancários entraram em greve para reivindicar aumento de 25% no salário, a redução da jornada de trabalho e a isonomia para os novos funcionários da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. A paralisação comprometeu o atendimento ao consumidor.

Após assembléias realizadas nesses estados, os bancários decidiram manter a greve. Cerca de 28 localidades já estão com o atendimento paralisado. Só em São Paulo, mais de 1,5 mil bancários decidiram cruzar os braços.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Jacy Afonso os bancários querem um aumento linear de 25%. O que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu foi um aumento que varia de 8,5% até 12%, de acordo com a faixa salarial. Essa proposta, segundo Jacy Afonso, foi rejeitada. "A proposta apresentada é insuficiente para a categoria bancária diante dos altos lucros que os bancos têm, esfoliando toda a população brasileira", afirmou.

A Caixa Econômica Federal divulgou nota afirmando que diferente do que informou os bancários, em suas agência não houve grande prejuízos. "A Caixa Econômica Federal informa que houve paralizações pontuais de suas agências em poucos lugares, não ocasionando qualquer tipo de prejuízo aos clientes".

A nota diz ainda que a Caixa vai manter a proposta feita pela Fenaban, o que acredita "dá continuidade ao processo de recuperação salarial e fortalecimento da empresa". Diretores da Fenaban reuniram-se agora a noite e decidiram não retirar a proposta já apresentada. Ainda não há uma data definida para que os representantes dos banqueiros e dos funcionários voltem a negociar.