Brasil em 3 tempos: planos de desenvolvimento que não saíram do papel

24/07/2004 - 19h08

Brasília – Durante os governos José Sarney e Fernando Collor, os Planos Nacional de Desenvolvimento da Nova República (1985-1990) e o I Plano Plurianual de Desenvolvimento (1991-1994) nem chegaram a ser implementados.

Nesse mesmo período, o Brasil conheceu seis planos de estabilização, com a duração média de 18 meses cada um, e sofreu uma nítida aceleração inflacionária após cada um deles. O primeiro deles, o Plano Cruzado, lançado em fevereiro de 1986, estabeleceu um tratamento de choque com o congelamento de preços, tarifas e câmbio e pela troca da moeda. O último deles, o Plano Collor, representou o choque mais brutal já conhecido na história econômica do Brasil. Fez uma nova reforma monetária às custas do confisco de todas as aplicações financeiras e um limite aos saques das contas à vista.

O governo de Itamar Franco, que assumiu a presidência após o impeachment do presidente Collor, tentou controlar as altas taxas de juros e de inflação (40% ao mês) com a troca sucessiva de ministros da Fazenda e de presidentes do Banco Central. A partir de dezembro de 1993, o Plano Real foi implementado progressivamente e deu condições para a recuperação da estabilidade econômica.

(Com informações do Núcleo de Pesquisa da Agência Brasil)