ANTT e Itamarati vão negociar solução para caminhões na rota Brasil-Chile

13/07/2004 - 21h36

Brasília, 13/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - O governo brasileiro quer negociar com o Chile e a Argentina o fim da Resolução 436, que estabelece uma rota única para o trânsito de mercadorias entre Brasil e Chile. O encontro deverá ocorrer até o final deste mês, como ficou resolvido hoje numa reunião do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres, (ANTT), Noboru Ofugi, e o diretor-geral do Departamento de Integração do Iramarati, embaixador José Antônio Marcondes de Carvalho.

O Itamaraty informou que a Embaixada do Brasil na Argentina recebeu indicações de que o governo argentino teria voltado atrás na Resolução, que entrou em vigor na última quarta-feira (7), mas o governo brasileiro ainda aguarda para amanhã o comunicado oficial. Na avaliação da ANTT, o governo argentino adotou a medida como forma de compensação porque os caminhões brasileiros e chilenos se utilizam da infra-estrutura argentina, embora para isso, os dois países paguem pedágio.

O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro mais prejudicado com a resolução. É lá que está a maior empresa do país no ramo, a DM, com 350 caminhões, segundo informou a ANTT. A resolução 436 obriga todos os caminhões de carga que circulam entre Brasil e Chile a utilizarem o trecho entre Paso de Jama, na fronteira argentina com o Chile, e Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina.