Técnicos da Funasa visitam municípios nordestinos mais prejudicados pela chuva

14/02/2004 - 14h48

Brasília, 14/2/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os municípios mais prejudicados pelas enchentes na região Nordeste estão recebendo a visita de técnicos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), para analisar a qualidade da água consumida pela população. Órgão do Ministério da Saúde, a Funasa investiu R$ 300 mil na aquisição de material e equipamento que vão permitir realizar oito mil análises bacteriológicas. Para a realização dos testes, foram mobilizadas três Unidades Móveis de Controle de Qualidade da Água.

Uma dessas unidades está no município de Cabrobó (PE), onde a situação é considerada crítica. Outra unidade se desloca na segunda-feira do Maranhão para o Piauí, estado que também foi muito castigado pelas chuvas. A terceira unidade está no Ceará e vai atender os municípios daquele estado e do Rio Grande do Norte. Além das unidades móveis, a Funasa realiza testes nas Unidades Regionais de Controle de Qualidade da Água (URCQA) nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco e Maranhão.

A prioridade no atendimento é para os municípios em que a Defesa Civil reconheceu a situação de calamidade pública ou de emergência e que estão com o sistema de abastecimento de água comprometido. A Funasa trabalha em articulação com outros órgãos federais, estaduais e municipais. Em todo o país, 454 municípios foram atingidos pelas enchentes, deixando 120 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.

A diretora do Departamento de Engenharia de Saúde Pública, Kátia Ern, disse que, com as enchentes, a água destinada ao abastecimento da população pode ter sido contaminada e provocar doenças como giardíase, amebíase, hepatite, cólera, febre tifóide, leptospirose e diarréia.

Para as atividades de controle da qualidade da água, os técnicos da Funasa observam se os sistemas de abastecimento estão danificados e qual a extensão dos danos. "Se for constatado que o sistema está comprometido, os técnicos buscam soluções em conjunto com as
prefeituras municipais e os governos estaduais", disse Kátia Ern. Segundo ela, se o sistema estiver em colapso, a distribuição de água para a população é feita por meio de caminhões pipa com a adição de hipoclorito de sódio para desinfetar a água.