Guiana apóia participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU

30/07/2003 - 22h25

Brasília, 30/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, expressou hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva seu apoio à pretensão do Brasil de ocupar um assento pernanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). O apoio de Jagdeo consta da declaração conjunta dos presidentes dos dois países, divulgado hoje logo após reunião de trabalho dos dois presidentes no Itamaraty.

O apoio da Guiana se junta aos dos outros presidentes dos países sul-americanos - com exceção apenas dos presidentes da Argentina e Colômbia – que já estiveram no Brasil. O presidente do Chile, Ricardo Lago, que visitará o país em agosto, será o último a completar o ciclo de visitas de governantes sul-americanos a Lula. Lagos já manifestou, por meio de sua chancelaria, o apoio ao Brasil nesta questão.

O presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, e o presidente Lula ressaltaram, na declaração conjunta "a importância da interconexão viária entre Brasil, Guiana, Suriname e o Departamento Francês da Guiana para o aumento dos fluxos comerciais e turístimos no norte da América do Sul". Eles reafirmaram ainda a importância do Acordo de Transporte Rodoviário Internacional de Passageiros de Carga. Lula reiterou ao presidente guianense o compromisso com a conclusão, em breve prazo, da ponte sobre o Rio Tacutu, que ligará, por via terrestre, Bonfim, no estado de Roraima, a Letthem, na Guiana.

Bharrat Jagdeo disse ao presidente Lula que a Guiana como único país da América do Sul que tem o inglês como idioma oficial pode se tornar um importante centro para estudantes brasileiros que desejam aprender uma segunda língua. "Acreditamos e esperamos que o Brasil possa usar essa oportunidade. Aos estudantes que poderão ir à Guiana com a finalidade de estudar inglês, desejamos que se sintam em casa, uma vez que o português tem crescido em visibilidade entre nós", disse Jagdeo.

Bharrat Jagdeo elogiou o presidente Lula "pela visão que tem sustentado em relação ao Brasil e pela coragem com que tem defendido seus pontos de vista, que priorizam o bem-estar dos povos e erradicação da pobreza".