Lula decide acabar com a hanseníase até o final de seu mandato

09/05/2003 - 23h15

Rio Branco (AC), 09/05/2003 (Agência Brasil - ABr) - Apesar da rigidez da agenda prevista para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Rio Branco, a sua primeira visita ao Acre como chefe de Estado ficou marcada pela emoção. De última hora, Lula decidiu visitar um hospital estadual onde funciona uma colônia de tratamento de portadores de Hanseníase. A visita, segundo o próprio Lula, era o pagamento de uma "dívida de gratidão" e comoveu de tal forma o presidente que resultou na decisão de, até o final de seu mandato, erradicar o Mal de Hansen do país. "Não é possível que, tendo cura desde 1945, nós ainda tenhamos essa doença no país", disse o presidente.

A visita ao leprosário - como é chamada a colônia pelos acreanos - atrasou em mais de duas horas a cerimônia de inauguração do Hospital da Criança, no centro da capital do Acre. Apesar do atraso, os mais de cinco mil moradores da cidade esperaram pelo presidente e comprovaram as expectativas de que o prestígio de Lula no estado permanece inabalado depois de quatro meses de governo.

Logo que apareceu na sacada do Hospital da Criança para cumprimentar a população de Rio Branco, Lula recebeu tratamento de estrela: palmas, gritos, bandeiras agitadas ao vento, lágrimas e risos para o presidente. Como já virou costume, nas visitas em que é acompanhado por ministros, Lula apresentou sua equipe de governo para a população do acre. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, dispensava as apresentações: foi ovacionada pela população que comemorava em coro: "Ah! Ah! Uh! Uh! A Marina é nossa!" Do hospital, Lula seguiu em carro fechado direto para o Hotel Imperador Galvez, onde está hospedado. Nenhum compromisso foi marcado para esta noite.

Amanhã, às 8h30, ele inaugura a Escola Modelo Armando Nogueira, na capital. Às 9h30, embarca para Xapuri, a 180 km da capital, onde visita o túmulo do amigo Chico Mondes e assina atos de implementação de projetos sociais. O embarque para Brasília está previsto para 13 horas (15 horas, horário de Brasília).