PF vai ouvir políticos ligados a Roriz sobre suposta propina na regularização de condomínios

26/09/2002 - 21h44

Brasília, 26 (Agência Brasil - ABr) - A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve hoje as diligências determinadas pelo ministro José Delgado na notícia crime que apura o suposto envolvimento do governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, com grilagem de terras. Relator do processo, Delgado determinou na semana passada que a Polícia Federal colha esclarecimentos de assessores e parlamentares ligados a Roriz. Deverão ser ouvidos o deputado federal Tadeu Filippelli, os distritais Odilon Aires e Gim Argello, além do ex-secretário de Comunicação Weligton Moraes.

Em votação unânime, os integrantes da Corte Especial negaram provimento ao Agravo Regimental apresentado em nome de Filippelli e Argello. No recurso, os parlamentares alegam que o STJ não tem competência para pedir-lhes esclarecimentos. Deputado federal, Filippelli diz que tem foro perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Gim Argello, por sua vez, perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O privilégio foi negado.Na petição, os parlamentares também pediam a revogação da parte do despacho que trata da oitiva de Odilon e Weligton. O argumento é de que o objeto da notícia – suposto envolvimento do governador Roriz com grilagem de terras - seria diferente da denúncia que gerou o despacho do ministro. Delgado determinou as diligências após a divulgação de uma gravação feita por Márcio Passos que sugere cobrança de propinas para a aprovação do projeto de lei que regularizou o Condomínio Alto da Boa Vista.
IDM