Restrições à importação do aço tanto beneficia quanto prejudica o Brasil, diz Lafer

06/03/2002 - 0h52

Cidade do Panamá, 5 (Agência Brasil - ABr) - O ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, afirmou há pouco, em entrevista no Palácio Presidencial do Panamá, que a decisão anunciada hoje pelos Estados Unidos, que restringe a importação de aço, "favorece o Brasil em alguns ítens e prejudica o país em outros".

Frisando diversas vezes que sua análise sobre a decisão norte-americana tinha cárater sumário, já que ele não estava completamente informado sobre toda a dimensão da decisão do ato, Celso Lafer disse que a medida atinge o Brasil em três produtos derivados do aço: os semi-acabados, os acabados planos e os produtos longos.

Em relação aos semi-acabados, Lafer assinalou que a expectativa brasileira era exportar para os Estados Unidos 3,3 milhões de toneladas do produto, e não 2,5 milhões. Em contra-partida, de acordo com o ministro, o Brasil está numa posição mais favorável do que os países da União Européia (UE), que segundo ele, foram os mais prejudicados com as medidas protecionistas para ajudar a indústria americana a sair da crise em que se encontra hoje.