mão-de-obra de engenharia https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/178238/all pt-br Brasil não corre risco de falta de engenheiros, diz Ipea https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-05/brasil-nao-corre-risco-de-falta-de-engenheiros-diz-ipea <p>Mariana Tokarnia<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - O Brasil n&atilde;o corre o risco de um &quot;apag&atilde;o&quot; generalizado de m&atilde;o de obra de engenharia. Essa &eacute; a conclus&atilde;o que est&aacute; em artigo do Instituto de Pesquisa Econ&ocirc;mica Aplicada (Ipea), discutido hoje (5) em debate promovido pelo pr&oacute;prio instituto. Segundo os autores, apesar de ainda estar abaixo de outras profiss&otilde;es, o n&uacute;mero de engenheiros exercendo a atividade tem crescido desde os anos 2000 e a tend&ecirc;ncia &eacute; aumentar ainda mais no curto e m&eacute;dio prazo com a gradua&ccedil;&atilde;o de novos profissionais. &nbsp;</p> <p> O artigo &eacute; dos pesquisadores da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP) Mario Sergio Salerno, Leonardo Melo Lins, Bruno Cesar Pino Oliveira de Araujo, Leonardo Augusto Vasconcelos Gomes, Dem&eacute;trio Toledo e Paulo Meyer Nascimento. Segundo eles, um cen&aacute;rio econ&ocirc;mico favor&aacute;vel torna a carreira atrativa - o que vale tamb&eacute;m para o oposto. O dados analisados por eles mostram que o percentual de engenheiros exercendo ocupa&ccedil;&otilde;es t&iacute;picas era 29% em 2000 e foi crescendo ano a ano at&eacute; alcan&ccedil;ar 38% em 2009.</p> <p> A tend&ecirc;ncia &eacute; seguida pela oferta no mercado de trabalho. As vagas para engenheiros cresceram 85% em uma d&eacute;cada, chegando a aproximadamente 230 mil profissionais. Os engenheiros apresentam, no entanto, um percentual de ocupa&ccedil;&otilde;es t&iacute;picas inferior ao outras profiss&otilde;es. O estudo cita a carreira m&eacute;dica, cujo percentual chega a 80%.</p> <p> &quot;Em termos quantitativos, o mercado tem sinalizado bem. Desde 2005, 2006, com a valoriza&ccedil;&atilde;o do pr&ecirc;mio salarial e com a divulga&ccedil;&atilde;o na imprensa [da falta de profissionais], tem aumentado a procura pelos cursos. As institui&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas e privadas come&ccedil;aram a ofertar muitas vagas e os alunos responderam. No ano passado tivemos mais alunos procurando engenharia que direito, pela primeira vez na hist&oacute;ria&quot;, diz um dos autores, Bruno de Araujo.</p> <p> O pesquisador mostra uma preocupa&ccedil;&atilde;o. No longo prazo, caso haja um enfraquecimento da economia &eacute; poss&iacute;vel que haja tamb&eacute;m a fuga desses profissionais e a car&ecirc;ncia pode vir a ser um problema.</p> <p> Outro artigo apresentado no debate, de autoria dos t&eacute;cnicos do Ipea, Aguinaldo Nogueira Maciente e Paulo A. Meyer M. Nascimento, faz uma proje&ccedil;&atilde;o da demanda por engenheiros. De acordo com eles, a expectativa &eacute; que, at&eacute; 2020, o n&uacute;mero de engenheiros requeridos pelo mercado de trabalho formal atinja entre 600 mil e 1,15 milh&atilde;o de profissionais.</p> <p> O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An&iacute;sio Teixeira (Inep), Luiz Cl&aacute;udio Costa, disse que o Brasil tem aumentado o n&uacute;mero de ingressantes em engenharias, especialmente desde 2007, com o Programa de Apoio a Planos de Reestrutura&ccedil;&atilde;o e Expans&atilde;o das Universidades Federais (Reuni).</p> <p> O Brasil tem 18,8 ingressantes em engenharia para cada 10 mil habitantes, n&uacute;mero acima da m&eacute;dia dos pa&iacute;ses da Organiza&ccedil;&atilde;o para a Coopera&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Econ&ocirc;mico (OCDE), que &eacute; 15,3. Entretanto, o n&uacute;mero total de matr&iacute;culas ainda &eacute; a metade da m&eacute;dia desses pa&iacute;ses - 44,5 para cada 10 mil habitantes no Brasil e 78,5 em m&eacute;dia para cada 10 mil habitantes nos pa&iacute;ses da OCDE. &quot;Ainda h&aacute; o que fazer, mas estamos no caminho certo&quot;, avalia Costa.</p> <p> O Inep planeja uma forma de acompanhamento dos estudantes concluintes de engenharias. A inten&ccedil;&atilde;o &eacute;, em parceria com as institui&ccedil;&otilde;es, fazer um acompanhamento dos estudantes egressos e verificar de que forma est&atilde;o atuando no mercado ou no ambiente acad&ecirc;mico. A proposta ainda est&aacute; em discuss&atilde;o.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> brasil engenheiros falta de engenheiros ipea mão-de-obra de engenharia Nacional Wed, 06 Nov 2013 00:23:08 +0000 fabio.massalli 734449 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/