produtoras de alimento https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/175981/all pt-br Aumento no consumo de açúcar também é um problema para a saúde https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-08/aumento-no-consumo-de-acucar-tambem-e-um-problema-para-saude <p style="margin-bottom: 0cm">Alex Rodrigues<br /> <i>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil </i></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/ABr071013MCA_8163.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Bras&iacute;lia &ndash; C&aacute;ries, obesidade e diabetes. Essas s&atilde;o algumas das doen&ccedil;as que podem ser causadas ou agravadas pelo consumo do a&ccedil;&uacute;car &ndash; subst&acirc;ncia cujo conceito de &ldquo;excesso&rdquo; varia conforme a pessoa. Embora o a&ccedil;&uacute;car esteja presente em frutas (frutose) e no leite (lactose), &eacute; o produto processado, obtido a partir da cana-de-a&ccedil;&uacute;car, que mais preocupa os especialistas em sa&uacute;de. Dados do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) revelam que o setor p&uacute;blico gasta, anualmente, R$ 488 milh&otilde;es com o tratamento de doen&ccedil;as associadas &agrave; obesidade.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) recomenda que o consumo de a&ccedil;&uacute;car livre, que inclui tanto a subst&acirc;ncia presente nas frutas e no leite quanto o produto processado, n&atilde;o chegue a 10% das calorias consumidas por uma pessoa adulta ao longo de todo o dia. O problema &eacute; conseguir medir isso, para n&atilde;o extrapolar o limite recomend&aacute;vel. Tanto que, segundo o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, a Pesquisa de Or&ccedil;amentos Familiares, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) entre 2008 e 2009, revelou que 61% da popula&ccedil;&atilde;o brasileira consomem a&ccedil;&uacute;car em excesso.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist639027/prev/1243wd005.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 6px 3px; float: left;" />Atento ao aumento da participa&ccedil;&atilde;o do a&ccedil;&uacute;car na dieta brasileira e &agrave;s consequ&ecirc;ncias negativas do seu consumo excessivo, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de come&ccedil;ou a discutir com as ind&uacute;strias a redu&ccedil;&atilde;o do teor desse nutriente em alimentos industrializados. Em junho, a Coordena&ccedil;&atilde;o-Geral de Alimenta&ccedil;&atilde;o e Nutri&ccedil;&atilde;o do minist&eacute;rio organizou um semin&aacute;rio sobre o tema com a participa&ccedil;&atilde;o de representantes do governo, da ind&uacute;stria, da academia e de entidades profissionais, cient&iacute;ficas e de defesa do consumidor. Ainda n&atilde;o h&aacute; defini&ccedil;&atilde;o quanto &agrave;s medidas que podem vir a ser adotadas.</p> <p> Presidente da sec&ccedil;&atilde;o regional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia no Distrito Federal, a endocrinologista Monalisa Azevedo diz que, apesar do valor nutritivo, as pessoas poderiam abrir m&atilde;o do a&ccedil;&uacute;car. A elimina&ccedil;&atilde;o, entretanto, n&atilde;o &eacute; necess&aacute;ria, nem h&aacute; qualquer recomenda&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica neste sentido, segundo explicou.</p> <p> &ldquo;O a&ccedil;&uacute;car n&atilde;o &eacute; um alimento essencial. Podemos abrir m&atilde;o de seu consumo porque seu nutriente, a glicose, est&aacute; presente em uma s&eacute;rie de outros alimentos compostos por carboidratos, como o arroz e o feij&atilde;o. Agora, se ingerido em pequenas quantidades, o a&ccedil;&uacute;car n&atilde;o &eacute; um veneno&rdquo;, disse a m&eacute;dica. Ela alerta, contudo, que a quantidade recomend&aacute;vel varia de pessoa para pessoa, de acordo com fatores como a condi&ccedil;&atilde;o geral de sa&uacute;de e a faixa et&aacute;ria de cada um.</p> <p> Para Monalisa, &eacute; importante que os consumidores sejam informados sobre a adi&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&uacute;car em alimentos industrializados e que as autoridades p&uacute;blicas, a exemplo do que j&aacute; vem fazendo o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, estudem os n&iacute;veis recomend&aacute;veis, como no caso do s&oacute;dio.</p> <p> &ldquo;Este &eacute; um debate important&iacute;ssimo e h&aacute; exemplos de produtos como alguns sucos em caixinha e refrigerantes que t&ecirc;m que ser melhor estudados. Sempre lembrando que n&atilde;o h&aacute;, hoje, nenhuma orienta&ccedil;&atilde;o e que n&atilde;o prescrevemos a erradica&ccedil;&atilde;o do consumo do a&ccedil;&uacute;car, embora restringir a quantidade ingerida seja recomend&aacute;vel para todos &ndash; da mesma forma como recomendamos a redu&ccedil;&atilde;o dos produtos industrializados que, sempre que poss&iacute;vel, devem ser substitu&iacute;dos por alimentos naturais, como frutas, fonte de a&ccedil;&uacute;car natural&rdquo;, explicou.</p> <p> J&aacute; o historiador e escritor Fernando de Carvalho, &eacute; radical. Diab&eacute;tico, ele defende o fim do uso do a&ccedil;&uacute;car para todos. Em seu libelo contra o produto, <i>O Livro Negro do A&ccedil;&uacute;car</i>, dispon&iacute;vel na internet, Carvalho alerta que, com o tempo, praticamente todos os alimentos industrializados, at&eacute; mesmo o p&atilde;o franc&ecirc;s, foram sendo modificados pela adi&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&uacute;car, criando o que chama de &ldquo;a era das doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas, metab&oacute;licas e degenerativas&rdquo;. A finalidade foi torn&aacute;-los mais agrad&aacute;veis ao paladar contempor&acirc;neo. O problema &eacute; que nem sempre isso &eacute; informado aos consumidores.</p> <p> Em entrevista &agrave; <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>, Carvalho apontou que, nos &uacute;ltimos anos, houve um avan&ccedil;o no tocante ao surgimento e a populariza&ccedil;&atilde;o de alimentos de baixo teor cal&oacute;rico, o que ajudou a despertar a aten&ccedil;&atilde;o de muitos consumidores. De acordo com ele, contudo, h&aacute; um movimento contr&aacute;rio.</p> <p> &ldquo;O poder econ&ocirc;mico da ind&uacute;stria do a&ccedil;&uacute;car &eacute; muito grande. Uma deputada chegou a propor uma lei obrigando as empresas a informar o risco de alguns de seus produtos causarem c&aacute;ries. N&atilde;o passou de uma proposta&rdquo;, comentou Carvalho, que critica a falta de leis que controlem o excesso nos alimentos e informem o risco da subst&acirc;ncia para os consumidores.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&ldquo;A rigor, o consumidor &eacute; quase um &oacute;rf&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es. Pelo contr&aacute;rio. O que h&aacute; &eacute; um est&iacute;mulo sem ressalvas por parte da m&iacute;dia, sem nunca abordar os problemas de sa&uacute;de e o custo humano e ecol&oacute;gico decorrente da expans&atilde;o da &aacute;rea ocupada por canaviais &ndash; expans&atilde;o que n&atilde;o atende s&oacute; &agrave; produ&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&uacute;car, mas tamb&eacute;m &agrave; de etanol&rdquo;, analisou.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>E</em><em>di&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><em><span style="font-style: normal"><b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b></span></em></p> cana-de-açúcar compromissos críticas Nacional Oxfam problemas de saúde produção de açúcar produtoras de alimento sustentabilidade ambiental sustentabilidade social Tue, 08 Oct 2013 15:50:23 +0000 davi.oliveira 732387 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Entidade empresarial rebate críticas à produção de açúcar no Brasil https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-08/entidade-empresarial-rebate-criticas-producao-de-acucar-no-brasil <p style="margin-bottom: 0cm">Alex Rodrigues<br /> <i>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist709807/prev/AgenciaBrasil101212_JFC5077.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Bras&iacute;lia - Para a maior entidade representativa do setor de a&ccedil;&uacute;car e bioetanol do Brasil, a Uni&atilde;o da Ind&uacute;stria da Cana-de-A&ccedil;&uacute;car (Unica), as afirma&ccedil;&otilde;es da organiza&ccedil;&atilde;o internacional Oxfam para justificar a campanha <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-08/campanha-quer-evitar-que-grandes-empresas-comprem-acucar-com-origem-em-areas-de-conflito" target="_blank">destinada a motivar as dez maiores empresas aliment&iacute;cias e de bebidas do mundo a n&atilde;o comprar a&ccedil;&uacute;car produzido em &aacute;reas em lit&iacute;gio</a> s&atilde;o inconsistentes ao tratar da situa&ccedil;&atilde;o brasileira.</p> <p> &ldquo;Esse relat&oacute;rio est&aacute; cheio de buracos, a come&ccedil;ar pelo fato de que eles tentam chegar a uma conclus&atilde;o global, como se houvesse alguma uniformidade nas diferentes situa&ccedil;&otilde;es dos diversos pa&iacute;ses que produzem cana-de-a&ccedil;&uacute;car&rdquo;, comentou o diretor de Comunica&ccedil;&atilde;o e Marketing da Unica, Adhemar Altieri.</p> <p> &ldquo;Evidente que qualquer empresa [que compre a&ccedil;&uacute;car ou etanol] precisa rever o que est&aacute; fazendo se uma situa&ccedil;&atilde;o il&iacute;cita for comprovada; se ficar provado que algu&eacute;m foi desalojado irregularmente ou que uma &aacute;rea se trata de terra ind&iacute;gena, por exemplo&rdquo;, acrescentou Altieri. O diretor garantiu que, ao contr&aacute;rio do que a Oxfam apresenta no relat&oacute;rio, com rela&ccedil;&atilde;o ao Brasil, e com o que &eacute; alegado por organiza&ccedil;&otilde;es sociais, o plantio de cana-de-a&ccedil;&uacute;car nada tem a ver com os conflitos agr&aacute;rios e com a expuls&atilde;o de pequenos produtores de suas terras.</p> <p> &ldquo;V&aacute;rias empresas, e n&atilde;o apenas as multinacionais, t&ecirc;m crit&eacute;rios para escolher seus fornecedores e est&atilde;o atentas a detalhes como esses. Isso n&atilde;o &eacute; novidade. O que acontece &eacute; que h&aacute; alguns casos em que o lit&iacute;gio pela terra surge posteriormente &agrave; assinatura do contrato de fornecimento. E a&iacute;, &eacute; necess&aacute;rio que a situa&ccedil;&atilde;o seja esclarecida, que as den&uacute;ncias sejam verificadas, porque ningu&eacute;m descumpre um contrato de compra porque o fornecedor est&aacute; sendo acusado. Ele espera por uma decis&atilde;o judicial. Se o fornecedor apresentou provas razo&aacute;veis de que a terra lhe pertence, apresenta o t&iacute;tulo de propriedade, o que mais a empresa pode fazer?&rdquo;</p> <p> De acordo com Altieri, os dois casos citados pela Oxfam &ndash; conflitos agr&aacute;rios de usinas de a&ccedil;&uacute;car com pequenos produtores em Sirinha&eacute;m (PE) e &iacute;ndios em Ponta Por&atilde; (MS) - como exemplos de que, no Brasil, a produ&ccedil;&atilde;o de cana-de-a&ccedil;&uacute;car tem causado conflitos agr&aacute;rios refletem os equ&iacute;vocos da entidade internacional.</p> <p> &ldquo;Nenhum dos dois casos resiste a um exame dos fatos. Em um deles, sequer h&aacute; produ&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&uacute;car, mas sim de etanol. E mesmo que os dois casos citados fossem reais, n&atilde;o refletiriam a realidade, pois estamos falando de um setor que emprega quase 1,2 milh&atilde;o de pessoas, com quase 400 usinas em funcionamento em todo o pa&iacute;s. E que ocupa apenas 9,5 milh&otilde;es de hectares, ou seja, pouco mais de 1% do territ&oacute;rio nacional&rdquo;, conclui o diretor da Unica.</p> <p> &quot;Ao contr&aacute;rio do que a Oxfam afirma, a cana &eacute; um fator de manuten&ccedil;&atilde;o do homem na terra. Entre 2002 e 2010, quando a ind&uacute;stria da cana cresceu, foram constru&iacute;das mais de 100 usinas no pa&iacute;s. O n&uacute;mero de fornecedores cresceu na mesma propor&ccedil;&atilde;o. H&aacute;, hoje, mais de 70 mil pequenos e m&eacute;dios produtores rurais no pa&iacute;s. Noventa por cento deles produzem abaixo de 10 mil toneladas de cana&quot;, conclui o diretor.</p> <p> Procurado, o Minist&eacute;rio da Agricultura, Pecu&aacute;ria e Abastecimento n&atilde;o quis se posicionar sobre a pol&ecirc;mica. J&aacute; algumas das dez empresas de alimentos e refrigerantes citadas pela Oxfam garantiram &agrave; <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b> que j&aacute; possuem mecanismos para garantir uma produ&ccedil;&atilde;o justa e sustent&aacute;vel ao longo de toda a cadeia produtiva.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A Oxfam reagiu &agrave;s alega&ccedil;&otilde;es do representante da Unica explicando que os estudos dos casos brasileiros citados apontam para <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-08/expansao-da-agricultura-no-brasil-estimula-conflitos-por-terra-diz-oxfam" target="_blank">quest&otilde;es levantadas tamb&eacute;m por organiza&ccedil;&otilde;es sociais</a> e ocorrem ainda em outros estados do pa&iacute;s analisados pela ONG, embora n&atilde;o citados no estudo.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>E</em><em>di&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira // Mat&eacute;ria ampliada &agrave;s 12h10 de 09/10/2013 para incluir posicionamento da Oxfam.</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><em><span style="font-style: normal"><b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b></span></em></p> avaliação das empresas cana-de-açúcar Nacional Oxfam produção de açúcar produtoras de alimento sustentabilidade ambiental sustentabilidade social Unica Tue, 08 Oct 2013 15:50:15 +0000 davi.oliveira 732386 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Expansão da agricultura no Brasil estimula conflitos por terra, diz Oxfam https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-08/expansao-da-agricultura-no-brasil-estimula-conflitos-por-terra-diz-oxfam <p style="margin-bottom: 0cm">Alex Rodrigues<br /> <i>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil </i></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist709807/prev/AgenciaBrasil140512DSC_1117.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Bras&iacute;lia &ndash; Maior produtor mundial de a&ccedil;&uacute;car, respons&aacute;vel por 20% do abastecimento mundial, o Brasil &eacute;, segundo a organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental Oxfam, um exemplo de pa&iacute;s onde os conflitos agr&aacute;rios t&ecirc;m crescido em consequ&ecirc;ncia da expans&atilde;o da agricultura, principalmente do plantio de soja e da cana-de-a&ccedil;&uacute;car.</p> <p> Ao lan&ccedil;ar, na semana passada, uma campanha mundial &ndash; baseada no relat&oacute;rio <i>O Gosto Amargo do A&ccedil;&uacute;car</i> - para que as dez maiores empresas aliment&iacute;cias e de bebidas do mundo <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-08/campanha-quer-evitar-que-grandes-empresas-comprem-acucar-com-origem-em-areas-de-conflito" target="_blank">adotem medidas que contribuam para evitar que pequenos produtores rurais e comunidades tradicionais sejam expulsos de suas terras para dar espa&ccedil;o ao plantio de cana-de-a&ccedil;&uacute;car</a>, a Oxfam afirmou que os povos ind&iacute;genas e quilombolas representam mais de um quarto das pessoas afetadas por conflitos agr&aacute;rios no Brasil.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Outra preocupa&ccedil;&atilde;o da entidade &eacute; que, mesmo permanecendo em suas terras, os produtores sejam pressionados a abandonar outras culturas pela produ&ccedil;&atilde;o &uacute;nica da cana-de-a&ccedil;&uacute;car.</p> <p> &ldquo;Embora certamente nem todas as disputas estejam relacionadas com [a produ&ccedil;&atilde;o do] a&ccedil;&uacute;car, s&atilde;o os seus principais produtores, como Mato Grosso do Sul, Pernambuco e S&atilde;o Paulo que tiveram um n&uacute;mero expressivo de conflitos&rdquo;, aponta o informativo divulgado &agrave; imprensa para subsidiar a campanha que visa a sensibilizar empresas e governos a constru&iacute;rem um sistema alimentar mundial mais justo.</p> <p> De acordo com a Oxfam, as dez maiores empresas de alimentos e bebidas do mundo (Coca-Cola, PepsiCo, Danone, Nestl&eacute;, Kellogg, Unilever, Associated British Foods (detentora, no Brasil, da marca Ovomaltine), General Mills (dona da marca Yoki e respons&aacute;vel por vender as barras de cereais Nature Valley e o sorvete H<em><span style="font-style: normal">&auml;</span></em>agen-Dazs), Mars (chocolates M&amp;M e Twix, al&eacute;m dos molhos Masterfoods) e Mondelez International (Tang, Fresh, Clight, Trakinas, Halls, entre outros produtos) adotam medidas para para identificar, evitar e tratar os consequentes conflitos agr&aacute;rios em sua cadeia de suprimentos. Procuradas pela <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>, algumas das empresas garantiram que j&aacute; adotam mecanismos para garantir uma produ&ccedil;&atilde;o justa e sustent&aacute;vel ao longo de toda a cadeia produtiva.</p> <p> A conclus&atilde;o do estudo &eacute; que, ante a estimativa de que, por causa &ldquo;do nosso insaci&aacute;vel amor pelo doce&rdquo;, a produ&ccedil;&atilde;o mundial do produto cres&ccedil;a 25% at&eacute; 2020, a competi&ccedil;&atilde;o por &aacute;reas produtivas se intensifiques. Dados do Minist&eacute;rio da Agricultura, Pecu&aacute;ria e Abastecimento revelam que, no Brasil, a produ&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&uacute;car saltou de 16,02 milh&otilde;es de toneladas na safra 2000/2001 para 38,35 milh&otilde;es de toneladas no ciclo 2012/2013. No per&iacute;odo, a produ&ccedil;&atilde;o nacional de cana-de-a&ccedil;&uacute;car (destinada tamb&eacute;m &agrave; produ&ccedil;&atilde;o de etanol) saltou de 255 milh&otilde;es de toneladas para 589 milh&otilde;es de toneladas, retomando a tend&ecirc;ncia de crescimento interrompida em 2011.</p> <p> A Comiss&atilde;o Pastoral da Terra (CPT) vem apontando outros problemas verificados em monoculturas como a da cana-de-a&ccedil;&uacute;car: o volume de agrot&oacute;xicos pulverizados nas lavouras e o n&uacute;mero de casos de trabalhadores encontrados vivendo em condi&ccedil;&otilde;es semelhantes &agrave; escravid&atilde;o.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">O diretor de Comunica&ccedil;&atilde;o e Marketing da Uni&atilde;o da Ind&uacute;stria da Cana-de-A&ccedil;&uacute;car (Unica), Adhemar Altieri, contudo, garante que o setor &eacute; um dos que atingem o maior &iacute;ndice de trabalho formal do pa&iacute;s, com, segundo ele, mais de 90% dos trabalhadores com carteira registrada. A ONG Rep&oacute;rter Brasil, por outro lado, aponta, no livro <a href="http://www.escravonempensar.org.br/wp-content/uploads/2013/03/livro_escravo_nem_pensar_baixa_final.pdf" target="_blank"><i><span style="text-decoration: none">Escravo, nem Pensar</span></i></a>, que, entre 2003 e 2011, 10.495 trabalhadores foram encontrados em condi&ccedil;&otilde;es an&aacute;logas &agrave; escravid&atilde;o, aproximando o setor &agrave; pecu&aacute;ria, atividade com o maior n&uacute;mero de autua&ccedil;&otilde;es dos fiscais do trabalho.</p> <p> No in&iacute;cio do m&ecirc;s, o Movimento Quilombola do Maranh&atilde;o ocupou a sede do Instituto Nacional de Coloniza&ccedil;&atilde;o Agr&aacute;ria (Incra) no estado e promoveu manifesta&ccedil;&otilde;es para denunciar a amea&ccedil;a a comunidades quilombolas de serem expulsas de seus territ&oacute;rios pela expans&atilde;o de canaviais e de planta&ccedil;&otilde;es de soja, eucalipto e pecu&aacute;ria. O Conselho Indigenista Mission&aacute;rio (Cimi), organiza&ccedil;&atilde;o ligada &agrave; Confer&ecirc;ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tamb&eacute;m vem apontando amea&ccedil;as &agrave;s comunidades ind&iacute;genas.</p> <p> Procurado pela <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>, o Minist&eacute;rio da Agricultura, Pecu&aacute;ria e Abastecimento n&atilde;o se pronunciou sobre a quest&atilde;o.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>E</em><em>di&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><em><span style="font-style: normal"><b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b></span></em></p> área agrícola cana-de-açúcar conflitos agrários expansão agrícola Nacional Oxfam produção de açúcar produtoras de alimento sustentabilidade ambiental sustentabilidade social Tue, 08 Oct 2013 15:50:06 +0000 davi.oliveira 732385 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Fabricantes de alimentos garantem que já buscam produção justa de matéria-prima https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-08/fabricantes-de-alimentos-garantem-que-ja-buscam-producao-justa-de-materia-prima <p style="margin-bottom: 0cm">Alex Rodrigues<br /> <i>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/Valter_0222T.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Bras&iacute;lia &ndash; Acusadas pela organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental Oxfam de <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-08/campanha-quer-evitar-que-grandes-empresas-comprem-acucar-com-origem-em-areas-de-conflito" target="_blank">n&atilde;o adotarem medidas para prevenir e resolver conflitos agr&aacute;rios resultantes da crescente demanda mundial por a&ccedil;&uacute;car</a>, algumas das dez grandes empresas de alimentos e refrigerantes garantiram &agrave; <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b> que j&aacute; possuem mecanismos corporativos para assegurar uma produ&ccedil;&atilde;o justa e sustent&aacute;vel ao longo de toda a cadeia produtiva.</p> <p> Por <i>e-mail</i>, as duas principais fabricantes de refrigerantes do mundo, Coca-Coca e Pepsi, informaram &agrave; reportagem que todos seus fornecedores s&atilde;o obrigados a respeitar os respectivos c&oacute;digos de conduta das companhias.</p> <p> &ldquo;Nosso <em>Guia de Princ&iacute;pios de Agricultura Sustent&aacute;vel</em> reconhece e assegura os direitos das comunidades e povos locais para garantir o acesso &agrave; terra e aos recursos naturais e respeita os direitos humanos e do trabalho&rdquo;, posicionou-se a Coca-Cola, garantindo a disposi&ccedil;&atilde;o de trabalhar com a Oxfam para promover uma agricultura sustent&aacute;vel nos pa&iacute;ses onde atua.</p> <p> A Pepsi garantiu que possui um c&oacute;digo de conduta ajustado &agrave;s expectativas globais quanto &agrave;s rela&ccedil;&otilde;es de trabalho, &agrave; sa&uacute;de, seguran&ccedil;a e gest&atilde;o ambiental. A empresa informou que esse c&oacute;digo vem sendo incorporado na contrata&ccedil;&atilde;o de fornecedores em todos os pa&iacute;ses em que opera. &ldquo;Continuamos comprometidos em agir &eacute;tica e responsavelmente com nossos parceiros e organiza&ccedil;&otilde;es externas como a Oxfam&rdquo;.</p> <p> Empresa melhor classificada na avalia&ccedil;&atilde;o da Oxfam, embora em um grau considerado ruim, a Nestl&eacute; reconheceu que a seguran&ccedil;a alimentar &eacute; um dos mais importantes problemas mundiais e que o setor aliment&iacute;cio tem um papel vital para a constru&ccedil;&atilde;o de um sistema alimentar sustent&aacute;vel.</p> <p> &ldquo;Nossa abordagem em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s quest&otilde;es fundi&aacute;rias engloba muitas das preocupa&ccedil;&otilde;es levantadas pela Oxfam, cujos esfor&ccedil;os apoiaremos. Vamos analisar detalhadamente suas solicita&ccedil;&otilde;es. Estamos totalmente empenhados em melhorar ainda mais as condi&ccedil;&otilde;es de vida dos 690 mil agricultores que nos fornecem mat&eacute;rias-primas, mas acreditamos que &eacute; necess&aacute;ria uma abordagem conjunta pela sociedade civil, governo e empresas para que avancemos em dire&ccedil;&atilde;o a um sistema alimentar sustent&aacute;vel&rdquo;, comentou a Nestl&eacute;, revelando preocupa&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m em rela&ccedil;&atilde;o ao uso sustent&aacute;vel da &aacute;gua.</p> <p> A Danone se limitou a reafirmar que seu modelo de crescimento mundial se sustenta no compromisso com seus colaboradores; em oferecer e garantir aos consumidores acesso a produtos saud&aacute;veis e nutritivos e no compromisso com a sustentabilidade, que, al&eacute;m de garantir o futuro do planeta, assegura a perenidade dos neg&oacute;cios da empresa.</p> <p> J&aacute; a Mars, que no Brasil vende os chocolates M&amp;M e Twix, al&eacute;m dos molhos Masterfoods, garantiu que, entre outras iniciativas para garantir a sustentabilidade de suas a&ccedil;&otilde;es, assumiu compromissos de certifica&ccedil;&atilde;o do cacau, peixe, ch&aacute;, caf&eacute; e &oacute;leo de palma. &ldquo;Estamos comprometidos a trabalhar com os nossos fornecedores, com a ind&uacute;stria de alimentos em geral e com organiza&ccedil;&otilde;es n&atilde;o-governamentais como a Oxfam, o World Resources Institute e o WWF para tratar dos impactos sociais, ambientais e econ&ocirc;micos em nossa cadeia de suprimento&rdquo;.</p> <p> Argumentando n&atilde;o ser um grande comprador mundial de a&ccedil;&uacute;car, a Unilever reafirmou seu compromisso de, at&eacute; 2020, s&oacute; usar mat&eacute;rias-primas agr&iacute;colas certificadamente obtidas de fontes sustent&aacute;veis &ndash; hoje, 36% da meta j&aacute; foi atingida. &ldquo;A Unilever reconhece que o direito &agrave; terra &eacute; fundamental para a seguran&ccedil;a alimentar. Estamos analisando a melhor forma de implementar as diretrizes do Comit&ecirc; de Seguran&ccedil;a Alimentar Mundial da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Alimenta&ccedil;&atilde;o e a Agricultura (FAO). A empresa vai continuar trabalhando de forma transparente com seus fornecedores, considerando os riscos e os impactos associados &agrave; quest&atilde;o da terra, como forma de atingirmos nossas metas de sustentabilidade&rdquo;.</p> <p> Associated British Foods (ABF), Kellogg&#39;s e Mondelez International n&atilde;o se manifestaram sobre o assunto at&eacute; a publica&ccedil;&atilde;o da mat&eacute;ria. A reportagem ligou para o n&uacute;mero de telefone informado no <i>site</i> da General Mills no Brasil, mas n&atilde;o houve retorno dos pedidos de contato com os representantes ou assessores de imprensa da empresa no pa&iacute;s.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>E</em><em>di&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><em><span style="font-style: normal"><b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b></span></em></p> cana-de-açúcar compromissos fao Nacional Oxfam produção de açúcar produtoras de alimento sustentabilidade ambiental sustentabilidade social Tue, 08 Oct 2013 15:49:56 +0000 davi.oliveira 732384 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Campanha quer evitar que grandes empresas comprem açúcar com origem em áreas de conflito https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-08/campanha-quer-evitar-que-grandes-empresas-comprem-acucar-com-origem-em-areas-de-conflito <p style="margin-bottom: 0cm">Alex Rodrigues<br /> <i>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil </i></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist709807/prev/AgenciaBrasil101212_JFC5132.JPG" style="margin: 3px; float: right; width: 300px; height: 225px;" />Bras&iacute;lia &ndash; Usado em boa parte dos alimentos industrializados, como sucos e refrigerantes, biscoitos e iogurtes, o a&ccedil;&uacute;car &eacute; um ingrediente fundamental para a ind&uacute;stria aliment&iacute;cia para real&ccedil;ar o sabor dos alimentos. Seu crescente consumo, contudo, al&eacute;m de preocupar especialistas em sa&uacute;de, tamb&eacute;m &eacute; alvo da apreens&atilde;o de organiza&ccedil;&otilde;es ambientalistas e de defesa dos direitos humanos.</p> <p> Na semana passada, a Oxfam, entidade internacional que re&uacute;ne 17 organiza&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais (ONGs) que atuam em 92 pa&iacute;ses, lan&ccedil;ou uma campanha para que as dez maiores empresas aliment&iacute;cias e de bebidas n&atilde;o alco&oacute;licas do mundo adotem medidas para evitar que pequenos produtores rurais e comunidades tradicionais sejam expulsos de suas terras para dar espa&ccedil;o ao plantio de cana-de-a&ccedil;&uacute;car.</p> <p> Segundo a Oxfam, as grandes empresas globais de alimentos e bebidas raramente s&atilde;o donas da terra onde a cana-de-a&ccedil;&uacute;car &eacute; produzida. Mesmo assim, devem adotar medidas para identificar, evitar e resolver eventuais conflitos agr&aacute;rios decorrentes da produ&ccedil;&atilde;o dos insumos que consomem.</p> <p> Com a campanha, a Oxfam espera que a press&atilde;o da opini&atilde;o p&uacute;blica force companhias como Coca-Cola, Pepsi, Danone, Nestl&eacute;, Kellogg&#39;s e Unilever a n&atilde;o adquirir o a&ccedil;&uacute;car produzido por fornecedores instalados em &aacute;reas em lit&iacute;gio. A lista inclui tamb&eacute;m a Associated British Foods (detentora, no Brasil, da marca Ovomaltine), General Mills (dona da marca Yoki e respons&aacute;vel por vender as barras de cereais Nature Valley e o sorvete H<em><span style="font-style: normal">&auml;</span></em>agen-Dazs), Mars (chocolates M&amp;M e Twix; molhos Masterfoods) e Mondelez International (Tang, Fresh, Clight, Trakinas, Halls, entre outros produtos)</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A Oxfam considera que essas empresas n&atilde;o adotam medidas para identificar, evitar e tratar os conflitos fundi&aacute;rios e sociais eventualmente provocados por seus fornecedores de a&ccedil;&uacute;car.</p> <p> De acordo com a Oxfam, em 2012 foram produzidas 176 milh&otilde;es de toneladas de a&ccedil;&uacute;car em todo o mundo. Ap&oacute;s o consumo mundial ter mais que dobrado entre 1961 e 2009, a estimativa &eacute; que, &ldquo;devido ao nosso insaci&aacute;vel amor pelo doce&rdquo;, a produ&ccedil;&atilde;o cres&ccedil;a 25% at&eacute; 2020. O aumento da demanda, alerta a entidade internacional, pode acirrar a disputa por &aacute;reas produtivas.</p> <p> &ldquo;Comunidades pobres do mundo inteiro s&atilde;o envolvidas em conflitos por terras, sendo expulsas sem serem consultadas e sem receber qualquer compensa&ccedil;&atilde;o [financeira] para que enormes planta&ccedil;&otilde;es de cana-de-a&ccedil;&uacute;car sejam instaladas. Ao perderem suas terras, essas pessoas tamb&eacute;m perdem seus lares e sua principal fonte de renda e de alimentos&rdquo;, <a href="http://www.oxfam.org/sites/www.oxfam.org/files/tierra_azucar_nota_informativa_oxfam_es_final.pdf" target="_blank"><span style="text-decoration: none">aponta a Oxfam </span><span style="text-decoration: none">no</span><span style="text-decoration: none"> relat&oacute;rio</span></a><span style="text-decoration: none"> </span><i><span style="text-decoration: none">O Gosto Amargo do A&ccedil;&uacute;car</span></i><span style="text-decoration: none">, </span>divulgado na semana passada, em que cita o a&ccedil;&uacute;car, a soja e o &oacute;leo de dend&ecirc; como as tr&ecirc;s mat&eacute;rias-primas cuja produ&ccedil;&atilde;o mais oferece riscos de fomentar conflitos.</p> <p> Para a Oxfam, as dez maiores empresas, principal alvo da campanha, t&ecirc;m que reconhecer sua responsabilidade na resolu&ccedil;&atilde;o dos conflitos agr&aacute;rios da ind&uacute;stria a&ccedil;ucareira. &ldquo;Embora possam n&atilde;o ter responsabilidade legal ou controle direto sobre os conflitos, como importantes compradores elas est&atilde;o sujeitas &agrave;s normas internacionais de direitos humanos e devem assumir responsabilidade no encaminhamento do direito &agrave; terra em sua cadeia de suprimento&rdquo;, alega a entidade, antes de apontar que, embora as decis&otilde;es das dez companhias possam mobilizar outras empresas a seguir o mesmo caminho, cabe aos governos locais a responsabilidade por resolver os conflitos agr&aacute;rios.</p> <p> &ldquo;Conflitos agr&aacute;rios s&atilde;o quest&otilde;es de longa dura&ccedil;&atilde;o, com ra&iacute;zes complexas na m&aacute; governan&ccedil;a, na posse incerta da terra e em desigualdades hist&oacute;ricas. Os governos t&ecirc;m a responsabilidade de garantir os direitos b&aacute;sicos a seus cidad&atilde;os. Se as Dez Grandes transmitirem uma mensagem clara de toler&acirc;ncia zero para a apropria&ccedil;&atilde;o de terras &ndash; mensagem refor&ccedil;ada por mudan&ccedil;as na pol&iacute;tica e na pr&aacute;tica &ndash; poder&atilde;o fazer a diferen&ccedil;a&rdquo;, conclui o estudo.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>E</em><em>di&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><em><span style="font-style: normal"><b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b></span></em></p> cana-de-açúcar Nacional Oxfam produção de açúcar produtoras de alimento sustentabilidade ambiental sustentabilidade social Tue, 08 Oct 2013 15:49:49 +0000 davi.oliveira 732383 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/