Avenida Mateo Boi https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/172509/all pt-br Do lado de fora de hospital, amigos aguardam notícias de feridos em desabamento de prédio https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-27/do-lado-de-fora-de-hospital-amigos-aguardam-noticias-de-feridos-em-desabamento-de-predio <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/25/gallery_assist729082/prev/ABr270813MCMCSP-2.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Fl&aacute;via Albuquerque<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash;&nbsp; Do lado de fora do Hospital Geral de S&atilde;o Mateus, uma das quatro unidades que receberam v&iacute;timas do desabamento de um pr&eacute;dio na manh&atilde; de hoje (27), amigos dos trabalhadores feridos aguardam por not&iacute;cias do colegas.</p> <p>Um deles &eacute; o pedreiro Valdemir Pereira da Silva, de 45 anos. Enquanto espera por informa&ccedil;&otilde;es sobre o estado de sa&uacute;de de dois amigos, ele, que tamb&eacute;m &eacute; funcion&aacute;rio da construtora respons&aacute;vel pela obra e est&aacute; de licen&ccedil;a do trabalho por 15 dias, contou que a estrutura da obra era inadequada para o tipo de constru&ccedil;&atilde;o que estava sendo feita. Segundo ele, a maioria dos trabalhadores veio do Maranh&atilde;o, Tocantins e do Piau&iacute;.</p> <p>&nbsp;&ldquo;Seis pilares no meio de 1.100 metros quadrados, com duas vigas para segurar uma laje deste tamanho. Estavam fazendo o refor&ccedil;o e a&iacute; acontece isso&rdquo;, disse Silva. De acordo com ele, um dos colegas passa bem e est&aacute; tomando soro, j&aacute; o outro fez uma cirurgia.</p> <p>At&eacute; o come&ccedil;o da tarde, 24 trabalhadores tinham sido resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Os corpos dos seis mortos foram encaminhados para o Instituto M&eacute;dico-Legal (IML) Central. O desabamento ocorreu por volta das 8h30 da manh&atilde; de hoje (27). Os bombeiros ainda trabalham no resgate de mais v&iacute;timas &ndash; estima-se que mais cinco trabalhadores est&atilde;o sob os escombros.</p> <p> A corretora de im&oacute;veis Marilene Aparecida passou em frente ao pr&eacute;dio minutos antes do desabamento. Depois, foi alertada sobre o ocorrido pela filha que estava em um ponto de &ocirc;nibus. Ao ver a poeira, voltou ao local e acabou levando um dos trabalhadores feridos ao hospital, ap&oacute;s ter recebido a autoriza&ccedil;&atilde;o de um policial. &ldquo;Ele estava com uma fratura exposta no bra&ccedil;o e um machucado na cabe&ccedil;a. Ele conversou normalmente, disse que seu nome era Alcides, que era do Maranh&atilde;o e que estava trabalhando ali h&aacute; dois dias&rdquo;, contou.</p> <p> De acordo com Marilene, o oper&aacute;rio, que &eacute; marceneiro, relatou que havia notado fragilidades na estrutura do pr&eacute;dio. &ldquo;Eu n&atilde;o perguntei mais nada, apenas sobre a fam&iacute;lia. Estou em contato com a esposa dele que est&aacute; no Maranh&atilde;o e estou dando a ela as not&iacute;cias&rdquo;. Segundo ela, o homem ficou preso embaixo dos escombros, mas conseguiu sair junto com um colega por meio de um buraco feito em uma parede que dava no quintal de uma casa, tamb&eacute;m afetada pelo desabamento.</p> <p> Conforme Marilene, o oper&aacute;rio relatou que 30 a 45 pessoas estavam trabalhando no local no momento do desabamento. &ldquo;Ele disse que foi t&atilde;o r&aacute;pido que ele nem entendeu o que aconteceu&rdquo;, contou.</p> <p> J&aacute; o pedreiro Guilherme Viana de Freitas aguarda not&iacute;cias de dois irm&atilde;os resgatados dos escombros. H&aacute; 15 dias, ele deixou de trabalhar na obra. &ldquo;S&oacute; sei que ele [um dos irm&atilde;os] foi resgatado, mas n&atilde;o sei em que hospital ele est&aacute;, se foi mesmo retirado de l&aacute;. Ainda n&atilde;o tenho nenhuma not&iacute;cia, n&atilde;o sei onde ele est&aacute;. O outro irm&atilde;o eu j&aacute; sei que est&aacute; bem, s&oacute; com um corte na cabe&ccedil;a&rdquo;.</p> <p> &ldquo;O coment&aacute;rio era de que as vigas eram muito pequenas para segurar um pr&eacute;dio daquele tamanho e que iam tentar refor&ccedil;ar. A&iacute; aconteceu esse acidente&rdquo;, disse Freitas.</p> <p> De acordo com o Corpo de Bombeiros, a obra estava em andamento h&aacute; pelo menos tr&ecirc;s meses e que houve um colapso da estrutura, sem explos&otilde;es. Antes da obra, existia no local um posto de combust&iacute;veis. As causas do desabamento ainda s&atilde;o desconhecidas. Desde a manh&atilde;, a Pol&iacute;cia Civil est&aacute; no local e somente depois da per&iacute;cia poder&aacute; se chegar a uma conclus&atilde;o. Segundo informa&ccedil;&otilde;es preliminares, cinco im&oacute;veis pr&oacute;ximos ao pr&eacute;dio foram interditados. A Defesa Civil do munic&iacute;pio tamb&eacute;m est&aacute; no local e deve fazer uma avalia&ccedil;&atilde;o sobre os riscos.</p> <p> A Avenida Mateo Bei onde a constru&ccedil;&atilde;o est&aacute; situada &eacute; um polo de com&eacute;rcio do bairro de S&atilde;o Mateus, na zona leste. Momentos ap&oacute;s o desabamento, a rua foi fechada para a circula&ccedil;&atilde;o de ve&iacute;culos e a maioria das lojas fechou as portas.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Agência Brasil Avenida Mateo Boi bairro São Mateus condição de saúde construtora Corpo de Bombeiros desabamento de prédio em São Paulo feridos Hospital Geral de São Mateus IML mortes Nacional obra pedreiro trabalhadores Tue, 27 Aug 2013 18:39:05 +0000 carolinap 729119 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/