botão do pânico https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/170758/all pt-br Iniciativas municipais auxiliam no combate à violência contra a mulher https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-10/iniciativas-municipais-auxiliam-no-combate-violencia-contra-mulher <p><span style="line-height: 1.5em;">Marcelo Brand&atilde;o</span><br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil&nbsp;</em></p> <p> <span style="line-height: 1.5em;">Bras&iacute;lia - &nbsp;Sete anos ap&oacute;s o surgimento da Lei Maria da Penha,&nbsp;</span>que prev&ecirc; medidas de prote&ccedil;&atilde;o &agrave; mulher v&iacute;tima de viol&ecirc;ncia,<span style="line-height: 1.5em;">&nbsp;iniciativas municipais surgem no Brasil para reprimir os agressores. O bot&atilde;o do p&acirc;nico, em Vit&oacute;ria (ES), e a tornozeleira eletr&ocirc;nica, em Belo Horizonte (MG), aparecem como ideias bem-sucedidas e que podem ser aplicadas em outros estados.</span></p> <p><span style="line-height: 1.5em;">A tornozeleira j&aacute; vinha sendo usada em Minas Gerais para outros casos. No entanto, passou a ser usada por agressores de mulheres desde mar&ccedil;o, com sucesso. O programa, que come&ccedil;ou com 37 pessoas, cresceu e j&aacute; monitorou 329 agressores e v&iacute;timas em cinco meses. Atualmente, 219 homens usam o dispositivo, semelhante a um rel&oacute;gio de pulso, preso &agrave; perna.</span></p> <p> O aparelho determina seu campo de exclus&atilde;o, evitando aproxima&ccedil;&atilde;o da mulher, que carrega um outro dispositivo na bolsa. Caso haja aproxima&ccedil;&atilde;o indevida, os dois aparelhos emitem um sinal, tamb&eacute;m replicado na central de monitoramento, que aciona a pol&iacute;cia. A iniciativa se expandiu para a regi&atilde;o metropolitana de Belo Horizonte e, de acordo com a Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, chegar&aacute; ao interior do estado gradualmente.</p> <p> Na capital capixaba, o bot&atilde;o do p&acirc;nico j&aacute; &eacute; considerado um sucesso. Utilizado desde maio, trata-se de um dispositivo que a mulher leva consigo e aciona caso sinta-se amea&ccedil;ada pelo ex-companheiro. Quando utilizado pela mulher, o dispositivo emite um sinal &agrave;s viaturas especializadas no combate &agrave; viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica. Cada agente possui um <em>smartphone </em>que logo ap&oacute;s receber o sinal mostra fotos da mulher em situa&ccedil;&atilde;o de risco e do agressor. O aparelho tamb&eacute;m grava o &aacute;udio do que se passa no ambiente. Quatro homens j&aacute; foram apreendidos com aux&iacute;lio do aparelho. O &uacute;ltimo deles, na madrugada de ontem &nbsp;(9), era filho da v&iacute;tima.</p> <p> De acordo com a coordenadora estadual da Mulher em Situa&ccedil;&atilde;o de Viol&ecirc;ncia Dom&eacute;stica e Familiar do Tribunal de Justi&ccedil;a do Esp&iacute;rito Santo (TJ-ES), ju&iacute;za Herm&iacute;nia Maria Azoury, a resposta das mulheres tem sido bastante positiva. Uma delas diz sentir-se &ldquo;usando colete &agrave; prova de balas&rdquo;. Outra, ainda, tinha um pequeno restaurante, com o qual sustentava a fam&iacute;lia. As agress&otilde;es quase di&aacute;rias a fizeram fechar o estabelecimento. Por&eacute;m, com o bot&atilde;o do p&acirc;nico em m&atilde;os, conseguiu reabrir o neg&oacute;cio com mais seguran&ccedil;a.&nbsp;</p> <p> Para a ju&iacute;za, a iniciativa surgiu para corrigir falhas na Lei 11.340/06, a Lei Maria da Penha. &ldquo;Apesar de ser muito boa, uma das melhores do mundo, a lei n&atilde;o fala como deve ser feita a fiscaliza&ccedil;&atilde;o das medidas protetivas. A ju&iacute;za n&atilde;o est&aacute; l&aacute; pra ver, nem o promotor e nem a pol&iacute;cia. E a &uacute;nica forma que encontramos [de fiscalizar o cumprimento das medidas] foi essa.&quot;</p> <p> Ao explicar que o bot&atilde;o do p&acirc;nico poder&aacute; ser estendido para outras cidades, a ju&iacute;za Herm&iacute;nia disse que &ldquo;v&aacute;rios tribunais t&ecirc;m nos ligado para saber do projeto e a representante de um outro estado j&aacute; veio ver como funcionava&rdquo;.&nbsp;</p> <p> Na abertura da 7&ordf; Jornada Lei Maria da Penha, promovida pelo Conselho Nacional de Justi&ccedil;a (CNJ), a titular da Secretaria Nacional de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica (Senasp), Regina Miki, anunciou que o Sistema Nacional de Informa&ccedil;&otilde;es de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica est&aacute; sendo desenvolvido. Segundo ela, o sistema vai auxiliar na preven&ccedil;&atilde;o e responsabiliza&ccedil;&atilde;o dos agressores, uma vez que ser&atilde;o reunidos dados de diversos tipos de crimes, inclusive viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica e contra a mulher.</p> <p> Essas iniciativas v&ecirc;m em boa hora. Em dados divulgados pelo CNJ, foram registrados 91.886 assassinatos de mulheres entre 1980 e 2010. No estudo <a href="http://www.cnj.jus.br/images/Maria%20da%20Penha_vis2.pdf">O Poder Judici&aacute;rio na aplica&ccedil;&atilde;o da Lei Maria da Penha</a>,&nbsp;tamb&eacute;m do CNJ, consta que, apenas em 2009, foram registrados 70.285 atendimentos de mulheres v&iacute;timas de viol&ecirc;ncia na rede do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS). O estudo destaca ainda que o n&uacute;mero de agress&otilde;es tende a ser muito maior, uma vez que os casos registrados s&atilde;o aqueles graves o suficiente para demandar atendimento m&eacute;dico.</p> <p> <em><span style="line-height: 1.5em;">Edi&ccedil;&atilde;o:&nbsp;</span><span style="line-height: 1.5em;">Val&eacute;ria Aguiar</span></em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> agressão Belo Horizonte botão do pânico Cidadania CNJ Lei Maria da Penha monitoramento mulher punição tornozeleira violÊncia Vítimas de Violência vitória Sat, 10 Aug 2013 17:58:54 +0000 aquintiere 727757 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/