Antonio Cesar Perri de Carvalho https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/169997/all pt-br Entidades religiosas se manifestam sobre aprovação de lei de atendimento a vítimas de estupro https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-02/entidades-religiosas-se-manifestam-sobre-aprovacao-de-lei-de-atendimento-vitimas-de-estupro <p>Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Entidades religiosas foram surpreendidas com a decis&atilde;o do governo de <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-01/dilma-sanciona-sem-vetos-lei-que-garante-atendimento-vitimas-de-violencia-sexual" target="_blank">aprovar sem vetos o projeto</a> que obriga hospitais do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) a prestar atendimento emergencial e multidisciplinar &agrave;s v&iacute;timas de viol&ecirc;ncia sexual. Desde que o projeto foi aprovado no Congresso, no in&iacute;cio de julho, dirigentes da Confer&ecirc;ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Federa&ccedil;&atilde;o Esp&iacute;rita Brasileira (FEB) e do F&oacute;rum Evang&eacute;lico Nacional de A&ccedil;&atilde;o Social e Pol&iacute;tica (Fenasp), se reuniram, pelo menos duas vezes, com o governo para alertar sobre pontos que consideravam cr&iacute;ticos na proposta.</p> <p> Para Antonio Cesar Perri de Carvalho, presidente da Federa&ccedil;&atilde;o Esp&iacute;rita Brasileira (FEB), a decis&atilde;o da aprova&ccedil;&atilde;o da lei sem restri&ccedil;&otilde;es foi &ldquo;lament&aacute;vel&rdquo;. As representa&ccedil;&otilde;es religiosas <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-19/cnbb-apoia-veto-parcial-projeto-de-lei-sobre-violencia-sexual" target="_blank">queriam o veto</a> de alguns itens do texto, como o que trata da &ldquo;profilaxia da gravidez&rdquo;.</p> <p> Apesar de n&atilde;o mudar as regras, o Planalto anunciou mudan&ccedil;as em algumas express&otilde;es. O termo &ldquo;profilaxia da gravidez&rdquo;, por exemplo, ser&aacute; substitu&iacute;do por &quot;medica&ccedil;&atilde;o com efici&ecirc;ncia precoce para evitar a gravidez decorrente de estupro&rdquo;, para desestimular a pr&aacute;tica de abortos na rede p&uacute;blica. O governo tamb&eacute;m vai ampliar o conceito de viol&ecirc;ncia sexual, incluindo todas as formas de estupro, independente de situa&ccedil;&otilde;es e leis espec&iacute;ficas.</p> <p> O presidente da FEB disse que as altera&ccedil;&otilde;es amenizam as preocupa&ccedil;&otilde;es, mas n&atilde;o solucionam o problema. Para ele, a aprova&ccedil;&atilde;o do texto &ldquo;gera ambiente de preocupa&ccedil;&atilde;o com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; efetiva defesa da vida, desde a concep&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse Perri. &ldquo;O grupo reconhece a import&acirc;ncia da lei para a prote&ccedil;&atilde;o &agrave; mulher que tenha sofrido viol&ecirc;ncia, por&eacute;m entende que, certamente, alguns termos indevidos que foram utilizados e sua generalidade, podem favorecer a pr&aacute;tica do aborto&rdquo;, refor&ccedil;ou Perri Carvalho.</p> <p> Pela nova lei, as equipes m&eacute;dicas que atenderem essas v&iacute;timas t&ecirc;m que realizar diagn&oacute;stico, tratamento de les&otilde;es, exames para detectar doen&ccedil;as sexualmente transmiss&iacute;veis e gravidez. As regras tamb&eacute;m preveem o atendimento psicol&oacute;gico dessas pessoas.</p> <p> O presidente do Fenasp do Distrito Federal, Rodrigo Delmasso disse que a entidade n&atilde;o &eacute; contra o projeto. &ldquo;O projeto &eacute; bom porque voc&ecirc; precisa dar prioridade a v&iacute;timas de viol&ecirc;ncia sexual no sistema de sa&uacute;de e garantir um tratamento diferenciado&rdquo;, completou.</p> <p> Para o pastor da Igreja Evang&eacute;lica Sara Nossa Terra, o ideal seria criar mecanismos que assegurem o direito &agrave; vida. &ldquo;N&atilde;o sei tecnicamente quando a concep&ccedil;&atilde;o de uma vida ocorre. A gente precisa ouvir mais m&eacute;dicos&rdquo;, disse ao se referir ao ponto da lei que prev&ecirc; distribui&ccedil;&atilde;o de contraceptivos de emerg&ecirc;ncia &ndash; a chamada p&iacute;lula do dia seguinte. &ldquo;Se a decis&atilde;o for como medida anticoncepcional, a igreja evang&eacute;lica n&atilde;o &eacute; contr&aacute;ria, mas se caracterizar como interrup&ccedil;&atilde;o de gravidez isso &eacute; aborto e somos contra&rdquo;, explicou.</p> <p> A CNBB ainda n&atilde;o se pronunciou. Os dirigentes da confer&ecirc;ncia est&atilde;o reunidos desde as 10h da manh&atilde; para definir como a entidade vai se posicionar sobre a aprova&ccedil;&atilde;o da lei.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Denise Griesinger<br /> Todo conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir a mat&eacute;ria, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Antonio Cesar Perri de Carvalho Federação Espírita Brasileira Fórum Evangélico Nacional de Ação Social gravidez decorrente de estupro medicação com eficiência precoce Nacional profilaxia da gravidez Fri, 02 Aug 2013 16:16:29 +0000 deniseg 727205 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/