Complexo Penitenciário de Pedrinhas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/168022/all pt-br Profissionais de outros estados reforçarão Defensoria Pública do Maranhão https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-16/profissionais-de-outros-estados-reforcarao-defensoria-publica-do-maranhao <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p> Mariana Jungmann<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A Defensoria P&uacute;blica do Maranh&atilde;o vai receber um refor&ccedil;o de 30 profissionais de outros estados no mutir&atilde;o carcer&aacute;rio que est&aacute; sendo promovido no estado para aliviar os problemas provocados pela superlota&ccedil;&atilde;o no Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas, em S&atilde;o Lu&iacute;s, capital do estado. Atualmente, 21 defensores p&uacute;blicos estaduais trabalham em conjunto com promotores e ju&iacute;zes no levantamento de todos os processos dos presos de Pedrinhas. A primeira reuni&atilde;o do grupo foi ontem (15).</p> <p> O principal objetivo do refor&ccedil;o na defensoria &eacute; acelerar a identifica&ccedil;&atilde;o dos presos que j&aacute; podem ser postos em liberdade. &Eacute; o caso dos que est&atilde;o presos temporariamente, al&eacute;m do tempo permitido por lei, dos que cumpriram a pena e ainda n&atilde;o foram libertados e daqueles que j&aacute; t&ecirc;m direito &agrave; progress&atilde;o de regime.</p> <p> Identificados esses detentos, os defensores dever&atilde;o pedir aos ju&iacute;zes envolvidos no mutir&atilde;o provid&ecirc;ncias como comuta&ccedil;&atilde;o de pena, indulto e liberdade condicional. Os promotores tamb&eacute;m dever&atilde;o atuar junto com a defensoria para solicitar, por exemplo, que os presos provis&oacute;rios sejam separados dos condenados.</p> <p> O refor&ccedil;o na Defensoria P&uacute;blica come&ccedil;ar&aacute; no dia 27 deste m&ecirc;s.</p> <p> A For&ccedil;a Nacional de Seguran&ccedil;a, que est&aacute; atuando no pres&iacute;dio de Pedrinhas, ficar&aacute; no estado pelo menos at&eacute; o dia 23 de fevereiro. O Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a, no entanto, pode decidir prorrogar a perman&ecirc;ncia da for&ccedil;a no Maranh&atilde;o, caso seja necess&aacute;rio.</p> <p> Pedrinhas se tornou o centro de uma crise no sistema penitenci&aacute;rio do Maranh&atilde;o depois que ataques a &ocirc;nibus em S&atilde;o Lu&iacute;s foram ordenados de dentro do pres&iacute;dio. Os ataques resultaram na morte de uma crian&ccedil;a e em quatro pessoas feridas. Al&eacute;m disso, a divulga&ccedil;&atilde;o de um v&iacute;deo feito no pres&iacute;dio, mostrando a decapita&ccedil;&atilde;o de presos, chamou a aten&ccedil;&atilde;o de defensores dos direitos humanos. Somente no ano passado, 60 presos morreram no complexo.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> Complexo Penitenciário de Pedrinhas defensoria pública Maranhão mutirão carcerário Nacional Thu, 16 Jan 2014 22:42:05 +0000 nfranco 738385 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Maranhão faz balanço do plano de emergência no setor penitenciário https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-16/maranhao-faz-balanco-do-plano-de-emergencia-no-setor-penitenciario <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p>Andreia Verd&eacute;lio<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Bras&iacute;lia &ndash; O plano de emerg&ecirc;ncia destinado a superar a crise no sistema penitenci&aacute;rio maranhense completou uma semana e, segundo informa&ccedil;&otilde;es do governo do estado, as medidas em execu&ccedil;&atilde;o indicam que os resultados podem ser esperados para um curto espa&ccedil;o de tempo.</p> <p>Um dos principais problemas da crise, segundo autoridades ouvidas pela <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, &eacute; o uso de seguran&ccedil;a terceirizada nos pres&iacute;dios. No entanto, o governo informa que 120 agentes penitenci&aacute;rios aprovados no concurso realizado em 2013 come&ccedil;aram a ser chamados.</p> <p>Com a crise, a seguran&ccedil;a no Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas passou a ser feita pela For&ccedil;a Nacional e pela Pol&iacute;cia Militar (PM), sendo que o Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-08/forca-nacional-ficara-ate-fevereiro-em-presidios-do-maranhao">prorrogou</a> at&eacute; fevereiro a perman&ecirc;ncia da For&ccedil;a Nacional no pres&iacute;dio. A presen&ccedil;a da PM &eacute; por tempo indeterminado.</p> <p>A crise teve in&iacute;cio ap&oacute;s o Conselho Nacional de Justi&ccedil;a ter denunciado as prec&aacute;rias condi&ccedil;&otilde;es do pres&iacute;dio de Pedrinhas, al&eacute;m de ter criticado a falta de controle dos condenados, os crimes sexuais e a viol&ecirc;ncia generalizada no complexo penitenci&aacute;rio. Uma comiss&atilde;o de investiga&ccedil;&atilde;o foi, ent&atilde;o, criada para identificar infra&ccedil;&otilde;es cometidas por presos.</p> <p>As pol&iacute;cias militar e civil, al&eacute;m do Corpo de Bombeiros, passaram a fazer o <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-09/policia-do-maranhao-faz-patrulhamento-nos-corredores-de-onibus-para-impedir-ataques">patrulhamento</a> na capital, S&atilde;o Lu&iacute;s. &Eacute; uma tentativa de impedir novos <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-15/crianca-vitima-de-ataques-onibus-recebe-alta-em-sao-luis">atentados</a> ordenados por criminosos de dentro das pris&otilde;es, como os inc&ecirc;ndios a &ocirc;nibus, que deixaram uma crian&ccedil;a morta e cinco feridos gravemente.</p> <p>A primeira medida do plano de emerg&ecirc;ncia foi a cria&ccedil;&atilde;o do <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-10/comeca-primeira-reuniao-de-comite-para-combater-violencia-em-prisoes-do-maranhao">comit&ecirc; gestor</a>. O grupo coordena a execu&ccedil;&atilde;o das medidas do plano de emerg&ecirc;ncia. Segundo o governo, foram criadas equipes de trabalho para dar encaminhamento a cada uma das medidas.</p> <p>Diante da situa&ccedil;&atilde;o, o Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a ofereceu vagas para l&iacute;deres de fac&ccedil;&otilde;es criminosas, que controlam os pres&iacute;dios maranhenses, em pris&otilde;es federais de seguran&ccedil;a m&aacute;xima. A lista dos presos a serem transferidos e a data da opera&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foram reveladas por medida de seguran&ccedil;a.</p> <p>Para desafogar os pres&iacute;dios e evitar conflitos internos entre fac&ccedil;&otilde;es, mais unidades devem ser constru&iacute;das, reformadas e ampliadas. De acordo com o governo, est&aacute; em fase de conclus&atilde;o a unidade de seguran&ccedil;a m&aacute;xima em S&atilde;o Lu&iacute;s (com 150 vagas) e a constru&ccedil;&atilde;o do Pres&iacute;dio de Imperatriz (250 vagas). As unidades de Coroat&aacute; (com 150 vagas), de Cod&oacute; e Balsas (cada uma com 200 vagas) passam por reforma e amplia&ccedil;&atilde;o.</p> <p>O governo do Maranh&atilde;o informou ainda que investiu R$ 131 milh&otilde;es na constru&ccedil;&atilde;o de unidades e no reaparelhamento do sistema penitenci&aacute;rio. No entanto, a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-14/atualizada-justica-determina-construcao-de-presidios-no-maranhao-em-60-dias">Justi&ccedil;a</a> determinou que as obras sejam finalizadas em at&eacute; 60 dias.</p> <p>Segundo a assessoria do governo, &agrave; medida que forem recebidos setores reformados na Casa de Deten&ccedil;&atilde;o, os presos ser&atilde;o remanejados para a unidade, que tem 500 vagas. A pris&atilde;o foi destru&iacute;da no ano passado, durante uma rebeli&atilde;o, e agora passa por uma reforma.</p> <p>Para aliviar a superlota&ccedil;&atilde;o, um <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-15/mutirao-judiciario-comeca-analisar-processos-de-presos-temporarios-em-pedrinhas">mutir&atilde;o</a> do Poder Judici&aacute;rio e da Defensoria P&uacute;blica faz revis&atilde;o de processos de presos tempor&aacute;rios, verifica&ccedil;&atilde;o de senten&ccedil;as e aplica&ccedil;&atilde;o de penas alternativas.</p> <p>O trabalho envolve 22 ju&iacute;zes, 28 promotores de Justi&ccedil;a e 21 defensores p&uacute;blicos e deve durar duas semanas. A a&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou no Complexo de Pedrinhas e se estender&aacute; a outras unidades prisionais do estado.</p> <p>A aquisi&ccedil;&atilde;o de tornozeleiras eletr&ocirc;nicas para detentos beneficiados com penas alternativas faz parte das medidas de emerg&ecirc;ncia e est&aacute; sendo negociada com o Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a.</p> <p>No conjunto de medidas de assist&ecirc;ncia aos presos e a suas fam&iacute;lias, o governo informa que existe um n&uacute;cleo de assist&ecirc;ncia implantado pela Secretaria de Justi&ccedil;a. O grupo, que presta atendimento aos parentes dos detentos e de v&iacute;timas da viol&ecirc;ncia dentro dos pres&iacute;dios, ser&aacute; ampliado em fevereiro, com o oferecimento de apoio jur&iacute;dico, servi&ccedil;o social, encaminhamento para trabalho e sa&uacute;de.</p> <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Infos/info_prisao_abr.png" style="width: 730px; height: 894px;" /></p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura//O t&iacute;tulo e o texto da mat&eacute;ria foram alterados &agrave;s 20h25 para esclarecimento de informa&ccedil;&otilde;es</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> </em></p> casa de detenção CNJ Complexo Penitenciário de Pedrinhas Força Nacional Ministério da Justiça Mutirão penitenciário Nacional Pedrinhas plano de emergência polícia militar Thu, 16 Jan 2014 21:50:38 +0000 alberto.coura 738377 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Mutirão judiciário começa a analisar processos de presos temporários em Pedrinhas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-15/mutirao-judiciario-comeca-analisar-processos-de-presos-temporarios-em-pedrinhas <p>Mariana Jungmann<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - Come&ccedil;ou hoje (15), em S&atilde;o Lu&iacute;s (MA), o mutir&atilde;o judici&aacute;rio que far&aacute; um levantamento da situa&ccedil;&atilde;o dos presos do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas. A abertura dos trabalhos foi feita com uma reuni&atilde;o pela manh&atilde; que teve a presen&ccedil;a de representantes do Tribunal de Justi&ccedil;a, do Minist&eacute;rio P&uacute;blico e da Defensoria P&uacute;blica.</p> <p> No per&iacute;odo da tarde, os primeiros processos come&ccedil;aram a ser analisados. O objetivo do mutir&atilde;o &eacute; identificar presos tempor&aacute;rios ou que j&aacute; cumpriram suas penas e podem ser colocados em liberdade. O mutir&atilde;o tamb&eacute;m pretende fazer um levantamento sobre os presos de menor periculosidade, que podem receber penas alternativas ou serem colocados em liberdade condicional com o uso de monitoramento eletr&ocirc;nico.</p> <p> Ao todo, 22 ju&iacute;zes, 28 promotores de Justi&ccedil;a e 21 defensores p&uacute;blicos do estado v&atilde;o participar do mutir&atilde;o. Cinco salas foram reservadas no F&oacute;rum de S&atilde;o Lu&iacute;s para abrig&aacute;-los durante os trabalhos, que ser&atilde;o divididos em tr&ecirc;s etapas. Na primeira, o grupo ir&aacute; analisar 859 processos de presos tempor&aacute;rios. O trabalho pode durar at&eacute; 15 dias.</p> <p> Depois, o mutir&atilde;o ir&aacute; fazer visitas presenciais no complexo, onde dever&aacute; receber e ouvir os presos. Os ju&iacute;zes, promotores e defensores p&uacute;blicos v&atilde;o ficar em duas unidades dentro de Pedrinhas e ter&atilde;o a ajuda da For&ccedil;a Nacional de Seguran&ccedil;a e do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a. Por fim, no futuro, o grupo dever&aacute; analisar processos de outras unidades prisionais do estado, na tentativa de fazer levantamento parecido sobre todos os pres&iacute;dios do Maranh&atilde;o.</p> <p> A crise no sistema prisional maranhense culminou com a morte de uma crian&ccedil;a e com quatro pessoas feridas depois que bandidos colocaram fogo em &ocirc;nibus em S&atilde;o Lu&iacute;s (MA). A ordem para os ataques partiu de dentro da Penitenci&aacute;ria de Pedrinhas, onde duas fac&ccedil;&otilde;es rivais brigam pelo controle do pres&iacute;dio. Organiza&ccedil;&otilde;es de direitos humanos tamb&eacute;m denunciaram a superlota&ccedil;&atilde;o do complexo e a morte de 60 presos somente em 2013. V&iacute;deos de detentos sendo decapitados tamb&eacute;m circularam na internet e os pr&oacute;prios presos denunciaram o estupro de mulheres dentro do pres&iacute;dio.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> Complexo Penitenciário de Pedrinhas mutirão judiciário Nacional Pedrinhas penitenciária de pedrinhas presos temporário presos temporários em Pedrinhas Wed, 15 Jan 2014 23:15:23 +0000 fabio.massalli 738320 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Justiça determina construção de presídios no Maranhão em 60 dias https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-14/justica-determina-construcao-de-presidios-no-maranhao-em-60-dias <p>Andreia Verd&eacute;lio<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist639716/prev/Agencia%20Brasil170912WDO_3511.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 2px; float: right;" />Bras&iacute;lia &ndash; A justi&ccedil;a maranhense determinou que o governo do estado construa novos pres&iacute;dios no prazo de 60 dias. Na decis&atilde;o de ontem (13) o juiz Manoel Matos de Ara&uacute;jo, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de S&atilde;o Lu&iacute;s (MA), estabeleceu que as constru&ccedil;&otilde;es sejam preferencialmente no interior do estado e que tenham vagas suficientes para atender &agrave; demanda atual.</p> <p> A a&ccedil;&atilde;o foi proposta em 31 de maio de 2011 pela Promotoria Especializada na Defesa da Cidadania, do Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Maranh&atilde;o (MP-MA) na tentativa de <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2010-03-29/mortes-e-torturas-em-prisoes-levam-ouvidor-de-direitos-humanos-ao-maranhao" target="_blank">conter a viola&ccedil;&atilde;o de direitos</a> no Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas.</p> <p> O magistrado tamb&eacute;m determinou que no prazo de 60 dias sejam realizadas reformas e adapta&ccedil;&otilde;es nos estabelecimentos penais do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas. Al&eacute;m disso, fixou prazo de 30 dias para a nomea&ccedil;&atilde;o dos aprovados para o cargo de agente penitenci&aacute;rio no concurso de 2013.</p> <p> A decis&atilde;o prev&ecirc; que sejam realizados novos concursos p&uacute;blicos para o fortalecimento do sistema penitenci&aacute;rio estadual para cargos administrativos, t&eacute;cnicos, de vigil&acirc;ncia e de cust&oacute;dia. No caso do descumprimento das decis&otilde;es, o governo dever&aacute; pagar multa di&aacute;ria de R$ 50 mil para cada medida descumprida.</p> <p> O relat&oacute;rio do Minist&eacute;rio P&uacute;blico anexado &agrave; a&ccedil;&atilde;o aponta que em 2004, j&aacute; havia sido foi constatado, atrav&eacute;s de inspe&ccedil;&atilde;o da Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria, que o sistema prisional encontrava-se em p&eacute;ssimo estado de uso e conserva&ccedil;&atilde;o. Em 2010, o &oacute;rg&atilde;o ratificou que os problemas de insalubridade persistiam.</p> <p> Em 2005, o MP-MA encaminhou relat&oacute;rio &agrave; Procuradoria-Geral do Estado e &agrave; Corregedoria Geral do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Estadual elencando as provid&ecirc;ncias que deveriam ser tomadas pelo governo para melhoria da estrutura f&iacute;sica e regulariza&ccedil;&atilde;o do quadro de pessoal do Complexo de Pedrinhas. Apesar do relat&oacute;rio ter sido elaborado h&aacute; quase nove anos, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico deixa claro na a&ccedil;&atilde;o que as sugest&otilde;es permanecem atuais, em face do descaso do estado e da crise que se instalou no sistema prisional do Maranh&atilde;o.</p> <p> A decis&atilde;o proferida ontem vai ao encontro das medidas elaboradas no Plano de Emerg&ecirc;ncia de A&ccedil;&otilde;es, apresentado pelo ministro da Justi&ccedil;a, Jos&eacute; Eduardo Cardozo, e pela governadora do Maranh&atilde;o, Roseana Sarney, na &uacute;ltima quinta-feira (9) para o enfrentamento &agrave; viol&ecirc;ncia nos pres&iacute;dios do Maranh&atilde;o.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Denise Griesinger<br /> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Complexo Penitenciário de Pedrinhas Justiça Maranhão Ministério Público Promotoria Especializada na Defesa da Cidadania Tue, 14 Jan 2014 15:41:28 +0000 deniseg 738218 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Presas duas mulheres que tentaram entrar no Complexo de Pedrinhas com drogas e celulares https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-11/presas-duas-mulheres-que-tentaram-entrar-no-complexo-de-pedrinhas-com-drogas-e-celulares <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p>Yara Aquino<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Duas mulheres foram presas neste s&aacute;bado (11), quando tentavam entrar em uma unidade do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas, em S&atilde;o Lu&iacute;s, com drogas, celulares e<em> chips</em>. Uma delas estava com cinco <em>chips</em> de celular e, ap&oacute;s ser encaminhada para a delegacia, foi liberada. A mulher que foi pega com drogas, <em>chips</em>, carregadores e celulares permanece presa e ser&aacute; encaminhada para uma penitenci&aacute;ria. As informa&ccedil;&otilde;esforam dadas pelo 16&deg; Distrito Policial de S&atilde;o Lu&iacute;s do Maranh&atilde;o.</p> <p> Quarta (8) e quinta-feira (9) tr&ecirc;s mulheres haviam sido presas em situa&ccedil;&atilde;o semelhante em unidades do complexo de Pedrinhas. O sistema prisional do Maranh&atilde;o vem enfrentando problemas e a crise veio &agrave; tona em outubro do ano passado, quando uma rebeli&atilde;o no complexo deixou nove mortos e 20 feridos. Na ocasi&atilde;o, a governadora Roseana Sarney decretou estado de emerg&ecirc;ncia no sistema prisional e pediu ao Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a que enviasse efetivos da For&ccedil;a Nacional de Seguran&ccedil;a para garantir a seguran&ccedil;a no pres&iacute;dio.</p> <p> No final do ano passado, policiais militares foram destacados para <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-30/seguranca-em-penitenciarias-do-maranhao-tera-reforco-da-pm-por-tempo-indeterminado">refor&ccedil;ar a seguran&ccedil;a</a> nas oito unidades penitenci&aacute;rias do Complexo de Pedrinhas. Mesmo com homens da For&ccedil;a Nacional e da Pol&iacute;cia Militar, duas mortes foram registradas em Pedrinhas nos primeiros dias deste ano.</p> <p> Na semana passada, bandidos atearam fogo a um &ocirc;nibus na capital maranhense. Uma crian&ccedil;a de 6 anos morreu e quatro pessoas permanecem hospitalizadas com queimaduras, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-09/duas-vitimas-de-ataque-onibus-no-maranhao-vao-receber-tratamento-medico-em-outros-estados">duas delas em estado grave</a>. Na avalia&ccedil;&atilde;o das autoridades maranhenses, os ataques criminosos a &ocirc;nibus e delegacias foram uma rea&ccedil;&atilde;o &agrave;s medidas adotadas para combater a criminalidade nas unidades prisionais da capital.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> Ataques a ônibus Complexo Penitenciário de Pedrinhas Força Nacional de Segurança Maranhão Nacional violÊncia Sat, 11 Jan 2014 20:12:14 +0000 nfranco 738091 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Duas vítimas do ataque a ônibus em São Luís continuam em estado grave https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-11/duas-vitimas-do-ataque-onibus-em-sao-luis-continuam-em-estado-grave <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p> Yara Aquino<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Duas v&iacute;timas que sofreram queimaduras durante o ataque de bandidos a &ocirc;nibus na capital maranhense permanecem em estado grave, por&eacute;m est&aacute;vel. Uma delas, Juliane Carvalho Santos, passou neste s&aacute;bado (11) por mais procedimentos de sa&uacute;de no Hospital Regional da Asa Norte, no Distrito Federal. Juliane, que teve 40% do corpo queimado, foi tratada com banhoterapia, que &eacute; um procedimento espec&iacute;fico para pacientes com queimadura, e passou por troca de curativos.</p> <p> De acordo com boletim m&eacute;dico divulgado pelo hospital, ela faz uso de medicamentos e respira normalmente, mas com ajuda de oxig&ecirc;nio. Julianes est&aacute; internada na ala de queimados do hospital e ontem (10) passou por um procedimento chamado desbridamento cir&uacute;rgico, que serve para retirar a pele morta que fica sobre os ferimentos e assim evitar infec&ccedil;&otilde;es. A paciente deve passar por, pelo menos, tr&ecirc;s procedimentos de limpeza.</p> <p> Juliane Carvalho &eacute; a m&atilde;e de duas meninas que tamb&eacute;m estavam no &ocirc;nibus ao qual os bandidos atearam fogo. A filha mais velha, Ana Clara, de 6 anos, n&atilde;o resistiu aos ferimentos e morreu. A mais nova, Lorane Beatriz, de 1 ano e meio, est&aacute; internada no Hospital Estadual Infantil Juv&ecirc;ncio Matos, em S&atilde;o Lu&iacute;s, e n&atilde;o corre risco de vida.</p> <p> Outra v&iacute;tima do ataque ao &ocirc;nibus, M&aacute;rcio Ronny da Cruz, est&aacute; internado no Hospital Geral de Goi&acirc;nia e seu estado de sa&uacute;dem tamb&eacute;m permanece grave, por&eacute;m est&aacute;vel. Ronny teve 72% do corpo queimado e continua respirando com a ajuda de aparelhos. O paciente passou por desbridamento cir&uacute;rgico ontem (10) e deve ser submetido novamente ao procedimento na segunda (13) ou ter&ccedil;a-feira (14) pr&oacute;ximas, informou a assessoria do hospital.</p> <p> As pacientes que continuam internadas no Maranh&atilde;o, Lorane Beatriz, de 1 ano e meio, que teve queimaduras nas pernas e nos bra&ccedil;os e est&aacute; no Hospital Estadual Infantil Juv&ecirc;ncio Matos, e Abyancy Silva Santos, de 35 anos, que teve queimaduras em 10% do corpo e est&aacute; na enfermaria do Hospital Geral do Maranh&atilde;o, podem ter alta na pr&oacute;xima semana. De acordo com informa&ccedil;&otilde;es da Secretaria de Sa&uacute;de do Maranh&atilde;o, a menina passar&aacute; por novo curativo cir&uacute;rgico na segunda e Abyanci na ter&ccedil;a e, ent&atilde;o, os m&eacute;dicos v&atilde;o avaliar se elas precisam permanecer no hospital.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> ataque a ônibus Complexo Penitenciário de Pedrinhas Maranhão Nacional Sat, 11 Jan 2014 18:39:32 +0000 nfranco 738084 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Igreja maranhense pede domingo de orações pela menina Ana Clara https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-11/igreja-maranhense-pede-domingo-de-oracoes-pela-menina-ana-clara <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p><em>Da Ag&ecirc;ncia Brasil*</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Um domingo de ora&ccedil;&atilde;o pela paz foi convocado em todas as igrejas de S&atilde;o Lu&iacute;s, capital do Maranh&atilde;o, em meio &agrave; onda de crimes desencadeada pela crise penitenci&aacute;ria no estado.</p> <p>Os fi&eacute;is rezar&atilde;o, em especial, pela menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que morreu v&iacute;tima de queimaduras causadas por um inc&ecirc;ndio criminoso em um &ocirc;nibus, no &uacute;ltimo dia 3. A ordem para o ataque ao &ocirc;nibus partiu de l&iacute;deres de fac&ccedil;&otilde;es criminosas presos no Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas, em S&atilde;o Lu&iacute;s, o maior do Maranh&atilde;o.</p> <p>Ao comentar a situa&ccedil;&atilde;o no estado, o arcebispo da capital, dom Jos&eacute; Belis&aacute;rio da Silva, disse que, na raiz do problema, est&aacute; uma profunda injusti&ccedil;a social. Ele ressaltou que o &ldquo;mart&iacute;rio&rdquo; de Ana Clara pode ser uma oportunidade para reverter esta situa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</p> <p> A m&atilde;e e uma irm&atilde; de Ana Clara tamb&eacute;m foram feridas no ataque do dia 3. Em estado grave, mas est&aacute;vel, a m&atilde;e, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, foi transferida do Maranh&atilde;o para um hospital de Brasil, refer&ecirc;ncia no tratamento de queimados. A irm&atilde; de Ana Clara, Lorane Beatriz, de 1 ano e meio, est&aacute; internada em um hospital infantil na capital maranhense e n&atilde;o corre risco de morrer.</p> <p> Outro paciente em estado grave, mas tamb&eacute;m est&aacute;vel, M&aacute;rcio Ronny da Cruz, que teve queimaduras em 72% do corpo, foi transferido de S&atilde;o Lu&iacute;s para o Hospital Geral de Goi&acirc;nia, considerado refer&ecirc;ncia no tratamento de queimados no pa&iacute;s. Em tratamento em S&atilde;o Lu&iacute;s, a quinta v&iacute;tima do ataque ao &ocirc;nibus, Abyancy Silva Santos, que teve 10% do corpo queimado, n&atilde;o corre risco de vida e pode receber alta a partir de ter&ccedil;a-feira (14).</p> <p><em>*Com informa&ccedil;&otilde;es da R&aacute;dio Vaticano</em></p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> Complexo Penitenciário de Pedrinhas Igraja Maranhão Nacional Sat, 11 Jan 2014 18:29:21 +0000 nfranco 738083 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Pacientes transferidos do Maranhão para Brasília e Goiânia continuam em estado grave https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-10/pacientes-transferidos-do-maranhao-para-brasilia-e-goiania-continuam-em-estado-grave <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p>Mariana Jungmann<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Os dois pacientes - - Juliane Carvalho Santos e M&aacute;rcio Ronny da Cruz -, transferidos do Maranh&atilde;o para hospitais em Bras&iacute;lia e Goi&acirc;nia ap&oacute;s sofrerem queimaduras durante ataques a &ocirc;nibus em S&atilde;o Lu&iacute;s, continuam em estado grave.</p> <p> O &uacute;ltimo boletim m&eacute;dico liberado pelo Hospital Regional da Asa Norte, em Bras&iacute;lia, refer&ecirc;ncia no tratamento de queimados, diz que Juliane passou por um procedimento chamado desbridamento cir&uacute;rgico, que serve para retirar a pele morta que fica sobre os ferimentos para evitar infec&ccedil;&otilde;es. O quadro cl&iacute;nico &eacute; grave, por&eacute;m est&aacute;vel. Juliane dever&aacute; passar por nova cirurgia para retirada da pele queimada na pr&oacute;xima semana.</p> <p> Ela &eacute; a m&atilde;e de duas meninas que tamb&eacute;m estavam no &ocirc;nibus ao qual bandidos atearam fogo h&aacute; uma semana. A filha mais velha, Ana Clara, de 6 anos, n&atilde;o resistiu aos ferimentos e morreu. A mais nova, Lorane Beatriz, de 1 ano e meio, est&aacute; internada no Hospital Estadual Infantil Juv&ecirc;ncio Matos, em S&atilde;o Lu&iacute;s, e n&atilde;o corre risco de vida. Lorane, que teve les&otilde;es nos membros inferiores e em uma das m&atilde;os, ainda passa por curativos cir&uacute;rgicos e est&aacute; recebendo antibi&oacute;ticos. Segunda-feira (13), ela deve passar por mais um curativo cir&uacute;rgico e encerrar a medica&ccedil;&atilde;o. H&aacute; possibilidade de ela receber alta em seguida.</p> <p> M&aacute;rcio Ronny da Cruz est&aacute; internado no Hospital Geral de Goi&acirc;nia. O estado de sa&uacute;de de M&aacute;rcio &eacute; grave, por&eacute;m est&aacute;vel. Ele tamb&eacute;m passou por desbridamento cir&uacute;rgico nesta manh&atilde; e dever&aacute; ser novamente submetido ao procedimento dentro de tr&ecirc;s dias. Ronny dever&aacute; receber transplante de pele, mas ainda n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o para que isso ocorra. Apesar da gravidade do quadro de sa&uacute;de dele, que teve 72% do corpo queimado, os m&eacute;dicos est&atilde;o otimistas porque as queimaduras n&atilde;o atingiram os &oacute;rg&atilde;os internos, nem as vias respirat&oacute;rias.</p> <p> Abyancy Silva Santos, que teve 10% do corpo queimado, n&atilde;o corre risco de vida e pode receber alta a partir de ter&ccedil;a-feira (14). Ela ainda est&aacute; usando curativos cobertos nos ferimentos, que s&atilde;o os principais motivos de sua perman&ecirc;ncia no hosptial. A perspectiva &eacute; que, a partir de ter&ccedil;a-feira, ela n&atilde;o precise mais fazer esse tipo de curativo, o que permitiria a alta m&eacute;dica.</p> <p> Os ataques a &ocirc;nibus em S&atilde;o Lu&iacute;s foram comandados por presos de dentro do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas. Os encarcerados tamb&eacute;m divulgaram v&iacute;deos de colegas sendo decapitados, o que gerou uma crise que mobilizou o governo do estado e o Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a. Um pacote de medidas para tentar contornar a onda de viol&ecirc;ncia foi anunciado pelo ministro, Jos&eacute; Eduardo Cardozo, e a governadora, Roseana Sarney, ontem (9).</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco//Mat&eacute;ria alterada para corre&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&atilde;o. O Hospital Geral de Goi&acirc;nia n&atilde;o &eacute; refer&ecirc;ncia no tratamento de queimados.</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> Ataques a ônibus Complexo Penitenciário de Pedrinhas Maranhão Nacional tratamento de queimados Fri, 10 Jan 2014 22:02:21 +0000 nfranco 738061 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Governadora e ministro da Justiça buscam solução para onda de criminalidade no Maranhão https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-09/governadora-e-ministro-da-justica-buscam-solucao-para-onda-de-criminalidade-no-maranhao <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p>Mariana Jungmann<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist737991/prev/Foto%20Penitenciaria%20de%20Pedrinhas.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Bras&iacute;lia &ndash; O ministro da Justi&ccedil;a, Jos&eacute; Eduardo Cardozo, e a governadora do Maranh&atilde;o, Roseana Sarney, v&atilde;o se reunir no Pal&aacute;cio dos Le&otilde;es, em S&atilde;o Lu&iacute;s, capital do estado, para tratar de a&ccedil;&otilde;es para controle da criminalidade no estado, em especial da onda de viol&ecirc;ncia comandada por l&iacute;deres de fac&ccedil;&otilde;es criminosas de dentro do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas.</p> <p> Na semana passada, bandidos atearam fogo em &ocirc;nibus em S&atilde;o Lu&iacute;s, o que resultou na morte de uma crian&ccedil;a de 6 anos e deixou mais cinco feridos. A ordem para os ataques partiu de dentro do pres&iacute;dio de Pedrinhas.</p> <p> De acordo com o governo do Maranh&atilde;o, Roseana Sarney e Cardozo tamb&eacute;m v&atilde;o tratar do reaparelhamento do sistema prisional no estado. Ainda n&atilde;o se sabe se o ministro, que se reuniu ontem (8), no Pal&aacute;cio do Planalto com autoridades da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, vai apresentar alguma nova oferta de ajuda ao governo maranhense.</p> <p> At&eacute; o momento, ficou acertado entre o estado e o governo federal que 25 presos considerados de alta periculosidade e respons&aacute;veis pelos ataques ser&atilde;o transferidos para pres&iacute;dios federais e que a For&ccedil;a Nacional de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica vai permanecer em S&atilde;o Lu&iacute;s pelo menos at&eacute; o dia 23 de fevereiro. A tropa est&aacute; atuando diretamente nas instala&ccedil;&otilde;es do sistema prisional.</p> <p> A p&aacute;gina do governo maranhense na internet comunica que a imprensa ser&aacute; atendida depois do encontro para mais informa&ccedil;&otilde;es, mas a assessoria do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a em Bras&iacute;lia ainda n&atilde;o confirmou se haver&aacute; entrevista coletiva em S&atilde;o Lu&iacute;s.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/23/gallery_assist737988/prev/SDH_Pedrinhas_Sao%20Luiz_128.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: left;" />Em Bras&iacute;lia, o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), presidido pela ministra Maria do Ros&aacute;rio, est&aacute; reunido nesta tarde para tratar das den&uacute;ncias sobre a situa&ccedil;&atilde;o nos pres&iacute;dios maranhenses.</p> <p> No ano passado, 60 presos foram mortos dentro do Complexo de Pedrinhas e de outras unidades prisionais do Maranh&atilde;o, de acordo com o mais recente relat&oacute;rio do CNJ, elaborado em dezembro passado. O relat&oacute;rio apontou ainda outras viola&ccedil;&otilde;es dos direitos humanos ocorridas em Pedrinhas, como a superlota&ccedil;&atilde;o e a falta de seguran&ccedil;a para detentos e parentes de presos &ndash; existem inclusive den&uacute;ncias de estupros de mulheres e namoradas de presos.</p> Complexo Penitenciário de Pedrinhas criminalidade Maranhão Ministro da Justiça Nacional roseana sarney Thu, 09 Jan 2014 19:26:38 +0000 nfranco 737986 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Ministério Público acompanhará investigação sobre homicídios dentro e fora de presídios maranhenses desde 2009 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-09/ministerio-publico-acompanhara-investigacao-sobre-homicidios-dentro-e-fora-de-presidios-maranhenses-d <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p>Alex Rodrigues<br /> <em>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Promotores de Justi&ccedil;a de S&atilde;o Lu&iacute;s dever&atilde;o acompanhar as investiga&ccedil;&otilde;es para esclarecer os assassinatos de detentos do sistema carcer&aacute;rio maranhense registrados desde 2009. A recomenda&ccedil;&atilde;o foi transmitida hoje (9) pelo corregedor-geral do Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Maranh&atilde;o (MP-MA), Suvamy Vivekananda Meireles.</p> <p> No documento divulgado pelo MP, Meireles recomenda que os promotores apurem as responsabilidades criminais por homic&iacute;dios ocorridos fora de unidades prisionais, no mesmo per&iacute;odo, que possam estar associados &agrave; ordens dadas por l&iacute;deres de grupos criminosos encarcerados em estabelecimentos prisionais estaduais.</p> <p> S&oacute; nos &uacute;ltimos dias, uma menina de seis anos morreu e quatro pessoas, entre elas uma crian&ccedil;a de 1 ano e cinco meses, ficaram feridas ap&oacute;s homens armados terem ateado fogo em cinco &ocirc;nibus. Segundo as autoridades de governo do Maranh&atilde;o, as ordens para os ataques de sexta-feira (3)&nbsp; partiram do interior do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas, o maior do estado.</p> <p> Os promotores do Minist&eacute;rio P&uacute;blico estadual tamb&eacute;m dever&atilde;o monitorar a a&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Militar no interior de estabelecimentos prisionais, apurando, inclusive, se o deslocamento de policiais para essa atividade pode estar contribuindo para o aumento da criminalidade nas ruas. Meireles tamb&eacute;m recomendou aos promotores que acompanhem o desenvolvimento de programas que permitam aos presos trabalhar enquanto cumprem sua pena e a proporem medidas protetivas e assistenciais &agrave;s v&iacute;timas de crimes relacionados &agrave; atua&ccedil;&atilde;o das facc&otilde;es criminosas e aos seus parentes.</p> <p> No documento em que prop&otilde;e que o governo do estado firme um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a adequar, &ldquo;em tempo razo&aacute;vel&rdquo;, os estabelecimentos prisionais maranhenses &agrave;s exig&ecirc;ncias da Lei de Execu&ccedil;&atilde;o Penal, o corregedor-geral assinala que, embora tenha se agravado nos &uacute;ltimos meses, &ldquo;a grave crise por que passa o sistema prisional do estado teve sua origem h&aacute; mais tempo, como ineg&aacute;vel efeito da inefici&ecirc;ncia dos poderes e institui&ccedil;&otilde;es do Estado&rdquo;.</p> <p> &ldquo;A necessidade de enfrentamento do problema, de resto, &eacute; patente pelo menos desde julho de 2008, quando foi publicado o relat&oacute;rio final da Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito [CPI] da C&acirc;mara dos Deputados&rdquo;, afirma Meireles.</p> <p> Conforme a <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> noticiou ontem (8), j&aacute; em 2008, a CPI concluiu que o sistema carcer&aacute;rio maranhense, ent&atilde;o com um d&eacute;ficit de vagas de 3.542 lugares, tinha que resolver problemas como a superlota&ccedil;&atilde;o, instala&ccedil;&otilde;es inadequadas, falta de higiene, defici&ecirc;ncia na vigil&acirc;ncia e um n&uacute;mero de defensores p&uacute;blicos abaixo das reais necessidades.</p> <p> Meireles afirma que o Minist&eacute;rio P&uacute;blico tem recomendado provid&ecirc;ncias para os problemas, que n&atilde;o foram adotadas pelo governo estadual, que, inclusive, recusou-se a assinar, em setembro de 2012, um termo de compromisso com o Conselho Nacional de Justi&ccedil;a (CNJ). Segundo o corregedor-geral, em 2012, inspe&ccedil;&otilde;es nos estabelecimentos prisionais maranhenses detectaram &quot;graves defici&ecirc;ncias na assist&ecirc;ncia prestada ao preso, viola&ccedil;&atilde;o dos direitos dos detentos em todas as unidades&quot;.</p> <p> O acordo com o CNJ estabeleceria medidas que o governo estadual deveria adotar &ldquo;para superar o quadro de rebeli&otilde;es at&eacute; ent&atilde;o evidenciado e aprimorar o sistema carcer&aacute;rio estadual, adequando-o aos padr&otilde;es estabelecidos pelo Departamento Penitenci&aacute;rio Nacional (Depen) e pelo Conselho Nacional de Pol&iacute;tica Criminal e Penitenci&aacute;ria&rdquo;.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> </em></p> Complexo Penitenciário de Pedrinhas Maranhão Ministério Público Nacional promotores de Justiça São Luís sistema carcerário Thu, 09 Jan 2014 18:57:26 +0000 nfranco 737984 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Presos mais três suspeitos de participar de atos de violência no Maranhão https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-09/presos-mais-tres-suspeitos-de-participar-de-atos-de-violencia-no-maranhao <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p>Ivan Richard<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A Pol&iacute;cia Civil do Maranh&atilde;o prendeu hoje (9) mais tr&ecirc;s suspeitos de participar dos ataques a delegacias e a &ocirc;nibus ocorridos na &uacute;ltima sexta-feira (3), em S&atilde;o Lu&iacute;s, capital do estado. Um desses ataques resultou na morte da menina Ana Clara, de 6 anos, que teve queimaduras em 95% do corpo, e deixou mais cinco feridos. Com as pris&otilde;es desta quinta-feira, chega a 21 o n&uacute;mero de pessoas detidas por suspeita de participa&ccedil;&atilde;o em atos de viol&ecirc;ncia no estado. &nbsp;</p> <p> Depois de opera&ccedil;&atilde;o iniciada no domingo (5), agentes da Superintend&ecirc;ncia de Investiga&ccedil;&atilde;o Criminal prenderam Allan Kardec Dias Costa e Giheliton de Jesus Santos, o Gil, no munic&iacute;pio paraense de Santa Maria. O outro suspeito, conhecido apenas pelo apelido de Orelh&atilde;o, foi preso em S&atilde;o Lu&iacute;s.</p> <p> Segundo a Pol&iacute;cia Civil, eles integram a c&uacute;pula da fac&ccedil;&atilde;o criminosa Bonde dos 40, que atua dentro do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas e &eacute; apontada como respons&aacute;vel por ordenar os ataques na capital.</p> <p> Os ataques s&atilde;o considerados uma resposta dos criminosos &agrave;s mudan&ccedil;as impostas pela Pol&iacute;cia Militar e pela For&ccedil;a Nacional de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica no interior do pres&iacute;dio onde, segundo o Conselho Nacional de Justi&ccedil;a (CNJ), ao menos 60 presos foram assassinados no ano passado. Neste ano, dois detentos foram mortos.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </i><i><strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></i></p> atos de violência CNJ Complexo Penitenciário de Pedrinhas Força Nacional de Segurança Pública Maranhão Nacional Thu, 09 Jan 2014 16:06:41 +0000 nfranco 737971 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Pedrinhas: transferir presos é "tiro no pé", diz juiz responsável por monitoramento carcerário https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-08/pedrinhas-transferir-presos-e-tiro-no-pe-diz-juiz-responsavel-por-monitoramento-carcerario <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p> Alex Rodrigues<br /> <em>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - Indicado para assumir a coordena&ccedil;&atilde;o do Grupo de Monitoramento Carcer&aacute;rio do Tribunal de Justi&ccedil;a do Maranh&atilde;o, o juiz da Vara de Execu&ccedil;&otilde;es Penais Fernando Mendon&ccedil;a considera &quot;um tiro no p&eacute;&quot; a transfer&ecirc;ncia de l&iacute;deres e integrantes de fac&ccedil;&otilde;es criminosas que cumprem pena no sistema prisional maranhense para pres&iacute;dios federais em outros estados.</p> <p> A medida foi proposta pelo Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a ap&oacute;s detentos do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas, em S&atilde;o Lu&iacute;s, ordenarem ataques a &ocirc;nibus e delegacias da capital, e prisioneiros do complexo serem assassinados. O governo estadual <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-06/lideres-de-faccoes-criminosas-presos-no-maranhao-serao-transferidos-para-presidios-federais" target="_blank">aceitou a proposta</a> e est&aacute; selecionando quem ir&aacute; para outras localidades, mas, por raz&otilde;es de seguran&ccedil;a, n&atilde;o revela quando isso deve acontecer.</p> <p> &quot;Estamos dando um tiro no p&eacute;&quot;, disse o juiz &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>. Para o magistrado, o risco de transferir presos de um estado para outro &eacute; facilitar o conv&iacute;vio entre membros de diferentes grupos, permitindo a troca de experi&ecirc;ncias e a capacita&ccedil;&atilde;o criminosa. &quot;O sistema carcer&aacute;rio brasileiro &eacute; hoje respons&aacute;vel pela capacita&ccedil;&atilde;o, profissionaliza&ccedil;&atilde;o e doutorado do crime. Isso no pa&iacute;s inteiro&quot;, afirmou.</p> <p> De acordo com Mendon&ccedil;a, a proposta de transferir presos violentos ou perigosos surge cada vez que problemas como esse ocorrem. No Maranh&atilde;o, a medida foi proposta em 2002, quando v&aacute;rios presos do mesmo complexo penitenci&aacute;rio foram mortos durante uma rebeli&atilde;o. Segundo Mendon&ccedil;a, a ideia n&atilde;o se concretizou, devido &agrave; resist&ecirc;ncia de magistrados e de outras autoridades. Duas celas de seguran&ccedil;a m&aacute;xima foram, ent&atilde;o, criadas para abrigar os presos mais perigosos e violentos.</p> <p> &quot;Batemos o p&eacute; e dissemos que n&atilde;o mandar&iacute;amos os presos para fora. Com isso, conseguimos evitar, por quase cinco anos, que as fac&ccedil;&otilde;es criminosas se consolidassem no estado&quot;, disse o magistrado ao explicar que, a partir do final de 2007, presos maranhenses come&ccedil;aram a ser transferidos para outras unidades da Federa&ccedil;&atilde;o. &quot;Depois disso, eles voltaram especializados, recrutados pelas organiza&ccedil;&otilde;es criminosas, e come&ccedil;aram a criar c&eacute;lulas criminosas que terminaram por gerar as atuais fac&ccedil;&otilde;es que atuam no estado.&quot;</p> <p> Para o magistrado, uma op&ccedil;&atilde;o seria transferir as presas da Penitenci&aacute;ria Feminina em Pedrinhas para outro estabelecimento e usar o local para abrigar os presos, em vez de lev&aacute;-los para outros estados. Constru&iacute;da a partir de 2007, a unidade feminina tem 210 vagas. &quot;Boa parte das mulheres poderia cumprir pena em pris&atilde;o domiciliar. As demais s&atilde;o de baixa ou m&eacute;dia periculosidade&quot;, ressaltou Mendon&ccedil;a, que disse ter apresentado a ideia &agrave; Secretaria de Seguran&ccedil;a. &quot;Eles disseram que o Depen [Departamento Penitenci&aacute;rio Nacional, do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a] n&atilde;o permitiria, pois [os recursos federais usados na constru&ccedil;&atilde;o da penitenci&aacute;ria] foram autorizados para o pres&iacute;dio feminino. Isso &eacute; impens&aacute;vel em uma situa&ccedil;&atilde;o como a que estamos vivendo.&quot;</p> <p> Para ele, a situa&ccedil;&atilde;o do sistema carcer&aacute;rio maranhense &eacute; resultado de uma &quot;gest&atilde;o amadora&quot;. &quot;Historicamente, a gest&atilde;o penitenci&aacute;ria tem sido feita por pessoas que n&atilde;o t&ecirc;m a qualifica&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica adequada. At&eacute; este ano, n&atilde;o t&iacute;nhamos uma escola de gest&atilde;o penitenci&aacute;ria, o que prejudicava a forma&ccedil;&atilde;o de agentes penitenci&aacute;rios e de diretores de pres&iacute;dios&quot;. Os problemas, no entanto, n&atilde;o se limitam ao estado, apesar de o Maranh&atilde;o apresentar alguns dos piores indicadores sociais do pa&iacute;s. &quot;&Eacute; um problema do pa&iacute;s&quot;, resumiu, ao elogiar o atual secret&aacute;rio estadual de Justi&ccedil;a e Administra&ccedil;&atilde;o Penitenci&aacute;ria, Sebasti&atilde;o Uchoa.</p> <p> Segundo o magistrado, a &quot;contamina&ccedil;&atilde;o&quot; de funcion&aacute;rios do sistema explica como armamentos, drogas e celulares continuam sendo encontrados no interior do pres&iacute;dio, mesmo ap&oacute;s a chegada da For&ccedil;a Nacional e da Pol&iacute;cia Militar. &ldquo;Este ano estamos vendo coisas que est&atilde;o se repetindo o tempo inteiro desde 2002, quando houve uma primeira grande rebeli&atilde;o, com a morte de mais de uma dezena de pessoas e a decapita&ccedil;&atilde;o de tr&ecirc;s presos. Houve um intervalo, uma nova rebeli&atilde;o violenta em 2009, mais duas em 2011 e essas recentes.&quot;</p> <p> De acordo com Mendon&ccedil;a, mais de 12 mil mandados de pris&atilde;o aguardam cumprimento no estado. &Eacute; quase o dobro do total de presos maranhenses. Com 24 estabelecimentos prisionais, o estado tem cerca de 5,5 mil presos. O d&eacute;ficit prisional, de acordo com o juiz, chega a quase 2 mil vagas. S&oacute; Pedrinhas, que disp&otilde;e de 1,7 mil vagas, abriga cerca de 2,2 mil presos. Mendon&ccedil;a informou que em torno de mil presos cumprem pena em delegacias de pol&iacute;cia.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Talita Cavalcante</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em><span style="font-weight: normal">Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </span></em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> Complexo Penitenciário de Pedrinhas Maranhão Ministério da Justiça Nacional Wed, 08 Jan 2014 17:38:23 +0000 talita.cavalcante 737902 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Procurador analisa relatório para decidir sobre intervenção federal em presídios maranhenses https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-07/procurador-analisa-relatorio-para-decidir-sobre-intervencao-federal-em-presidios-maranhenses <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p> Alex Rodrigues<br /> <em>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; De volta do recesso de fim de ano, o procurador-geral da Rep&uacute;blica, Rodrigo Janot, recebeu hoje (7) relat&oacute;rio do governo do Maranh&atilde;o sobre a situa&ccedil;&atilde;o do sistema carcer&aacute;rio estadual. Segundo a assessoria do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal (MPF), n&atilde;o h&aacute; prazo definido para que Janot avalie a resposta do governo estadual ao pedido de informa&ccedil;&otilde;es feito por ele no dia 19 de dezembro, logo ap&oacute;s cinco presos serem assassinados no interior do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas, em S&atilde;o Lu&iacute;s, capital maranhense.</p> <p> As informa&ccedil;&otilde;es sobre investimentos e provid&ecirc;ncias adotadas pelo governo estadual para conter a onda de viol&ecirc;ncia e sanar os problemas dos estabelecimentos prisionais servir&atilde;o de base para Janot avaliar a possibilidade de interven&ccedil;&atilde;o federal no sistema carcer&aacute;rio maranhense. No relat&oacute;rio, entregue ao MPF na sexta-feira (3), o governo diz ter garantido R$ 131 milh&otilde;es para ampliar o n&uacute;mero de vagas no sistema carcer&aacute;rio, construindo ou reformando unidades prisionais.</p> <p> Segundo o Conselho Nacional de Justi&ccedil;a (CNJ), 60 presos foram mortos no interior de estabelecimentos prisionais maranhenses ao longo do ano passado. H&aacute; casos de viol&ecirc;ncia extrema, em que os detentos mortos foram decapitados. A situa&ccedil;&atilde;o levou o pr&oacute;prio governo estadual a decretar, em outubro, situa&ccedil;&atilde;o de emerg&ecirc;ncia no sistema prisional e a pedir a presen&ccedil;a da For&ccedil;a Nacional para garantir a seguran&ccedil;a no Complexo de Pedrinhas.</p> <p> De acordo com o governo do Maranh&atilde;o, as recentes mudan&ccedil;as na seguran&ccedil;a do complexo penitenci&aacute;rio motivaram l&iacute;deres de fac&ccedil;&otilde;es criminosas que disputam o controle do narcotr&aacute;fico a ordenar ataques a &ocirc;nibus e delegacias. Na noite de sexta-feira (3), quatro &ocirc;nibus foram incendiados e duas delegacias alvejadas por tiros.</p> <p> Cinco pessoas que viajavam em um dos &ocirc;nibus atacados sofreram graves queimaduras e foram internadas. Uma delas, a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, teve 95% do corpo queimados e morreu ontem (6). As demais v&iacute;timas, entre elas a m&atilde;e e a irm&atilde; de Ana Clara, respectivamente, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, e Lorane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-06/quatro-vitimas-de-onibus-incendiado-no-maranhao-continuam-internadas">continuam internadas</a>.</p> <p> Ontem (6), a governadora Roseana Sarney aceitou a oferta do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a, que garantiu vagas em pres&iacute;dios federais de outros estados para l&iacute;deres e integrantes de fac&ccedil;&otilde;es criminosas presos em Pedrinhas. A transfer&ecirc;ncia deve ocorrer em breve. &ldquo;A governadora aceitou de pronto a oferta do ministro da Justi&ccedil;a [Jos&eacute; Eduardo Cardozo]. Inicialmente, falou-se em 25 vagas, que foram as disponibilizadas. O governo [estadual] j&aacute; est&aacute; trabalhando na sele&ccedil;&atilde;o das lideran&ccedil;as que <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-06/lideres-de-faccoes-criminosas-presos-no-maranhao-serao-transferidos-para-presidios-federais">ser&atilde;o transferidas </a>para os pres&iacute;dios federais&quot;, disse o secret&aacute;rio estadual de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Alu&iacute;sio Mendes, em entrevista &agrave; <strong>R&aacute;dio Nacional da Amaz&ocirc;nia</strong>.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </i><i><strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></i></p> CNJ Complexo Penitenciário de Pedrinhas intervenção federal Justiça Maranhão Ministério Público Federal Tue, 07 Jan 2014 16:12:20 +0000 nfranco 737830 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Ministério Público estadual quer reforço da Força Nacional nas ruas de São Luís https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-07/ministerio-publico-estadual-quer-reforco-da-forca-nacional-nas-ruas-de-sao-luis <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p> Andreia Verd&eacute;lio<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Maranh&atilde;o (MP-MA) fez um pedido ao governo do estado para que solicite o apoio da For&ccedil;a Nacional de Seguran&ccedil;a nas ruas de S&atilde;o Lu&iacute;s (MA). O of&iacute;cio foi encaminhado ontem (6) ao secret&aacute;rio da Casa Civil do Maranh&atilde;o, Jo&atilde;o Abreu, pela procuradora-geral de Justi&ccedil;a em exerc&iacute;cio, Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro, para que haja policiamento ostensivo em toda a regi&atilde;o metropolitana da capital.</p> <p> No documento, o MP estadual destaca que a medida &eacute; necess&aacute;ria tendo em vista os recentes casos de viol&ecirc;ncia e vandalismo praticados por ordem de l&iacute;deres de fac&ccedil;&otilde;es e organiza&ccedil;&otilde;es criminosas, espalhando medo na popula&ccedil;&atilde;o. O Minist&eacute;rio P&uacute;blico pede ainda que seja instalado um gabinete de gest&atilde;o integrada para acompanhamento da seguran&ccedil;a p&uacute;blica no estado por todos os &oacute;rg&atilde;os da &aacute;rea.</p> <p> A For&ccedil;a Nacional est&aacute; atuando com 150 homens, na seguran&ccedil;a do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas desde outubro, quando a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-10/governo-do-maranhao-confirma-ao-menos-nove-mortos-e-20-feridos-em-rebeliao" target="_blank">crise no sistema prisional</a> se agravou, com uma rebeli&atilde;o que deixou nove mortos e 20 feridos.</p> <p> A situa&ccedil;&atilde;o do sistema carcer&aacute;rio no Maranh&atilde;o n&atilde;o &eacute; novidade. A <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> noticia, desde 2008, a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2010-04-03/juiz-penal-admite-omissao-da-justica-sobre-situacao-dos-presidios-no-maranhao" target="_blank">precariedade do sistema</a> e as <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2008-11-22/forca-nacional-ajuda-reestruturar-sistema-penitenciario-de-sao-luis" target="_blank">a&ccedil;&otilde;es dos governos estadual e federal</a> na tentativa de solucionar o problema.</p> <p> A Pol&iacute;cia Militar deteve ontem seis suspeitos de participar do inc&ecirc;ndio de um &ocirc;nibus na Vila Sarney Filho, em S&atilde;o Lu&iacute;s, na noite de sexta-feira (3), entre eles tr&ecirc;s adolescentes. Dez suspeitos j&aacute; haviam sido identificados.</p> <p> O of&iacute;cio do Minist&eacute;rio P&uacute;blico aponta ainda a necessidade de transferir, com urg&ecirc;ncia, para pres&iacute;dios federais, os detentos que ordenaram os ataques. O governo do estado confirma que <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-06/lideres-de-faccoes-criminosas-presos-no-maranhao-serao-transferidos-para-presidios-federais" target="_blank">aceitou a ajuda do governo federal</a>, mas que ainda n&atilde;o foi feita nenhuma transfer&ecirc;ncia de presos.</p> <p> Ontem, o Batalh&atilde;o de Choque da Pol&iacute;cia Militar fez uma vistoria na penitenci&aacute;ria de Pedrinhas e apreendeu 16 armas brancas, 22 muni&ccedil;&otilde;es de rev&oacute;lver calibre 38 e tr&ecirc;s celulares, al&eacute;m de baterias, carregadores e <em>chips </em>de aparelhos celulares.</p> <p> O MP-MA requer, ainda, que o estado providencie amparo legal e indeniza&ccedil;&otilde;es &agrave;s fam&iacute;lias das v&iacute;timas que estavam no &ocirc;nibus incendiado em S&atilde;o Lu&iacute;s. O governo diz que uma equipe da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assist&ecirc;ncia Social e Cidadania, formada por assistentes sociais, psic&oacute;logos e advogados, j&aacute; est&aacute; acompanhando as v&iacute;timas.</p> <p> A assessoria do governo informa que disponibilizou aux&iacute;lio-funeral para a fam&iacute;lia da menina Ana Clara Santos, de 6 anos, que estava no &ocirc;nibus incendiado e morreu v&iacute;tima das queimaduras. Os demais feridos <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-06/quatro-vitimas-de-onibus-incendiado-no-maranhao-continuam-internadas" target="_blank">continuam internados</a> nos hospitais Juv&ecirc;ncio Matos e Tarqu&iacute;nio Lopes, em S&atilde;o Lu&iacute;s, um deles ainda em estado grave.</p> <p> Assim como a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-06/roseana-sarney-se-solidariza-com-vitimas-de-violencia-no-maranhao" target="_blank">governadora Roseana Sarney</a>, o prefeito de S&atilde;o Lu&iacute;s, Edivaldo Holanda J&uacute;nior, divulgou nota de pesar pela morte de Ana Clara, na qual condena a onda de viol&ecirc;ncia na cidade e se coloca &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o do estado e da Uni&atilde;o. &ldquo;Manifesto meu profundo pesar pela morte da crian&ccedil;a Ana Clara, v&iacute;tima de brutal, hedionda e repulsiva viol&ecirc;ncia. Nada ameniza a dor dilacerante da fam&iacute;lia, a quem me uno em solidariedade e ora&ccedil;&otilde;es.&rdquo;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Denise Griesinger<br /> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em><br /> &nbsp;</p> Complexo Penitenciário de Pedrinhas Força Nacional de Segurança Justiça Ministério Público do Maranhão São Luís Tue, 07 Jan 2014 16:02:39 +0000 deniseg 737827 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Governadora tem até segunda para explicar violência nos presídios do Maranhão https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-04/governadora-tem-ate-segunda-para-explicar-violencia-nos-presidios-do-maranhao <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p> Thais Araujo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Bras&iacute;lia - A governadora do Maranh&atilde;o, Roseana Sarney, tem at&eacute; segunda-feira (6) para prestar informa&ccedil;&otilde;es ao procurador-geral da Rep&uacute;blica, Rodrigo Janot, sobre as provid&ecirc;ncias tomadas para evitar novas mortes no Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas, em S&atilde;o Lu&iacute;s.</p> <p>Este ano, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-02/presidio-do-maranhao-registra-segunda-morte-de-detento-em-um-dia">dois detentos </a>morreram no interior do pres&iacute;dio. Um deles foi encontrado morto em uma cela de triagem com sinais estrangulamento e o outro foi v&iacute;tima de golpes de uma arma artesanal com ponta de ferro aguda, semelhante a uma lan&ccedil;a&nbsp;(chu&ccedil;o), durante briga de integrantes de uma fac&ccedil;&atilde;o criminosa.</p> <p>No ano passado, 60 pessoas morreram no interior do pres&iacute;dio, segundo relat&oacute;rio do Conselho Nacional de Justi&ccedil;a (CNJ). O documento foi produzido com base em inspe&ccedil;&otilde;es no sistema prisional do Maranh&atilde;o, em parceria com o Conselho Nacional do Minist&eacute;rio P&uacute;blico (CNMP), presidido por Janot. O<a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-19/procurador-da-republica-pede-informacoes-sobre-situacao-em-presidios-maranhenses"> pedido </a>de informa&ccedil;&otilde;es foi encaminhado pelo procurador-geral no dia 19 de dezembro, ap&oacute;s a morte de cinco presos &ndash; tr&ecirc;s deles decapitados - em uma briga entre fac&ccedil;&otilde;es no Centro de Deten&ccedil;&atilde;o Provis&oacute;ria de Pedrinhas.</p> <p>As respostas da governadora poder&atilde;o subsidiar um eventual pedido de interven&ccedil;&atilde;o federal no estado devido &agrave; situa&ccedil;&atilde;o dos pres&iacute;dios. O poss&iacute;vel pedido tamb&eacute;m levar&aacute; em conta o relat&oacute;rio do CNJ, que destaca a necessidade de se intensificar a cobran&ccedil;a, para que as autoridades maranhenses cumpram as recomenda&ccedil;&otilde;es feitas pelo pr&oacute;prio Conselho, pelo CNMP e pela Comiss&atilde;o Interamericana de Direitos Humanos da Organiza&ccedil;&atilde;o dos Estados Americanos (OEA).</p> <p>Em dezembro, tamb&eacute;m em raz&atilde;o das mortes provocadas por brigas entre fac&ccedil;&otilde;es rivais em Pedrinhas, a OEA pediu ao governo brasileiro a redu&ccedil;&atilde;o imediata da<a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-19/comissao-da-oea-pede-fim-da-superlotacao-nos-presidios-do-maranhao"> superlota&ccedil;&atilde;o </a>das penitenci&aacute;rias maranhenses e a investiga&ccedil;&atilde;o dos homic&iacute;dios ocorridos.</p> <p>Na noite de ontem (3), foram registrados quatro atos de vandalismo envolvendo inc&ecirc;ndio a &ocirc;nibus em S&atilde;o Lu&iacute;s. Na avalia&ccedil;&atilde;o das autoridades, os ataques foram em rea&ccedil;&atilde;o &agrave;s medidas adotadas para combater a criminalidade nas unidades prisionais da capital, que receberam&nbsp;<a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-30/seguranca-em-penitenciarias-do-maranhao-tera-reforco-da-pm-por-tempo-indeterminado"> refor&ccedil;o </a>da Pol&iacute;cia Militar no fim de dezembro. O governo maranhense informou que identificou os<a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-04/governo-do-ma-identificou-mandantes-de-vandalismo"> mandantes </a>e os executores dos atos.</p> <p>Em nota divulgada em seu site, o governo reafirma que &quot;n&atilde;o compactua com atos de viol&ecirc;ncia e que continua agindo em conjunto com todos os setores e &oacute;rg&atilde;os que atuam na defesa dos direitos humanos e daqueles que promovem a garantia da justi&ccedil;a e seguran&ccedil;a&quot;, e informa que a Pol&iacute;cia Militar est&aacute; adotando provid&ecirc;ncias complementares nas unidades prisionais de S&atilde;o Lu&iacute;s, entre elas &quot;a amplia&ccedil;&atilde;o da vigil&acirc;ncia com videomonitoramento, a intensifica&ccedil;&atilde;o das revistas nas celas e o aumento da fiscaliza&ccedil;&atilde;o interna com o Batalh&atilde;o de Choque e da fiscaliza&ccedil;&atilde;o externa com rondas&quot;.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura<br /> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> CNJ CNMP Complexo Penitenciário de Pedrinhas Justiça oea Rodrigo Janot roseana sarney Sat, 04 Jan 2014 17:38:26 +0000 alberto.coura 737696 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/