habitação de são paulo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/167184/all pt-br Moradores da Favela do Moinho se reúnem no dia 11 com secretário de Habitação de São Paulo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-07-05/moradores-da-favela-do-moinho-se-reunem-no-dia-11-com-secretario-de-habitacao-de-sao-paulo <p>Elaine Patricia Cruz<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Ap&oacute;s uma manifesta&ccedil;&atilde;o em frente &agrave; Prefeitura Municipal de S&atilde;o Paulo, no Viaduto do Ch&aacute;, no centro da capital, os moradores da Favela do Moinho conseguiram se reunir na noite de hoje (5) com o secret&aacute;rio municipal de Habita&ccedil;&atilde;o, Jos&eacute; Floriano de Azevedo Marques Neto, e agendaram uma nova reuni&atilde;o com ele para a pr&oacute;xima quinta-feira (11), na Favela do Moinho. O hor&aacute;rio da reuni&atilde;o ainda n&atilde;o foi revelado.</p> <p> A Favela do Moinho, que est&aacute; localizada embaixo do Viaduto Orlando Murgel e ao lado de uma linha f&eacute;rrea, foi atingida por dois grandes inc&ecirc;ndios nos anos 2011 e 2012. Segundo os moradores, cerca de 400 fam&iacute;lias ainda vivem no local. No ano passado, durante a campanha eleitoral, o atual prefeito Fernando Haddad visitou o local e prometeu aos moradores que iria &ldquo;trabalhar muito para regularizar a situa&ccedil;&atilde;o do terreno&rdquo;.</p> <p> &ldquo;Eles n&atilde;o deram hor&aacute;rio definitivo [para a reuni&atilde;o], mas a gente j&aacute; teve um bom avan&ccedil;o que foi conversar e eles v&atilde;o colocar &aacute;gua para a gente e melhorar [o local], fazendo uma canaliza&ccedil;&atilde;o dos esgotos&rdquo;, disse Alessandra Moja Cunha, uma das l&iacute;deres comunit&aacute;rias que participaram da reuni&atilde;o. Procuradas pela <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, tanto a prefeitura municipal quanto a secretaria de Habita&ccedil;&atilde;o confirmaram que o secret&aacute;rio se reuniu com um grupo de dez moradores da comunidade e prop&ocirc;s uma nova reuni&atilde;o para a pr&oacute;xima quinta-feira. Os manifestantes disseram que, caso o acordo n&atilde;o seja cumprido, haver&aacute; um novo protesto na pr&oacute;xima sexta-feira. &ldquo;Queremos moradias, mas melhorando [as condi&ccedil;&otilde;es] l&aacute;, j&aacute; d&aacute; para parecer uma moradia melhor&rdquo;, disse ela.</p> <p> A reuni&atilde;o, no entanto, n&atilde;o satisfez o coordenador-geral da comunidade, Humberto Jos&eacute; Marques Rocha. &ldquo;N&atilde;o [ficamos satisfeitos com a reuni&atilde;o de hoje]. Queremos a presen&ccedil;a dele [secret&aacute;rio] e do Haddad [o prefeito Fernando Haddad] l&aacute;&rdquo;, disse.</p> <p> Na tarde de hoje, os manifestantes sa&iacute;ram do Viaduto Engenheiro Orlando Murgel, na regi&atilde;o da Barra Funda, e seguiram em caminhada pela Avenida Rio Branco, passando pelo Largo do Paissandu e Viaduto do Ch&aacute;, com destino &agrave; prefeitura municipal. A caminhada teve in&iacute;cio por volta das 16h de hoje e o grupo chegou &agrave; prefeitura por volta das 17h30, quando receberam a not&iacute;cia de que um grupo dos manifestantes iria se reunir com o secret&aacute;rio.</p> <p> A reuni&atilde;o com o secret&aacute;rio durou cerca de uma hora. Enquanto subiam para a reuni&atilde;o na sede da prefeitura, o restante dos moradores ficou do lado de fora cantando, gritando e projetando no pr&eacute;dio da prefeitura v&iacute;deos dos moradores e da campanha eleitoral em que Haddad prometia que iria regularizar a situa&ccedil;&atilde;o dos moradores.</p> <p> Os moradores apresentaram ao secret&aacute;rio uma lista de reivindica&ccedil;&otilde;es, em que pediram regulariza&ccedil;&atilde;o fundi&aacute;ria do terreno; urbaniza&ccedil;&atilde;o da comunidade; &aacute;gua, luz, esgoto e coleta de lixo no local e equipamentos de combate a inc&ecirc;ndio, entre outros.<br /> &nbsp;<br /> &ldquo;A gente n&atilde;o quer Bolsa Aluguel. Queremos moradias para a gente, de prefer&ecirc;ncia por aqui mesmo&rdquo;, disse Sandra Regina, m&atilde;e de Alessandra, que vive h&aacute; 17 anos no local. &ldquo;Queremos morar no centro. Dezoito anos &eacute; uma hist&oacute;ria. Temos uma hist&oacute;ria no centro. Queremos o terreno para morar. Aqui no centro temos escola, creche, mercado, hospital e tudo perto. Temos tudo ao redor&rdquo;.</p> <p> Maria Cristina dos Santos, que mora no local h&aacute; nove anos com seus quatro filhos, se emociona ao falar que tem medo de ser expulsa. &ldquo;Temos medo de eles colocarem a gente para fora sem direito a nada&rdquo;, falou &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>. Maria Cristina diz que recusou a Bolsa Aluguel porque, segundo ela, n&atilde;o d&aacute; para viver no centro de S&atilde;o Paulo com o valor que &eacute; pago, de cerca de R$ 450, que foi oferecida pela prefeitura a alguns moradores para que deixassem de viver l&aacute;.</p> <p> Por meio de nota, a Secretaria de Habita&ccedil;&atilde;o informou que o processo de desocupa&ccedil;&atilde;o da Favela do Moinho teve in&iacute;cio em 2012, logo ap&oacute;s o inc&ecirc;ndio que atingiu o local. Na &eacute;poca, 810 fam&iacute;lias foram cadastradas. Desse total, 50% recebem o aux&iacute;lio-moradia e aguardam as unidades definitivas. Segundo a secretaria, n&atilde;o h&aacute; ainda nada definido sobre o destino do local, cuja &aacute;rea pertence &agrave; Uni&atilde;o e &eacute; &ldquo;100% cercada por trilhos, operados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong></p> Favela do Moinho habitação de são paulo moradores da favela do moinho Nacional são paulo secretaria de habitação Sat, 06 Jul 2013 00:21:22 +0000 fabio.massalli 725017 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/