suporte técnico https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/164659/all pt-br Serviços importados são taxados em até 51% no Brasil https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-06-17/servicos-importados-sao-taxados-em-ate-51-no-brasil <p>Wellton M&aacute;ximo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Respons&aacute;veis por quase um quarto dos gastos da ind&uacute;stria brasileira, os servi&ccedil;os importados sentem o peso da carga tribut&aacute;ria. Segundo levantamento da Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional da Ind&uacute;stria (CNI), a cada vez em que contrata consultores estrangeiros ou requisita suporte t&eacute;cnico para m&aacute;quinas e equipamentos, a ind&uacute;stria paga de 41,08% a 51,26% em tributos.</p> <p> Para a entidade, esse n&iacute;vel de impostos e contribui&ccedil;&otilde;es prejudica a competitividade da ind&uacute;stria nacional, &agrave; medida que aumenta custos, encarece o produto final e, muitas vezes, impede o acesso a novas tecnologias. &ldquo;Toda e qualquer empresa em ramo tecnol&oacute;gico mais sofisticado precisa importar servi&ccedil;os. Se o Brasil quer ind&uacute;stria mais avan&ccedil;ada, precisa reduzir os impostos sobre os servi&ccedil;os&rdquo;, diz o diretor de Pol&iacute;ticas e Estrat&eacute;gia da CNI, Jos&eacute; Augusto Fernandes.</p> <p> De acordo com o diretor da CNI, a carga tribut&aacute;ria sobre a compra de servi&ccedil;os no exterior afeta principalmente dois tipos de empresas. O primeiro s&atilde;o as ind&uacute;strias que desenvolvem produtos associados &agrave; presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os, como m&aacute;quinas e avi&otilde;es. A tributa&ccedil;&atilde;o aumenta as despesas com a manuten&ccedil;&atilde;o desses bens, que costuma ser terceirizada no exterior.</p> <p> &ldquo;Quando o Brasil exporta um equipamento, tamb&eacute;m vende servi&ccedil;os como garantia e treinamento. O fabricante nacional paga pelo servi&ccedil;o toda vez que aciona um t&eacute;cnico estrangeiro para trabalhar para ele l&aacute; fora&rdquo;, explica Fernandes. Segundo ele, 1% do pre&ccedil;o de um avi&atilde;o brasileiro corresponde a servi&ccedil;os embutidos.</p> <p> O segundo tipo de empresa afetado, diz o diretor da CNI, s&atilde;o as ind&uacute;strias com cadeia de produ&ccedil;&atilde;o globalizada, com etapas de produ&ccedil;&atilde;o executadas em v&aacute;rios pa&iacute;ses. Nesse caso, inova&ccedil;&otilde;es desenvolvidas em sistemas abertos, com contribui&ccedil;&otilde;es de diversas partes do mundo, s&atilde;o prejudicadas por causa da taxa&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Atualmente, seis tributos s&atilde;o cobrados na compra de servi&ccedil;os no exterior: Imposto de Renda retido na Fonte (IRRF); Contribui&ccedil;&atilde;o de Interven&ccedil;&atilde;o no Dom&iacute;nio Econ&ocirc;mico (Cide), cobrada sobre remessas ao exterior; Programa de Integra&ccedil;&atilde;o Social (PIS); Contribui&ccedil;&atilde;o para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); Imposto sobre Opera&ccedil;&atilde;o Financeira (IOF), cobrado nas opera&ccedil;&otilde;es de c&acirc;mbio, e Imposto sobre Servi&ccedil;os de Qualquer Natureza (ISSQN).</p> <p> De acordo com o diretor da CNI, a entidade prop&ocirc;s uma reformula&ccedil;&atilde;o na tributa&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os. Uma das medidas &eacute; a elimina&ccedil;&atilde;o do Imposto sobre Opera&ccedil;&otilde;es Financeiras (IOF) cobrado nas convers&otilde;es de moedas ao pagar servi&ccedil;os no exterior. Os industriais tamb&eacute;m querem que a Cide, o PIS e a Cofins incidam apenas sobre o valor efetivamente remetido ao exterior. Hoje, segundo a confedera&ccedil;&atilde;o, as contribui&ccedil;&otilde;es s&atilde;o calculadas sobre o valor total do servi&ccedil;o, que tem outros impostos embutidos.</p> <p> A importa&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os que envolvem transfer&ecirc;ncia de tecnologia representa outro gargalo. Pela legisla&ccedil;&atilde;o, esses servi&ccedil;os pagam impostos mais altos porque envolvem <em>royalties</em> (direitos de uso) adquiridos no exterior. No entanto, diz Fernandes, a Receita Federal n&atilde;o tem feito essa distin&ccedil;&atilde;o e tem tributado todas as compras de servi&ccedil;os como se houvesse transfer&ecirc;ncia tecnol&oacute;gica. &ldquo;As compras sem <em>royalties</em> requerem outro tratamento tribut&aacute;rio. Acordos internacionais est&atilde;o sendo desrespeitados&rdquo;, reclama.</p> <p> O presidente da CNI, Robson Andrade, entregou as propostas da CNI ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, em reuni&atilde;o na semana passada. Segundo o minist&eacute;rio, a equipe econ&ocirc;mica est&aacute; analisando as reivindica&ccedil;&otilde;es, mas n&atilde;o tem previs&atilde;o de dar uma resposta sobre o assunto.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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