retalhos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/162823/all pt-br Costureiras de cidade carente do DF promovem desfile para vender criações https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-05-25/costureiras-de-cidade-carente-do-df-promovem-desfile-para-vender-criacoes <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist721533/prev/ABR250513_DSC8444.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Wellton M&aacute;ximo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Por um dia, elas se sentiram rainhas. Sob <em>flashes </em>e c&acirc;meras, as modelos desfilaram as &uacute;ltimas tend&ecirc;ncias da moda solid&aacute;ria no galp&atilde;o de teto de amianto transformado em passarela. Op&ccedil;&otilde;es n&atilde;o faltaram. Vestidos de festa, pe&ccedil;as de tric&ocirc;, bordados e roupas de praia, a criatividade das estilistas da comunidade n&atilde;o encontrou limites.</p> <p> Dez grupos de costureiras da Estrutural, uma das cidades mais carentes do Distrito Federal, uniram for&ccedil;as e promoveram um desfile de moda no espa&ccedil;o cultural da cidade. Promovido pelo Centro de Economia Solid&aacute;ria Recicla Arte e Costura &ndash; Mulheres Empreendedoras da Estrutural, o evento pretende incentivar a economia solid&aacute;ria e fomentar o surgimento de um mercado local para as roupas produzidas na localidade.</p> <p> Esse foi o terceiro desfile promovido pelas associa&ccedil;&otilde;es de costureiras. No ano passado, as entidades fizeram eventos semelhantes, inclusive um desfile de vestidos de noiva feitos de material reciclado. Mas, pela primeira vez, as apresenta&ccedil;&otilde;es deixaram de ser conceituais e envolveram a comercializa&ccedil;&atilde;o das roupas. Todas as pe&ccedil;as foram postas &agrave; venda logo depois de estrearem na passarela.</p> <p> &ldquo;N&atilde;o adianta montar um neg&oacute;cio sem garantia de retorno. Antes, &eacute; preciso buscar p&uacute;blico para vender a produ&ccedil;&atilde;o&rdquo;, diz a costureira Maria de Jesus Oliveira, 45 anos, h&aacute; cinco anos numa associa&ccedil;&atilde;o que produz bordados. Segundo ela, os grupos de costureiras pretendem formalizar o neg&oacute;cio e montarem uma cooperativa, assim que tiverem mercado consolidado.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist721533/prev/ABR250513_DSC8614_1.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: left;" />A l&oacute;gica da economia solid&aacute;ria n&atilde;o se restringiu &agrave; produ&ccedil;&atilde;o das roupas. As roupas e os outros produtos de cada grupo participante podiam ser comprados com a moeda local, a conquista. Desenvolvida pelo Banco Comunit&aacute;rio da Estrutural, a moeda permite a aquisi&ccedil;&atilde;o de mercadorias com desconto nos estabelecimentos cadastrados.</p> <p> &ldquo;A ideia &eacute; desenvolver o com&eacute;rcio local e fazer com que a popula&ccedil;&atilde;o gaste menos fora da cidade. O consumidor chega ao banco comunit&aacute;rio e troca reais por conquistas&rdquo;, explica &Eacute;rica Afi Hamenoo, agente de desenvolvimento do Banco Comunit&aacute;rio da Estrutural. Fundada h&aacute; um ano com recursos de doa&ccedil;&otilde;es de pessoas f&iacute;sicas e entidades sociais, a institui&ccedil;&atilde;o j&aacute; fez cerca de 50 empr&eacute;stimos a pequenos empres&aacute;rios da cidade com juros de 1% do valor total da opera&ccedil;&atilde;o. &ldquo;A taxa &eacute; simb&oacute;lica e s&oacute; serve para a manuten&ccedil;&atilde;o das atividades do banco&rdquo;, completa &Eacute;rica.</p> <p> A produ&ccedil;&atilde;o de roupas mudou a vida das costureiras. H&aacute; cinco anos num grupo que produz trabalhos em <em>patchwork </em>(retalhos), Roza Francisca da Silva, 40 anos, passou a ter fonte pr&oacute;pria de renda e conseguiu a independ&ecirc;ncia financeira. &ldquo;Antes, era apenas dona de casa e dependia do marido para tudo. Agora, posso dar o que minhas filhas precisam&rdquo;, conta a costureira, que tem cinco m&aacute;quinas em casa e consegue ganhar, em m&eacute;dia, R$ 500 por m&ecirc;s apenas com a produ&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Ex-dom&eacute;stica e limpadora de jardins p&uacute;blicos, Maria de Jesus diz que a principal conquista para as costureiras nem &eacute; o lucro financeiro. &ldquo;O maior ganho &eacute; na sustentabilidade. Muitas m&atilde;es n&atilde;o t&ecirc;m condi&ccedil;&otilde;es de deixar os filhos e trabalhar fora. Agora, elas podem conseguir o sustento na pr&oacute;pria comunidade&rdquo;, comenta a costureira, que ganha de R$ 300 a R$ 400 por m&ecirc;s com os bordados.</p> <p>Edi&ccedil;&atilde;o: Jos&eacute; Romildo</p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></p> banco comunitário costureiras desfile Economia economia solidária espaço cultural Estrutural moda mulheres empreendedoras retalhos Sat, 25 May 2013 18:09:36 +0000 jose.romildo 721541 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/