estratégia dos alunos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/161852/all pt-br Escola pública do interior da Paraíba se destaca na Olimpíada Brasileira de Matemática https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-05-15/escola-publica-do-interior-da-paraiba-se-destaca-na-olimpiada-brasileira-de-matematica <p>Yara Aquino<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Ensinar matem&aacute;tica com atividades do cotidiano, como fazer compras na feira e medir ingredientes para uma receita, &eacute; a chave do sucesso da professora de matem&aacute;tica Jonilda Alves Ferreira para despertar o interesse dos alunos pela disciplina. Com esse m&eacute;todo, a professora tornou a Escola Municipal C&acirc;ndido de Assis Queiroga, da cidade de Paulista (PB), com cerca de 12 mil habitantes, um destaque nas &uacute;ltimas edi&ccedil;&otilde;es da <a href="http://www.obmep.org.br/premiados.htm" target="_blank">Olimp&iacute;ada Brasileira de Matem&aacute;tica das Escolas P&uacute;blicas</a>.</p> <p>Na edi&ccedil;&atilde;o de 2012, a escola teve cinco medalhas de ouro, duas de prata, tr&ecirc;s de bronze e 12 men&ccedil;&otilde;es honrosas. &ldquo;Coloco os alunos para vivenciar a matem&aacute;tica&rdquo;, resume Jonilda. A professora contou que sofria quando chegava &agrave; sala de aula e via os estudantes repudiando a disciplina. Foi quando decidiu que era preciso mostrar aos alunos que aprender a matem&aacute;tica pode ser prazeroso. &ldquo;Fazer com que os alunos gostassem da disciplina era o meu maior desafio&rdquo;, revelou.</p> <p> Jonilda resolveu que iniciaria os conte&uacute;dos de matem&aacute;tica pela parte pr&aacute;tica. Assim, quando chegasse &agrave; teoria, j&aacute; teria despertado o interesse dos alunos. A feira, a pizzaria e a cozinha foram locais escolhidos pela professora da Para&iacute;ba para ensinar.</p> <p> Na cozinha da escola, os alunos medem ingredientes para preparar receitas e aprendem conceitos de propor&ccedil;&atilde;o. Na ida &agrave; pizzaria, recebem a li&ccedil;&atilde;o sobre fra&ccedil;&atilde;o ao dividir os peda&ccedil;os da pizza que depois v&atilde;o comer. Uma feira livre tamb&eacute;m &eacute; cen&aacute;rio das aulas. A professora conta que chegou a levar 35 alunos &agrave; feira para fazer compras com um valor em dinheiro pr&eacute;-determinado. Na aula de geometria, os estudantes tiram medidas da escola para calcular &aacute;rea e per&iacute;metro.</p> <p> A olimp&iacute;ada foi mais um est&iacute;mulo para despertar o interesse pela disciplina. Desde a primeira edi&ccedil;&atilde;o, em 2005, a escola de Paulista se inscreve, mas a primeira medalha s&oacute; veio em 2009, de bronze. Foi ai que estudantes e professores viram que seria poss&iacute;vel conquistar mais e chegar ao ouro. O primeiro ouro veio em 2010.</p> <p> O filho da professora, Wanderson Ferreira, que hoje tem 12 anos, j&aacute; tem duas medalhas de ouro. Ele ganhou uma bolsa para estudos, mas quer conquistar mais uma medalha antes de aceitar o incentivo. J&aacute; inscrito na edi&ccedil;&atilde;o de 2013, o estudante pretende estudar em m&eacute;dia seis horas di&aacute;rias.</p> <p>&ldquo;O que vale mais &eacute; o aprendizado. Quero fazer arquitetura e engenharia, e saber matem&aacute;tica vai me ajudar muito&rdquo;. O fato de ter uma m&atilde;e professora que incentiva tantos alunos a aprender matem&aacute;tica &eacute; fundamental, segundo ele. &ldquo;&Eacute; muito bom n&atilde;o ter a escola s&oacute; de manh&atilde;, ter a escola durante o dia inteiro&rdquo;, diz.</p> <p> Uma das medalhistas de ouro de 2012, Daniele Mendes da Silva, de 13 anos, conta que o estudo &eacute; intensificado com a proximidade da olimp&iacute;ada, quando a professora d&aacute; aulas tamb&eacute;m na pr&oacute;pria casa. &ldquo;T&iacute;nhamos aula normal de manh&atilde; na escola, &agrave; tarde estud&aacute;vamos entre amigas e &agrave; noite t&iacute;nhamos aul&atilde;o com a professora Jonilda na escola. Tivemos outras prepara&ccedil;&otilde;es na casa da professora tamb&eacute;m. Com esse m&eacute;todo dela, fica tudo mais interessante&rdquo;, diz, ao relatar a prepara&ccedil;&atilde;o para a edi&ccedil;&atilde;o de 2012.</p> <p>Para a estudante do 8&deg; ano do ensino fundamental, o aprendizado ir&aacute; fazer diferen&ccedil;a no futuro. &ldquo;Al&eacute;m de adquirir conhecimento para a vida, isso influencia muito para adquirir emprego e para toda a carreira profissional da gente&rdquo;, diz Daniele.</p> <p> A Olimp&iacute;ada Brasileira de Matem&aacute;tica das Escolas P&uacute;blicas busca estimular o estudo da matem&aacute;tica e revelar talentos na &aacute;rea. Em 2012, cerca de 19 milh&otilde;es de alunos se inscreveram e 99,4% dos munic&iacute;pios brasileiros estiveram representados. Al&eacute;m das medalhas de ouro, prata e bronze, tamb&eacute;m h&aacute; distribui&ccedil;&atilde;o de bolsas de inicia&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica para os alunos.</p> <p>Este ano, as provas da primeira fase da competi&ccedil;&atilde;o ser&atilde;o aplicadas no dia 4 de junho, em hor&aacute;rio a ser definido pela pr&oacute;pria escola. Os alunos com melhor desempenho ser&atilde;o classificados para a segunda etapa, que ocorrer&aacute; no dia 14 de setembro. A divulga&ccedil;&atilde;o dos vencedores da olimp&iacute;ada ser&aacute; feita no dia 29 de novembro. A expectativa &eacute; que 20 milh&otilde;es alunos participem da competi&ccedil;&atilde;o este ano.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> Educação Escola Municipal Cândido de Assis Queiroga estratégia dos alunos Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas Paraíba paulista Wed, 15 May 2013 18:51:12 +0000 davi.oliveira 720778 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/