russo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/154144/all pt-br Brasil terá primeira estação do sistema de localização global russo fora do país https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-02-19/brasil-tera-primeira-estacao-do-sistema-de-localizacao-global-russo-fora-do-pais <p> Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - A partir de hoje (19), o Brasil passa a sediar a primeira esta&ccedil;&atilde;o de um sistema russo de localiza&ccedil;&atilde;o global - semelhante ao modelo americano Global Positioning System (GPS) - fora do pa&iacute;s. A unidade, instalada no <em>campus</em> da Universidade de Bras&iacute;lia (UnB), vai permitir que novos ajustes sejam feitos ao sistema Global Navigation Satellite System (Glonass) para que as informa&ccedil;&otilde;es sobre localiza&ccedil;&atilde;o de pontos em qualquer parte do mundo sejam ainda mais precisas.</p> <p> Atualmente, o Glonass tem uma margem de erro considerada grande. A imagem captada por qualquer um dos 24 sat&eacute;lites do modelo russo que aponta a localiza&ccedil;&atilde;o de algum objeto em qualquer local da Terra pode estar, na realidade,&nbsp;deslocada 7 metros para a frente, para tr&aacute;s ou para qualquer dos lados. Os pesquisadores brasileiros acreditam que com as novas calibragens do sat&eacute;lite, ou seja, com o acr&eacute;scimo de novos pontos de refer&ecirc;ncia, essa margem caia para 1 metro at&eacute; 2020.</p> <p> &quot;Para melhorar a precis&atilde;o s&atilde;o necess&aacute;rios novos pontos de calibra&ccedil;&atilde;o, ou seja, locais de ajuste da posi&ccedil;&atilde;o. Com esses pontos, posso melhorar consideravelmente a precis&atilde;o. E essa expans&atilde;o [do sistema] na UnB permite esse tipo de ajuste&quot;, explicou &Iacute;caro dos Santos, PhD em engenharia el&eacute;trica e um dos pesquisadores respons&aacute;veis pelo sistema no Brasil.</p> <p> Segundo o professor da UnB, representantes da Ag&ecirc;ncia Espacial Federal Russa (Roscosmos) buscavam um local pr&oacute;ximo &agrave; linha do Equador para a instala&ccedil;&atilde;o da nova esta&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m da compatibilidade geogr&aacute;fica da universidade &agrave;s expectativas da Roscosmos, as pesquisas em rob&oacute;tica desenvolvidas por pesquisadores da UnB aumentaram as possibilidades da parceria.</p> <p> &quot;Eles entregaram os equipamentos, em uma doa&ccedil;&atilde;o tempor&aacute;ria, e v&atilde;o pagar todos os custos de manuten&ccedil;&atilde;o e de adapta&ccedil;&atilde;o&quot;, disse &Iacute;caro dos Santos. O pr&eacute;dio da Faculdade de Processamento de Dados, que funcionar&aacute; como base da esta&ccedil;&atilde;o, por exemplo, precisou ser adaptado e todo o investimento foi feito pela Roscosmos. &quot;N&atilde;o tivemos custos. Obviamente, oferecemos nossa <em>expertise</em> que pode auxiliar na instala&ccedil;&atilde;o e calibragem do equipamento e nas pesquisas&quot;, acrescentou.</p> <p> Al&eacute;m do uso cotidiano dos dados que podem ser acessados por aparelhos celulares ou receptores de sinais de posicionamento global, as informa&ccedil;&otilde;es geradas pelo sistema ser&atilde;o usadas para estudos t&eacute;cnicos conduzidos pela equipe formada pelos professores &Iacute;caro dos Santos e Giovani Ara&uacute;jo Borges, e por tr&ecirc;s alunos do curso de engenharia el&eacute;trica. A expectativa &eacute; que com dados mais precisos, seja poss&iacute;vel aperfei&ccedil;oar pesquisas que j&aacute; est&atilde;o em andamento, como a que busca o aperfei&ccedil;oamento de ve&iacute;culos a&eacute;reos n&atilde;o tripulados (Vant) e o de posicionamento mar&iacute;timo de embarca&ccedil;&otilde;es em cais. &quot;Hoje, com o sistema atual, n&atilde;o conseguimos guiar os barcos at&eacute; o cais&quot;, explicou &Iacute;caro, destacando&nbsp;a margem de erro atual.</p> <p> O desenvolvimento do sistema russo n&atilde;o vai impedir que outras tecnologias sejam utilizadas. De acordo com o engenheiro, a proposta &eacute; usar a melhor informa&ccedil;&otilde;es detectada em cada situa&ccedil;&atilde;o, alternando os dados do Glonass e do GPS. &nbsp;&quot;Se voc&ecirc; est&aacute; na Rua Augusta, em S&atilde;o Paulo, onde h&aacute; muitos pr&eacute;dios, por exemplo, o sat&eacute;lite do GPS pode estar em uma localiza&ccedil;&atilde;o ruim, enquanto o do Glonass pode oferecer uma localiza&ccedil;&atilde;o mais precisa nesse caso. Vamos ter dois conjuntos de sat&eacute;lite&quot;, explicou.</p> <p> Al&eacute;m da inaugura&ccedil;&atilde;o da esta&ccedil;&atilde;o, marcada para as 11h da manh&atilde; de hoje, representantes dos governos brasileiro e russo v&atilde;o assinar conv&ecirc;nio, no pr&oacute;ximo dia 20, para a cria&ccedil;&atilde;o de uma esta&ccedil;&atilde;o &oacute;ptica que vai complementar o trabalho dos pesquisadores. &quot;&Eacute; como se tiv&eacute;ssemos um <em>laser </em>que vai apontar para o c&eacute;u e fazer o rastreamento do sat&eacute;lite. Isso permitir&aacute; conhecer a posi&ccedil;&atilde;o do sat&eacute;lite, a velocidade dele e, a partir da&iacute;, saber se est&aacute; em bom posicionamento ou se requer ajuste&quot;, acrescentou &Iacute;caro dos Santos.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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