edifícios comerciais https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/152383/all pt-br Especialista diz que normas de segurança variam de acordo com o tipo de edificação https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-29/especialista-diz-que-normas-de-seguranca-variam-de-acordo-com-tipo-de-edificacao <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; A seguran&ccedil;a de pr&eacute;dios comerciais e de boates depende das caracter&iacute;sticas que essas edifica&ccedil;&otilde;es apresentam. Nos pr&eacute;dios comerciais, por exemplo, que funcionam em geral de dia, h&aacute; um tipo de risco, diferente do que apresentam as boates, cujo funcionamento &eacute; noturno na maioria dos casos.</p> <p> &ldquo;Isso muda muita coisa&rdquo;, disse o professor Airton Bodstein de Barros, coordenador do mestrado em defesa e seguran&ccedil;a civil da Universidade Federal Fluminense (UFF), em entrevista &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>. Ele lembrou que os clubes apresentam grandes &aacute;reas abertas, enquanto os pr&eacute;dios residenciais t&ecirc;m &aacute;reas confinadas; as igrejas costumam ter p&eacute; direito [medida do ch&atilde;o ao teto] alto. Todos esses elementos t&ecirc;m influ&ecirc;ncia em uma situa&ccedil;&atilde;o de risco de inc&ecirc;ndio, disse Barros.</p> <p> Com base no contato muito pr&oacute;ximo que mant&eacute;m com o Corpo de Bombeiros e a prefeitura do Rio, que s&atilde;o os &oacute;rg&atilde;os encarregados da fiscaliza&ccedil;&atilde;o desses estabelecimentos, o professor avaliou que o Rio de Janeiro n&atilde;o est&aacute; mal posicionado no que diz respeito &agrave; seguran&ccedil;a. &ldquo;Cada vez que ocorre um desastre, se tomam provid&ecirc;ncias. Infelizmente, tem que morrer muita gente para se tomar provid&ecirc;ncias&rdquo;.</p> <p> Um caso foi o desmoronamento do edif&iacute;cio Liberdade, no in&iacute;cio do ano passado, que causou o desabamento de outros dois pr&eacute;dios vizinhos. Barros lembrou tamb&eacute;m da explos&atilde;o do restaurante Fil&eacute; Carioca, na Pra&ccedil;a Tiradentes, em outubro de 2011. &ldquo;S&atilde;o exemplos recentes que mexem com a opini&atilde;o p&uacute;blica, mexem com a m&iacute;dia e, a&iacute;, as autoridades t&ecirc;m um pouco mais de aten&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p> Ele considerou que os exerc&iacute;cios de evacua&ccedil;&atilde;o de edif&iacute;cios comerciais, como o feito pela Defesa Civil do estado no final do ano passado, simulando situa&ccedil;&atilde;o de inc&ecirc;ndio, deveriam ser repetidos com mais frequ&ecirc;ncia. &ldquo;&Eacute; uma coisa muito boa, muito importante, que n&atilde;o se fazia h&aacute; muito tempo no Rio. Mas n&atilde;o deve ser feita esporadicamente, tem que continuar fazendo&rdquo;.</p> <p> Ele admitiu que &agrave;s vezes se torna tecnicamente invi&aacute;vel aplicar algumas normas de seguran&ccedil;a em edif&iacute;cios antigos, constru&iacute;dos h&aacute; mais de 30 anos. &ldquo;&Eacute; um risco que se assume&rdquo;. Barros aconselhou, por&eacute;m, que o condom&iacute;nio do pr&eacute;dio, os moradores e os pr&oacute;prios funcion&aacute;rios busquem com t&eacute;cnicos e especialistas solu&ccedil;&otilde;es para melhorar a seguran&ccedil;a, mesmo nessas constru&ccedil;&otilde;es.</p> <p> Segundo o professor, os edif&iacute;cios comerciais, por serem mais abertos, apresentam menos risco de inc&ecirc;ndio. Nesses casos, o mais perigoso &eacute; a fuma&ccedil;a, disse. Como esses edif&iacute;cios t&ecirc;m muitas janelas, o fato de deix&aacute;-las abertas aumenta a ventila&ccedil;&atilde;o e permite que as pessoas tenham um tempo maior para abandonar o local. De qualquer forma, ele ressaltou que se deve investir em preven&ccedil;&atilde;o, para minimizar os efeitos de um inc&ecirc;ndio que, em um pr&eacute;dio, &ldquo;representa sempre um risco de desastre alt&iacute;ssimo&rdquo;.</p> <p> Barros disse que nos Estados Unidos &eacute; muito comum a constru&ccedil;&atilde;o de escadas externas nos pr&eacute;dios, mas no Brasil h&aacute; o medo de que ladr&otilde;es possam entrar nas resid&ecirc;ncias por essas escadas. &ldquo;&Eacute; o problema de voc&ecirc;, de um lado, buscar seguran&ccedil;a e, de outro, conviver com a cultura do roubo, da falta de sensibilidade para certas coisas. Isso dificulta muito estabelecer no Brasil crit&eacute;rios de seguran&ccedil;a internacionais&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Tereza Barbosa</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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