mortes de natureza ignorada https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/149786/all pt-br IBGE: mortes violentas crescem 1,3% em 2011 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-12-17/ibge-mortes-violentas-crescem-13-em-2011 <p> Nielmar de Oliveira<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil </i></p> <p> <br /> Rio de Janeiro - As mortes por causas violentas no Brasil (homic&iacute;dios, acidentes de tr&acirc;nsito e quedas acidentais) somaram 111.546 em 2011, crescimento de 1,3% em rela&ccedil;&atilde;o ao ano anterior. Nas regi&otilde;es Nordeste e Centro-Oeste, as mortes aumentaram 5,5% e 6,9%, respectivamente. As mortes por causas externas &quot;s&atilde;o no Brasil o terceiro principal grupo de causa de &oacute;bitos na popula&ccedil;&atilde;o em geral e a primeira entre os jovens de 15 a 24 anos&quot;, segundo as<i> </i>Estat&iacute;sticas do Registro Civil 2011, divulgadas hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE).</p> <p> &ldquo;Cabe destacar que esse &eacute; um fen&ocirc;meno que abrange todos os estados. Ressalte-se tamb&eacute;m que os percentuais de mortes violentas entre as mulheres jovens, apesar de menores que os observados entre homens, s&atilde;o bastante expressivos&rdquo;, diz o estudo . O IBGE ressalta as propor&ccedil;&otilde;es de mortes violentas ocorridas em via p&uacute;blica (37%) e no domic&iacute;lio (13,7%).</p> <p> Houve eleva&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m de 38,1% entre as mortes de natureza ignorada em compara&ccedil;&atilde;o a 2010. &quot;Apesar do percentual ser de 1,4% do total de &oacute;bitos, o crescimento em rela&ccedil;&atilde;o a 2010 foi expressivo, o que &eacute; um alerta para cart&oacute;rios, familiares e estabelecimentos de sa&uacute;de e demais entidades envolvidas na produ&ccedil;&atilde;o das informa&ccedil;&otilde;es sobre mortes&quot;, diz o instituto.</p> <p> A pesquisa indica que 68,1% das mortes (natural, violenta e ignorada) ocorreram em hospitais e 20,6%, em resid&ecirc;ncias. Quando &eacute; feita a an&aacute;lise pela causa da morte, 35,3% daquelas consideradas violentas ocorreram em hospitais. Al&eacute;m disso, 38,5% das mortes com natureza ignorada ocorreram em unidades hospitalares.</p> <p> Na avalia&ccedil;&atilde;o do IBGE, a redu&ccedil;&atilde;o do sub-registro de mortes no Brasil &eacute; &ldquo;o principal desafio&rdquo; para qualificar as estat&iacute;sticas do pa&iacute;s. &ldquo;Ao contr&aacute;rio dos nascimentos, em que h&aacute; possibilidade de recupera&ccedil;&atilde;o do evento ao longo do tempo, os &oacute;bitos t&ecirc;m poucos registros extempor&acirc;neos.&rdquo;</p> <p> A pesquisa constatou ainda que o problema do sub-registro, seja de crian&ccedil;as ou adultos, &eacute; mais comum nas regi&otilde;es Norte e Nordeste. Comparando os valores do total de mortes registradas em cart&oacute;rio durante o ano de 2011 com as estimativas do IBGE, pode-se observar que, apesar dos registros, os n&iacute;veis de sub-registro ainda s&atilde;o altos em algumas regi&otilde;es.</p> <p> Segundo os t&eacute;cnicos do instituto, o percentual de sub-registro de mortes no pa&iacute;s era 16,3% em 2001, declinando para 11,8%, em 2006, e 6,2%, em 2011. No Norte e Nordeste, chegaram a 20,6% para ambas as regi&otilde;es, em 2011. Roraima (40,1%) e Maranh&atilde;o (44,3%) foram os estados com as taxas mais elevadas no ano passado em cada regi&atilde;o, respectivamente.</p> <p> Em contrapartida, no Sudeste e Sul, a cobertura &eacute; considerada plena; e no Centro-Oeste, a subnotifica&ccedil;&atilde;o &eacute; baixa (3,9%). A maior parte do sub-registro ocorre entre as mortes de menores de 1 ano de idade. &quot;A subnotifica&ccedil;&atilde;o dos &oacute;bitos resulta da desigualdade de acesso a determinados bens e servi&ccedil;os, especialmente os relacionados com a sa&uacute;de, fatores culturais e socioecon&ocirc;micos<br /> e com as grandes dist&acirc;ncias entre as comunidades locais e os cart&oacute;rios, normalmente presentes em &aacute;reas de maior densidade populacional.&quot;</p> <p> Os t&eacute;cnicos do instituto consideram o sub-registro &ldquo;um fator limitador para o uso dos dados da pesquisa Estat&iacute;sticas do Registro Civil no c&aacute;lculo direto de importantes indicadores demogr&aacute;ficos relacionados com a mortalidade, tal como a mortalidade infantil&rdquo;.</p> <p> &ldquo;Em decorr&ecirc;ncia da baixa cobertura desses registros em um n&uacute;mero significativo de unidades da Federa&ccedil;&atilde;o, ainda &eacute; necess&aacute;rio o emprego de t&eacute;cnicas alternativas de modelagens demogr&aacute;ficas para a constru&ccedil;&atilde;o dos diversos indicadores relacionados com esta componente demogr&aacute;fica&rdquo;, esclarecem.</p> <p> <i>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel </i></p> Estatísticas do Registro Civil 2011 IBGE mortes de natureza ignorada mortes violentas Nacional pesquisa sub-registro Mon, 17 Dec 2012 12:09:09 +0000 lilian.beraldo 710223 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/