despesas hospitalares https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/148374/all pt-br Pesquisador defende reformas para evitar colapso da Previdência em 2030 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-27/pesquisador-defende-reformas-para-evitar-colapso-da-previdencia-em-2030 <p> Fernanda Cruz<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Ainda que impopulares, as medidas para evitar que a Previd&ecirc;ncia Social enfrente um grande desequil&iacute;brio entre gasto e receita em 2030 s&atilde;o necess&aacute;rias e precisam ser planejadas desde agora, segundo alertou hoje (27) o pesquisador Kaiz&ocirc; Iwakami Beltr&atilde;o, professor da Funda&ccedil;&atilde;o Getulio Vargas (FGV).</p> <p> Entre as mudan&ccedil;as que defendeu, est&atilde;o o fim da aposentadoria por tempo de contribui&ccedil;&atilde;o e a imposi&ccedil;&atilde;o de idade m&iacute;nima para acesso ao beneficio. &ldquo;Acho que todas [as medidas] s&atilde;o impopulares, mas se n&atilde;o houver uma redu&ccedil;&atilde;o dos benef&iacute;cios agora, o sistema est&aacute; fadado a entrar em colapso&rdquo;, declarou.</p> <p> O pesquisador foi respons&aacute;vel por estudo apresentado hoje, na capital paulista, durante o semin&aacute;rio internacional Proje&ccedil;&otilde;es do Custo do Envelhecimento no Brasil, indicando que os gastos previdenci&aacute;rios e assistenciais do pa&iacute;s <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-27/gastos-com-previdencia-social-atingirao-46-do-pib-em-2030-diz-estudo" target="_blank">dever&atilde;o chegar a 46,1% do Produto Interno Bruto (PIB)</a> em 2030. Em 2010, essas despesas representavam 18,1% do PIB.</p> <p> Uma das a&ccedil;&otilde;es que precisam ser tomadas, na opini&atilde;o do Beltr&atilde;o, &eacute; a extin&ccedil;&atilde;o da aposentadoria por tempo de contribui&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Isso existe em pouqu&iacute;ssimos pa&iacute;ses do mundo. Nos pa&iacute;ses desenvolvidos, nenhum tem, n&atilde;o tem na Fran&ccedil;a, Inglaterra, nos Estados Unidos. Onde tem isso? S&oacute; no Iraque, no Ir&atilde;, lugares que possivelmente nem devem estar pagando nada&rdquo;, disse.</p> <p> Al&eacute;m disso, segundo ele, a aposentadoria por tempo de contribui&ccedil;&atilde;o privilegia, majoritariamente, a classe m&eacute;dia alta. &ldquo;A maior parte da popula&ccedil;&atilde;o de renda baixa n&atilde;o se aposenta por tempo de contribui&ccedil;&atilde;o porque n&atilde;o consegue ter uma hist&oacute;ria laborativa que seja cont&iacute;nua e longa o suficiente para isso&rdquo;, informou.</p> <p> Beltr&atilde;o defendeu tamb&eacute;m mudan&ccedil;as previdenci&aacute;rias de m&eacute;dio e longo prazo, como estabelecer, daqui a cinco anos, a idade m&iacute;nima de 40 anos de idade para a aposentadoria. Posteriormente, essa idade seria aumentada de meio em meio ano, at&eacute; que chegasse aos 60 anos. &ldquo;Assim, as pessoas conseguem se planejar. Se mudasse de repente, pessoas prestes a se aposentar reclamariam mais&rdquo;, disse.</p> <p> Durante o semin&aacute;rio, promovido pelo Instituto de Estudos de Sa&uacute;de Suplementar (Iess), outras duas pesquisas apontaram os impactos para a sa&uacute;de complementar e para o Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) do aumento da popula&ccedil;&atilde;o brasileira somado &agrave; eleva&ccedil;&atilde;o da quantidade de idosos, que devem passar de 11% da popula&ccedil;&atilde;o em 2010 para 19% em 2030.</p> <p> Segundo as proje&ccedil;&otilde;es, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-27/estudo-indica-crescimento-de-149-nos-gastos-do-sus-ate-2030" target="_blank">o aumento de gastos do SUS ser&aacute; de 149% at&eacute; 2030</a>. Os gastos do setor de sa&uacute;de suplementar tamb&eacute;m poder&atilde;o ultrapassar R$ 80 bilh&otilde;es em 2030, um crescimento de mais de 35% em rela&ccedil;&atilde;o a 2010.</p> <p> De acordo com Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do Iess, o aumento de gastos do SUS em 149% at&eacute; 2030 exige a cria&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&otilde;es de promo&ccedil;&atilde;o de sa&uacute;de e preven&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Com base nessas proje&ccedil;&otilde;es, &eacute; importante que se tome decis&otilde;es o mais cedo poss&iacute;vel&rdquo;, declarou. Al&eacute;m disso, ele acredita que o governo federal poderia ampliar e melhorar o acesso &agrave; sa&uacute;de p&uacute;blica.</p> <p> Ant&ocirc;nio Carlos Campino, professor da Faculdade de Economia, Administra&ccedil;&atilde;o e Contabilidade da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), acredita que a melhora na efici&ecirc;ncia do gasto pelo SUS &eacute; uma das medidas a serem tomadas de imediato. Al&eacute;m disso, seria preciso trazer mais recursos para a sa&uacute;de.</p> <p> &ldquo;Sou favor&aacute;vel a que possamos pensar num imposto adicional para o caso de sa&uacute;de. Mas a sociedade brasileira tem dado sinais bem claros de que n&atilde;o aguenta mais impostos. Penso que isso deveria ir no &acirc;mbito de uma reformula&ccedil;&atilde;o de todo o sistema tribut&aacute;rio. N&atilde;o seria para fazer mais um puxadinho agora&rdquo;, disse.</p> <p> O Instituto de Estudos de Sa&uacute;de Suplementar &eacute; uma entidade sem fins lucrativos que tem o objetivo de promover e realizar estudos sobre sa&uacute;de suplementar. O instituto &eacute; um bra&ccedil;o acad&ecirc;mico das principais operadoras de sa&uacute;de do pa&iacute;s. Suas mantenedoras s&atilde;o Golden Cross, Amil, Bradesco Sa&uacute;de, SulAm&eacute;rica, Interm&eacute;dica e Odontoprev.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> despesas hospitalares fgv Fundação Getúlio Vargas gastos ambulatoriais Iess Instituto de Estudos de Saúde Suplementar Nacional Nacional Previdência Social Saúde saúde suplementar sus USP Tue, 27 Nov 2012 20:16:42 +0000 davi.oliveira 708781 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Estudo indica crescimento de 149% nos gastos do SUS até 2030 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-27/estudo-indica-crescimento-de-149-nos-gastos-do-sus-ate-2030 <p> Bruno Bocchini<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Os gastos do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) com assist&ecirc;ncia ambulatorial &ndash; como consultas e exames diagn&oacute;sticos &ndash; e interna&ccedil;&atilde;o hospitalar podem atingir, em 2030, R$ 63,5 bilh&otilde;es, uma eleva&ccedil;&atilde;o de quase 149% em rela&ccedil;&atilde;o aos R$ 25,5 bilh&otilde;es gastos em 2010. A estimativa foi divulgada hoje (27) pelo Instituto de Estudos de Sa&uacute;de Suplementar (Iess).</p> <p> De acordo com o instituto, a proje&ccedil;&atilde;o &eacute; baseada no aumento e envelhecimento da popula&ccedil;&atilde;o brasileira, com o consequente crescimento na utiliza&ccedil;&atilde;o do sistema de sa&uacute;de e nos gastos de atendimento. Segundo o Iess, em 2010, o Brasil contava com 190,8 milh&otilde;es de habitantes, dos quais 11% de idosos (a partir de 60 anos de idade). Para 2030, a estimativa &eacute; que o total de idosos atinja 40,5 milh&otilde;es, ou 19% da popula&ccedil;&atilde;o, prevista para 216,4 milh&otilde;es.</p> <p> As despesas com interna&ccedil;&atilde;o de idosos, por exemplo, podem atingir R$ 14,3 bilh&otilde;es em 2030, valor 4,7 vezes superior ao registrado em 2010. &ldquo;Apenas com o impacto do aumento e envelhecimento da popula&ccedil;&atilde;o, os gastos com servi&ccedil;os ambulatoriais e hospitalares seriam de R$ 35,8 bilh&otilde;es em 2030. Considerando, ainda, o crescimento das taxas de utiliza&ccedil;&atilde;o do SUS e dos gastos m&eacute;dios por atendimento, projeta-se o cen&aacute;rio mais realista, no qual as despesas atingir&atilde;o R$ 63,5 bilh&otilde;es&rdquo;, conforme trecho do relat&oacute;rio.</p> <p> O Iess questiona ainda se o pa&iacute;s ter&aacute; or&ccedil;amento suficiente para arcar com as despesas da sa&uacute;de. Com um crescimento de 2% ao ano, o or&ccedil;amento do SUS, segundo o instituto, ser&aacute; de R$ 37,9 bilh&otilde;es em 2030. &ldquo;Em um cen&aacute;rio otimista, de crescimento do PIB de 4% ao ano, o or&ccedil;amento do SUS ficaria em R$ 56 bilh&otilde;es&rdquo;, inferior aos R$ 63,5 bilh&otilde;es estimados para as despesas hospitalares e ambulatoriais.</p> <p> A assist&ecirc;ncia ambulatorial compreende procedimentos realizados por profissionais de sa&uacute;de no &acirc;mbito do ambulat&oacute;rio, sem necessidade de interna&ccedil;&atilde;o hospitalar, como consultas, exames diagn&oacute;sticos, terapias e procedimentos cl&iacute;nicos e cir&uacute;rgicos.</p> <p> O Instituto de Estudos de Sa&uacute;de Suplementar &eacute; uma entidade sem fins lucrativos que tem o objetivo de promover e realizar estudos sobre sa&uacute;de suplementar. O instituto &eacute; um bra&ccedil;o acad&ecirc;mico das principais operadoras de sa&uacute;de do pa&iacute;s. Suas mantenedoras s&atilde;o Golden Cross, Amil, Bradesco Sa&uacute;de, SulAm&eacute;rica, Interm&eacute;dica e Odontoprev.</p> <p> A pesquisa que projetou os gastos do SUS foi coordenada pelo Iess, com apoio t&eacute;cnico do professor da Faculdade de Economia e Administra&ccedil;&atilde;o (FEA) da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), Antonio Carlos Coelho Campino.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> despesas hospitalares gastos ambulatoriais Iess Instituto de Estudos de Saúde Suplementar Nacional Saúde saúde suplementar sus Tue, 27 Nov 2012 18:21:59 +0000 davi.oliveira 708765 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/