recursos minerais https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/145755/all pt-br Novo navio oceanográfico apoiará pesquisas minerais do Brasil em 2013 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-23/novo-navio-oceanografico-apoiara-pesquisas-minerais-do-brasil-em-2013 <p> Vladimir Platonow<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; O Brasil contar&aacute;, a partir do pr&oacute;ximo ano, com um dos mais modernos navios de pesquisas oceanogr&aacute;ficas do mundo. Com a embarca&ccedil;&atilde;o, avaliada em R$ 162 milh&otilde;es, ser&aacute; poss&iacute;vel aumentar o volume de informa&ccedil;&otilde;es sobre recursos minerais e biol&oacute;gicos na chamada Amaz&ocirc;nia Azul, como &eacute; conhecida a zona econ&ocirc;mica exclusiva do mar brasileiro, com 3,6 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros quadrados. Com isso, o pa&iacute;s contar&aacute; com tr&ecirc;s navios oceanogr&aacute;ficos de grande porte.</p> <p> O valor do navio, que est&aacute; sendo constru&iacute;do em Cingapura, foi dividido entre o Minist&eacute;rio da Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o (MCTI), a Petrobras, a Marinha e a Vale. O acordo de coopera&ccedil;&atilde;o foi assinado nessa segunda-feira (22) e contou com a presen&ccedil;a do ministro Marco Antonio Raupp.</p> <p> &ldquo;&Eacute; uma plataforma cient&iacute;fica e tecnol&oacute;gica importante para fazer levantamento, explorar, ter conhecimento sobre o mar e a geologia do fundo do mar. Explora&ccedil;&atilde;o mineral, de petr&oacute;leo, tudo sob o desafio da sustentabilidade, sem destruir os recursos naturais. Para termos sucesso como pot&ecirc;ncia ambiental, s&oacute; poderemos fazer isso com conhecimento&rdquo;, disse Raupp.</p> <p> Ele considerou que o interesse das empresas em investir no navio se justifica pelas poss&iacute;veis novas descobertas de metais preciosos a serem explorados no leito do oceano, o que poder&aacute; ser a nova fronteira econ&ocirc;mica do pa&iacute;s neste s&eacute;culo. &ldquo;As empresas tamb&eacute;m reconhecem que sem ci&ecirc;ncia e tecnologia n&atilde;o t&ecirc;m futuro e, por isso, est&atilde;o investindo. V&aacute;rias empresas est&atilde;o buscando min&eacute;rios no fundo do mar e o mesmo querem fazer aqui. Temos que ter meios de reconhecer [as potencialidades] para ter capacidade regulat&oacute;ria de como utilizar esses recursos.&rdquo;</p> <p> A coordenadora-geral para Mar e Ant&aacute;rtica do Minist&eacute;rio da Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o, Janice Trotte, ressaltou a parceria in&eacute;dita para a constru&ccedil;&atilde;o do navio, envolvendo recursos p&uacute;blicos e privados. &ldquo;O modelo de parceria &eacute; totalmente inovador, em que voc&ecirc; junta os interesses do governo e da iniciativa privada. &Eacute; um navio de &uacute;ltima gera&ccedil;&atilde;o, est&aacute; entre os cinco melhores do mundo, confere condi&ccedil;&otilde;es de trabalho &agrave; nossa comunidade oceanogr&aacute;fica ainda n&atilde;o experimentadas, em termos de conforto e na capacidade de gerar conhecimento.&rdquo;</p> <p> Janice disse que atualmente pesquisadores brasileiros precisam atuar em navios estrangeiros no Atl&acirc;ntico Sul, pela aus&ecirc;ncia de uma plataforma de pesquisa adequada, o que dever&aacute; mudar com a entrada em opera&ccedil;&atilde;o da nova embarca&ccedil;&atilde;o. Segundo ela, ainda ser&atilde;o necess&aacute;rios novos navios para atender &agrave; demanda na regi&atilde;o.</p> <p> Atualmente, o pa&iacute;s conta com o Cruzeiro do Sul, vinculado &agrave; Marinha, e o Alpha Crucis, da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), como plataformas de grande alcance. A nova embarca&ccedil;&atilde;o vai permitir que o pa&iacute;s fa&ccedil;a explora&ccedil;&otilde;es mais aprofundadas do leito oce&acirc;nico, em busca de metais e materiais preciosos.</p> <p> &ldquo;Nos mant&iacute;nhamos em um patamar atr&aacute;s por n&atilde;o dispor de plataforma de infraestrutura embarcada para chegar a esse tipo de explora&ccedil;&atilde;o. J&aacute; temos conhecimento de rochas cobalt&iacute;feras e fosforitas e diversos outros recursos minerais muito valorizados no mercado internacional. Temos esta fronteira a desbravar, jamais desenvolvida em nosso pa&iacute;s&rdquo;, disse a coordenadora.</p> <p> O navio foi solicitado pela Marinha a 22 estaleiros nacionais e estrangeiros. A embarca&ccedil;&atilde;o tem 78 metros de comprimento, autonomia de 60 dias no mar, acomoda 146 pessoas, sendo 40 a 60 pesquisadores, tr&ecirc;s laborat&oacute;rios, rob&ocirc; com capacidade de coletar amostras no fundo marinho, podendo operar a at&eacute; 5 mil metros de profundidade.</p> <p> O custo do navio ser&aacute; dividido entre os quatro parceiros: MCTI, R$ 27 milh&otilde;es, Marinha, R$ 27 milh&otilde;es, Vale, R$ 38 milh&otilde;es, e Petrobras, R$ 70 milh&otilde;es.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> Amazônia Azul biológicos brasil embarcação mar Marinha Meio Ambiente Ministério da Ciência navio oceanográfico Pesquisa e Inovação pesquisas minerais pesquisas oceanográficas petrobras recursos minerais Tecnologia e Inovação vale zona econômica exclusiva Tue, 23 Oct 2012 07:53:59 +0000 gracaadjuto 706076 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/