produtos orgânico https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/143510/all pt-br Processo de certificação de produtos orgânicos do Rio de Janeiro desperta interesse de outros países https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-09-25/processo-de-certificacao-de-produtos-organicos-do-rio-de-janeiro-desperta-interesse-de-outros-paises <p> Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - O processo de certifica&ccedil;&atilde;o praticado pelos agricultores org&acirc;nicos do estado do Rio de Janeiro come&ccedil;ou a chamar a aten&ccedil;&atilde;o de outros pa&iacute;ses, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong>o diretor do Instituto de Agronomia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Antonio Carlos Abboud. Ele falou hoje (25) sobre o setor, durante o Semin&aacute;rio Di&aacute;logos para Pr&aacute;tica do Desenvolvimento Sustent&aacute;vel, que o Programa de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Pr&aacute;ticas em Desenvolvimento Sustent&aacute;vel da UFRRJ promover&aacute; semanalmente no Clube de Engenharia at&eacute; o final do ano.</p> <p> Formada por pequenos produtores rurais, a produ&ccedil;&atilde;o fluminense de alimentos org&acirc;nicos est&aacute; voltada principalmente para as hortali&ccedil;as e &eacute; encontrada na regi&atilde;o serrana do estado. Os produtores se associam em v&aacute;rios n&uacute;cleos e t&ecirc;m um processo de certifica&ccedil;&atilde;o, o sistema participativo de garantia (SPG), que traz uma mensagem de associativismo. Os pequenos produtores se re&uacute;nem em associa&ccedil;&otilde;es para ganhar escala, tendo em vista que as grandes redes varejistas (supermercados) adquirem seus produtos org&acirc;nicos de entrepostos de atacado de outros estados, como S&atilde;o Paulo, por exemplo.</p> <p> De acordo com a Associa&ccedil;&atilde;o de Agricultores Biol&oacute;gicos do Estado do Rio de Janeiro (Abio), que coordena esse sistema no Rio de Janeiro e &eacute; a entidade do setor mais antiga do pa&iacute;s, &ldquo;os SPGs caracterizam-se pelo controle social, pela participa&ccedil;&atilde;o e pela responsabilidade de todos os membros pelo cumprimento dos regulamentos da produ&ccedil;&atilde;o org&acirc;nica&rdquo;. Os membros do SPG estabelecem a&ccedil;&otilde;es coletivas de avalia&ccedil;&atilde;o da conformidade dos fornecedores em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; regulamenta&ccedil;&atilde;o da produ&ccedil;&atilde;o org&acirc;nica, acrescenta a entidade.</p> <p> Antonio Carlos Abboud disse que, no in&iacute;cio, as pessoas desacreditaram do SPG, por julgarem que era uma autocertifica&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Mas &eacute; um modelo que tem funcionado muito bem e tem chamado a aten&ccedil;&atilde;o de outros pa&iacute;ses. N&oacute;s somos pioneiros nesse modelo. &Eacute; bastante democr&aacute;tico, adaptado a pequenos produtores, que est&atilde;o iniciando ou t&ecirc;m pouco capital&rdquo;.</p> <p> A vantagem do SPG, refor&ccedil;ou o professor da UFRRJ, &eacute; que ele aproxima o consumidor dos produtores. &ldquo;Os consumidores que fazem parte desse circuito t&ecirc;m uma rela&ccedil;&atilde;o pr&oacute;xima, nas feiras, com o produtor. Cria-se a&iacute; um v&iacute;nculo de confian&ccedil;a entre produtor e consumidor. &Eacute; uma coisa s&oacute;lida. N&atilde;o &eacute; uma coisa fria da certifica&ccedil;&atilde;o por auditagem&rdquo;. Para ele, o modelo do Rio tem um cunho mais social.</p> <p> A produ&ccedil;&atilde;o org&acirc;nica do Rio de Janeiro tem muita semelhan&ccedil;a com a de Santa Catarina, disse Abboud. Os dois estados t&ecirc;m caracter&iacute;sticas de relevo e de condi&ccedil;&atilde;o fundi&aacute;ria similares. Englobam pequenos produtores diversificados e, tamb&eacute;m, a policultura.</p> <p> Em outros estados, o professor disse que a produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola org&acirc;nica &eacute; feita por empreendimentos de grande porte, baseados em ciclos de monocultura, como a do a&ccedil;&uacute;car, da uva ou da laranja, com os produtos certificados por institui&ccedil;&otilde;es creditadas pelo Minist&eacute;rio da Agricultura.</p> <p> Para Abboud, esses grandes empreendimentos, embora apliquem t&eacute;cnicas org&acirc;nicas, violam alguns princ&iacute;pios da agroecologia, entre os quais a biodiversidade. &ldquo;Mas n&atilde;o ferem a legisla&ccedil;&atilde;o&rdquo;. O perfil &eacute; diferente dos SPGs, embora essa seja uma forma tamb&eacute;m reconhecida pelo minist&eacute;rio. &ldquo;Apenas, dispensa-se, nesse caso, o uso de certificadoras&rdquo;.</p> <p> Abboud n&atilde;o cr&ecirc; que o pre&ccedil;o dos produtos org&acirc;nicos seja elevado. &ldquo;O pre&ccedil;o &eacute; consequ&ecirc;ncia&rdquo;. Ele acredita que &agrave; medida que a demanda por org&acirc;nicos aumente, a oferta tamb&eacute;m aumentar&aacute; e, com isso, o pre&ccedil;o vai cair. &ldquo;Precisa desenvolver o mercado, ampliar a oferta e a demanda, e o pre&ccedil;o vai cair&rdquo;, disse.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em><br /> &nbsp;</p> açucar agricultura orgânica associativismo desenvolvimento sustentável Economia hortaliças instituto de agronomia laranja Meio Ambiente orgânicos produtos orgânico UFRRJ uva Tue, 25 Sep 2012 19:40:30 +0000 fabio.massalli 703951 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/