queda nas exportações https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/142761/all pt-br Crise desacelera exportações latino-americanas, avalia Cepal https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-09-13/crise-desacelera-exportacoes-latino-americanas-avalia-cepal <p> Gilberto Costa<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A recess&atilde;o em pa&iacute;ses da Uni&atilde;o Europeia, o baixo crescimento norte-americano e a diminui&ccedil;&atilde;o do ritmo da economia chinesa contaminaram as exporta&ccedil;&otilde;es dos pa&iacute;ses latino-americanos em 2012, avalia a Comiss&atilde;o Econ&ocirc;mica para a Am&eacute;rica Latina e o Caribe (Cepal). O com&eacute;rcio internacional na regi&atilde;o avan&ccedil;a, mas em uma marcha bem menor do que em anos recentes.</p> <p> Segundo o Panorama de Inser&ccedil;&atilde;o Internacional da Am&eacute;rica Latina e Caribe, divulgado hoje no M&eacute;xico e no Brasil, a taxa de crescimento das exporta&ccedil;&otilde;es teve uma redu&ccedil;&atilde;o brusca: caiu de 23,3% (em 2011) para 4,1% (no primeiro semestre de 2012). A crise tamb&eacute;m desfavoreceu as importa&ccedil;&otilde;es, que desceram da taxa de crescimento de 21,7% para 6,2% (com proje&ccedil;&atilde;o de desacelerar a 3% at&eacute; o final do ano).</p> <p> No caso brasileiro, a imagem n&atilde;o &eacute; redu&ccedil;&atilde;o de marcha, mas de efetiva freada. A taxa de crescimento das exporta&ccedil;&otilde;es foi 26,8% em 2011 e no primeiro semestre deste ano foi 0,9% negativos. Segundo o diretor do escrit&oacute;rio da Cepal no Brasil, Carlos Mussi, a queda de exporta&ccedil;&otilde;es &eacute; &ldquo;generalizada em termos de destino e produtos brasileiros&rdquo;.</p> <p> Apesar do Brasil ter um <em>mix </em>de clientes destinat&aacute;rios para os seus produtos, a amplitude da crise afetou o pa&iacute;s sensivelmente. &ldquo;A Europa &eacute; um importante destino, que por sua vez impacta a Am&eacute;rica Latina, tamb&eacute;m tradicional compradora de produtos brasileiros&rdquo;, explica Mussi.</p> <p> A redu&ccedil;&atilde;o das importa&ccedil;&otilde;es no Brasil tamb&eacute;m foi aguda, mas n&atilde;o t&atilde;o brusca: baixou do patamar de 24,5% em 2011, para 4,6% no primeiro semestre de 2012. A proje&ccedil;&atilde;o, no entanto, &eacute; que seja negativa at&eacute; o final do ano (-0,1% ao fim do ano). Segundo a Cepal, no caso brasileiro a redu&ccedil;&atilde;o das importa&ccedil;&otilde;es ainda guarda rela&ccedil;&atilde;o com medidas de conten&ccedil;&atilde;o da chamada desindustrializa&ccedil;&atilde;o (processo que provoca a revers&atilde;o do crescimento e da participa&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria na produ&ccedil;&atilde;o e na gera&ccedil;&atilde;o de empregos).</p> <p> Conforme Alicia B&aacute;rcena, secret&aacute;ria executiva da Cepal, para evitar a desindustrializa&ccedil;&atilde;o, o Brasil tem usado &ldquo;o direito de se proteger&rdquo; com &ldquo;medidas temporais&rdquo; de restri&ccedil;&atilde;o a importa&ccedil;&otilde;es, defendeu em teleconfer&ecirc;ncia do M&eacute;xico para o Brasil. De acordo com Alicia, o pa&iacute;s tem mais margem de prote&ccedil;&atilde;o do que, por exemplo, o M&eacute;xico e o Chile, que s&atilde;o signat&aacute;rios de mais acordos comerciais bilaterais.</p> <p> Carlos Messi diz que al&eacute;m das medidas protecionistas e da crise econ&ocirc;mica mundial, a importa&ccedil;&atilde;o pode ter ca&iacute;do por causa da desvaloriza&ccedil;&atilde;o cambial. Ele estima que, em um ano, o d&oacute;lar tenha se desvalorizado em 25%, o que encarece produtos estrangeiros (como autom&oacute;veis, que tamb&eacute;m sofreram com a tributa&ccedil;&atilde;o e a isen&ccedil;&atilde;o de impostos para produtos nacionais).</p> <p> O panorama da Cepal sobre a inser&ccedil;&atilde;o da economia latino-americana ainda descreve que os pa&iacute;ses da Am&eacute;rica Latina e Caribe t&ecirc;m uma participa&ccedil;&atilde;o pequena no com&eacute;rcio exterior, menos de um ter&ccedil;o das transa&ccedil;&otilde;es com produtos intermedi&aacute;rios (industrializados) fabricados na &Aacute;sia. A porcentagem de empresas exportadoras na regi&atilde;o &eacute; inferior a 2%. No caso brasileiro, &eacute; apenas 0,5%.</p> <p> Uma das alternativas apontadas pela Cepal seria aumentar a integra&ccedil;&atilde;o regional e o comercio entre os pa&iacute;ses da regi&atilde;o. Segundo dados da comiss&atilde;o, a troca de mercadorias dentro da regi&atilde;o equivale a menos de 20% do total transacionado. Uma das solu&ccedil;&otilde;es seria aumentar acordos bilaterais, como sugeriu Ugo Beteta, chefe do escrit&oacute;rio da Cepal na Cidade do M&eacute;xico.</p> <p> A economia interna de pa&iacute;ses populosos como Brasil, M&eacute;xico e Argentina &eacute; apontada pela Cepal como recurso importante para diminuir o impacto da crise econ&ocirc;mica mundial.</p> <p> Conforme proje&ccedil;&atilde;o da Cepal, a Am&eacute;rica Latina ter&aacute; um peso maior no crescimento econ&ocirc;mico do que a Europa Ocidental entre 2011 e 2017. Nesse per&iacute;odo, os pa&iacute;ses latino-americanos ir&atilde;o contribuir com 8,3%; enquanto os europeus com 8%. A China contribuir&aacute; com 28,8% e os Estados Unidos (junto com Canad&aacute;) com 15,2%.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> america latina argentina. brasil Caribe Cepal chile China Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe crescimento das exportações diminuição do ritmo da economia chinesa Economia exportação dos países latino-americanos Internacional o baixo crescimento norte-americano queda nas exportações queda nas importações recessão em países da União Europeia Thu, 13 Sep 2012 21:54:13 +0000 fabio.massalli 703223 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/