festival literário https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/139939/all pt-br Brasil chega a 200 feiras e festivais literários em 2012, mas concentração no Sul e Sudeste persiste https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-08-08/brasil-chega-200-feiras-e-festivais-literarios-em-2012-mas-concentracao-no-sul-e-sudeste-persiste <p> Guilherme Jeronymo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; &Agrave;s v&eacute;speras da 22&ordf; Bienal do Livro de S&atilde;o Paulo, que vai de 9 a 19 de agosto, o pa&iacute;s contabiliza oficialmente cerca de 200 festivais e feiras liter&aacute;rias, segundo calend&aacute;rio organizado pela Funda&ccedil;&atilde;o Biblioteca Nacional (FBN). Al&eacute;m de um levantamento, o calend&aacute;rio se prop&otilde;e a facilitar apoio oficial a esses eventos, que podem receber R$ 100 mil (feiras grandes e m&eacute;dias) e R$ 50 mil (feiras pequenas) diretamente, ou apoios variados, por meio de editais de ren&uacute;ncia fiscal atrelados &agrave; Lei Rouanet, do Minist&eacute;rio da Cultura (MinC).</p> <p> &ldquo;Nestes momentos [durante festivais e feiras liter&aacute;rias], os meios de comunica&ccedil;&atilde;o entrevistam escritores, falam sobre leitura, mostram a vida de leitores que transformaram suas vidas gra&ccedil;as aos livros e &agrave; leitura. S&atilde;o momentos em que a sociedade para e presta a aten&ccedil;&atilde;o. Ao mesmo tempo s&atilde;o oportunidades para aqueles que vivem de livros, vivem de literatura terem esse contato mais pr&oacute;ximo. Uma e outra coisa s&atilde;o oportunidades para ajudar a fomentar a leitura na sociedade&rdquo;, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong>o presidente da FBN, Galeno Amorim.</p> <p> Segundo Amorim, o foco principal da institui&ccedil;&atilde;o est&aacute; no apoio &agrave;s atividades descentralizadas, nas periferias das grandes cidades e em cidades do interior.</p> <p> <strong>Descentraliza&ccedil;&atilde;o</strong></p> <p> A diversidade de feiras (eventos mais comerciais, com maior diversidade de t&iacute;tulos trazidos por livreiros e editoras) e de festivais (mais focados no desenvolvimento de um &ldquo;gosto pela leitura, com maior participa&ccedil;&atilde;o de autores e discuss&atilde;o de temas e obras&rdquo;) &eacute; hoje alvo de um esfor&ccedil;o de amplia&ccedil;&atilde;o pelo governo, que busca combater sua concentra&ccedil;&atilde;o no eixo Sul/Sudeste. Sem sucesso at&eacute; o momento, como admite o coordenador-geral de Economia do Livro da FBN, Jorge Teles.</p> <p> &ldquo;H&aacute; uma car&ecirc;ncia muito grande que a gente percebeu no di&aacute;logo com as regi&otilde;es, primeiro de que o pr&oacute;prio poder p&uacute;blico local, em algumas cidades, valorize a cultura, o livro e a leitura. V&aacute;rias das a&ccedil;&otilde;es que n&oacute;s gostar&iacute;amos de fazer n&atilde;o foram realizadas porque &eacute; um ano muito delicado para fazer est&iacute;mulos junto ao poder local, por conta do per&iacute;odo eleitoral&rdquo;, explicou Teles, que afirmou que mesmo a prefer&ecirc;ncia, no &uacute;ltimo edital, por projetos das regi&otilde;es Norte, Nordeste e Centro-Oeste n&atilde;o foi suficiente para a descentraliza&ccedil;&atilde;o esperada pela FBN, a exemplo de editais de outros setores culturais promovidos pelo MinC.</p> <p> Segundo o gestor, deve ser levada em conta, ainda, a falta hist&oacute;rica de apoio do governo federal para feiras e festivais e a falta de equipes nos munic&iacute;pios que se dediquem a conhecer os canais de financiamento e preparar projetos para aproveit&aacute;-los. &ldquo;Ap&oacute;s o final do embargo eleitoral, n&oacute;s apoiaremos novos festivais e h&aacute; uma grande demanda de projetos para 2013. A gente est&aacute; muito animado com isso, pois achamos que as regi&otilde;es Norte e Nordeste v&atilde;o fazer um trabalho muito interessante no pr&oacute;ximo ano&rdquo;, disse.</p> <p> Grandes eventos, como a Bienal do Livro de S&atilde;o Paulo, tem papel relevante nesta pol&iacute;tica, ainda que tenham um efeito de centraliza&ccedil;&atilde;o de mercados. &ldquo;Para tornar o Brasil um pa&iacute;s de leitores voc&ecirc; vai trabalhar com cria&ccedil;&atilde;o, que &eacute; a parte dos escritores e vai trabalhar tamb&eacute;m com produ&ccedil;&atilde;o e difus&atilde;o do livro. Isso tem o seu cl&iacute;max nas grandes feiras de livro. A ideia &eacute; fazer com que o livro chegue mais perto do cidad&atilde;o. Ent&atilde;o nada melhor do que uma boa vitrine e as feiras s&atilde;o uma &oacute;tima vitrine. Nossa preocupa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; com o gigantismo, mas com a n&atilde;o exist&ecirc;ncia de alternativas&rdquo;, disse Teles.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> bienal do livro de são pauloi Cultura Educação escritores feira literária festival literário fundação biblioteva nacional incentivo à leitura Lei Rouanet leitores leitura livros MinC Wed, 08 Aug 2012 20:14:06 +0000 fabio.massalli 700654 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/