programa Cidade Livre da Pirataria https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/136720/all pt-br Conferência no Rio reúne governos e empresários para combate a produtos piratas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-27/conferencia-no-rio-reune-governos-e-empresarios-para-combate-produtos-piratas <p> Guilherme Jeronymo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Pol&iacute;ticas de preven&ccedil;&atilde;o e repress&atilde;o &agrave; pirataria e estudos de caso sobre as principais iniciativas tomadas por governos e sociedade civil est&atilde;o sendo apresentados hoje (27) e amanh&atilde; no centro de conven&ccedil;&otilde;es da Federa&ccedil;&atilde;o das Ind&uacute;strias do Rio de Janeiro (Firjan), como parte da 5&ordf; Confer&ecirc;ncia Internacional de Combate &agrave; Pirataria e Prote&ccedil;&atilde;o da Propriedade Intelectual.</p> <p> &ldquo;A economia informal atua consolidando uma cultura do desrespeito e, eu me arrisco a dizer, at&eacute; de banaliza&ccedil;&atilde;o das leis, pondo em risco os fundamentos da cidadania ainda em constru&ccedil;&atilde;o no nosso pa&iacute;s, amea&ccedil;ando a ordem social e econ&ocirc;mica e gerando, a cada dia, novos exclu&iacute;dos da economia formal&rdquo;, disse Maria Ang&eacute;lica Molina, secret&aacute;ria executiva do Conselho Nacional de Combate &agrave; Pirataria e Delitos &agrave; Propriedade Intelectual (CNCP), &oacute;rg&atilde;o do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a.</p> <p> Segundo Maria Molina, a pr&aacute;tica tem rela&ccedil;&atilde;o com outras ilegalidades, notadamente o tr&aacute;fico de drogas, o tr&aacute;fico de armas, o trabalho escravo contempor&acirc;neo e o trabalho infantil. Ela defendeu a realiza&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&otilde;es preventivas em educa&ccedil;&atilde;o para o consumo e contra o que chamou de &ldquo;uma cultura estabelecida da vantagem a qualquer pre&ccedil;o&rdquo;.</p> <p> Dados expostos na abertura do evento indicam que, apenas no munic&iacute;pio de S&atilde;o Paulo, segundo o secret&aacute;rio de Seguran&ccedil;a Urbana, Edson Ortega, foram apreendidos, nos &uacute;ltimos 16 meses, cerca de 60 milh&otilde;es de produtos, dos quais um ter&ccedil;o retirado do com&eacute;rcio ambulante.</p> <p> Nas opera&ccedil;&otilde;es paulistanas, foram detidos e encaminhados &agrave; Pol&iacute;cia Federal 600 estrangeiros envolvidos em delitos como tr&aacute;fico de drogas ou com problema de documenta&ccedil;&atilde;o, alguns dos quais em situa&ccedil;&atilde;o an&aacute;loga &agrave; escravid&atilde;o.</p> <p> A iniciativa paulistana, considerada a mais adiantada do pa&iacute;s, se consolidou em atua&ccedil;&atilde;o conjunta com o Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a, no &acirc;mbito do Programa Cidade Livre da Pirataria, do CNCP. Integradas &agrave;s a&ccedil;&otilde;es da prefeitura de S&atilde;o Paulo est&atilde;o institui&ccedil;&otilde;es como as pol&iacute;cias Federal, Militar e Civil, a Receita Federal e o Minist&eacute;rio P&uacute;blico. A prefeitura estima que a cidade perca, anualmente, R$ 2 bilh&otilde;es em arrecada&ccedil;&atilde;o, devido aos produtos pirateados.</p> <p> Os gestores da capital paulista conseguiram alterar a legisla&ccedil;&atilde;o para permitir que a Guarda Municipal apreenda produtos piratas sem a presen&ccedil;a de um agente fiscal da prefeitura. A legisla&ccedil;&atilde;o foi mudada tamb&eacute;m para facilitar a formaliza&ccedil;&atilde;o de micro e pequenas empresas. Al&eacute;m disso, o Poder P&uacute;blico atuou no est&iacute;mulo, apoio e orienta&ccedil;&atilde;o dos novos centros populares de compras, buscando formalizar os comerciantes envolvidos.</p> <p> A experi&ecirc;ncia carioca foi apresentada pelo coronel PM Henrique Lima Castro Saraiva, comandante da Guarda Municipal. No munic&iacute;pio, segundo ele, foram retidos desde 2009 mais de 1,2 milh&atilde;o de itens, principalmente m&iacute;dias (CDs e DVDs) e rel&oacute;gios.</p> <p> Os n&uacute;meros t&ecirc;m ca&iacute;do anualmente com a prioridade da corpora&ccedil;&atilde;o na atua&ccedil;&atilde;o preventiva, mas devem voltar a subir com a integra&ccedil;&atilde;o do munic&iacute;pio ao Programa Cidade Livre da Pirataria, cujo conv&ecirc;nio foi assinado em 4 de abril deste ano.</p> <p> Edson Luis Vismona, presidente do F&oacute;rum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade, que congrega empresas de 28 setores afetados pelos produtos ilegais, chamou a aten&ccedil;&atilde;o para a import&acirc;ncia de uma a&ccedil;&atilde;o articulada entre empresas e Poder P&uacute;blico, inclusive para combater a fabrica&ccedil;&atilde;o de produtos pirateados em territ&oacute;rio nacional.</p> <p> Vismona indicou, como p&oacute;los de produ&ccedil;&atilde;o de produtos ilegais, as cidades de Nova Serrana (MG), onde se produzem t&ecirc;nis, e de Apucarana (PR), onde se fabricam bon&eacute;s, al&eacute;m de cidades de Santa Catarina e S&atilde;o Paulo onde s&atilde;o produzidas roupas em geral. Segundo ele, o combate &agrave; pirataria exige a atua&ccedil;&atilde;o de todos. &ldquo;Se n&oacute;s n&atilde;o ocuparmos este espa&ccedil;o, o crime ocupa&rdquo;.</p> <p> O programa Cidade Livre da Pirataria teve in&iacute;cio em 2009 e hoje tem conv&ecirc;nio com seis cidades: S&atilde;o Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Bras&iacute;lia e Osasco (SP). Recife tem conv&ecirc;nio em formaliza&ccedil;&atilde;o, enquanto as cidades de V&aacute;rzea Grande (MT), Porto Alegre e Cuiab&aacute; est&atilde;o em negocia&ccedil;&atilde;o para aderirem ao programa, que tamb&eacute;m tem conversa&ccedil;&atilde;o iniciada com Salvador.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> Conferência Internacional de Combate à Pirataria e Proteção da Propriedade Intelectual Conselho NacionaL de Combate à Pirataria Economia Firjan Nacional programa Cidade Livre da Pirataria Wed, 27 Jun 2012 21:39:46 +0000 davi.oliveira 698086 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/